Dia 15 de dezembro de 2015

Bayer, Syngenta e Monsanto tentam comprar …

Bayer, Syngenta e Monsanto tentam comprar credibilidade mediante o cultivo de alianças e associações estratégicas com agricultores, apicultores e organizações agrícolas com a esperança de se representarem como “amigos das abelhas”. Dois neonicotinoides amplamente usados na fabricação de pesticidas parecem prejudicar seriamente as colónias de abelhas, segundo um estudo da Escola de Saúde Pública de Harvard. Em Abril de 2015, a revista Science publicou dois estudos adicionais que corroboram as descobertas de Harvard sobre neonicotinoides utilizados no tratamento de sementes para mais de 140 cultivos. Estes pesticidas sistémicos fabricados pela Bayer, Syngenta e Monsanto são absorvidos pelas raízes e folhas e distribuídos através de toda a planta, incluindo seu pólen e néctar.

Em sua busca por “vítimas escondidas”, Rosany …

Em sua busca por “vítimas escondidas”, Rosany Bochner tenta mostrar que mais do que números, esses óbitos representam pessoas que estão sendo expostas diariamente em seus trabalhos com agrotóxicos. No lugar de VMS, por exemplo, é bem possível que exista outro trabalhador, submetido a condições semelhantes que causaram a morte do primeiro. Assim, o artigo propõe “utilizar cada um desses óbitos descritos nesse trabalho como um evento sentinela, a fim de incentivar e instrumentalizar as vigilâncias dos municípios a atuar na fiscalização das condições de trabalho e, se possível, realizar busca ativa de casos de intoxicação crônica por agrotóxicos”. Ou seja, a partir de informações de uma intoxicação (o evento sentinela) a Vigilância deve buscar no local de ocorrência (busca ativa) casos semelhantes. Como ela mesmo afirma: “Esse trabalho é um início para um novo modelo de vigilância e captação de dados”.

Mais gado confinado, mais soja, mais agrotóxico …

Mais gado confinado, mais soja, mais agrotóxico Notícia de hoje da conta de previsão de aumento do percentual de gado alimentado com ração no Brasil. Hoje, apenas 10% do gado brasileiro é alimentado com ração - farelo de soja e milho, enquanto o índice nos EUA é de 90%. Isso significa mais demanda para a soja e milho produzidos no Brasil. Este ano, o Brasil exportou quase U$28bi no complexo da soja. Para se ter um ideia, 45% da área plantada no Brasil é ocupada pela soja, e se adicionarmos o milho, o percentual sobre para 65%. Ou seja, é não absurdo afirmar que perto de metade do solo agricultável no Brasil é utilizado para produção de ração animal. A Fundação Heinrich Böll, da Alemanha, elaborou o Atlas da Carne em 2014, disponível em inglês e espanhol aqui: http://www.boell.de/en/meat-atlas . Vale a leitura para uma compreensão ampliada da questão agrária brasileira.