Dia 14 de setembro de 2016

O negócio que já vinha sendo anunciado há quase …

O negócio que já vinha sendo anunciado há quase um ano, parece que foi concretizado hoje. O monstro agora dobrou de tamanho. A fusão ainda precisa ser aprovada pelos mecanismos de regulação, mas que sempre estão prontos para atender ao grande (grande mesmo!) capital. Uma peça enorme se movimenta no xadrez do capital internacional. O que antes chamávamos das 6 empresas comandando o mercado de agrotóxicos e sementes, agora são quatro, sendo que a China também entrou na roda: - Bayer + Monsanto - Dow + Dupont - Syngenta + Chemchina - Basf Ainda é preciso calcular como fica a concentração do mercado, mas já deve passar dos 80% na mão destas empresas. Parece que a Basf, que quase foi comprada pela Monsanto, está sobrando. Não demora também pra entrar no jogo.

Os campos de altitude são conhecidos como ilhas …

Os campos de altitude são conhecidos como ilhas do céu. No topo das montanhas, a altitude produz mundos isolados. A temperatura é mais baixa. E as chuvas, mais intensas. O ar, rarefeito. Nesses campos, o solo é raso, as rochas dominam e sobre elas cresce uma vegetação de arbustos e plantas menores, em que as flores de cores vivas e formas exuberantes são marca característica. Além do endosulfan, os pesquisadores descobriram outros dois tipos de pesticidas, ambos com amplo uso no país: clorpirifós e cipermetrina.

Chuva de veneno ameaça parques nacionais

Pesquisadores da UFRJ descobrem contaminação por agrotóxicos

por Ana Lucia Azevedo, no Globo

RIO - Uma serra que traz o pranto no nome chora veneno. Trazidos pela chuva, agrotóxicos contaminam os campos de altitude da Serra da Mantiqueira no Parque Nacional do Itatiaia, um dos lugares de natureza mais rara e espetacular do Brasil. Cientistas da UFRJ descobriram contaminação por endosulfan, um pesticida altamente tóxico e proibido no país desde 2014, mas capaz de permanecer por décadas no ambiente.

A Mantiqueira é a “serra que chora”. Alusão à lenda tupi sobre o pranto de uma índia de coração partido e à chuva copiosa que alimenta nascentes fundamentais para plantações e cidades de Rio, São Paulo e Minas Gerais.

O trabalho do grupo de Rodrigo Meire, do Laboratório de Radioisótopos Eduardo Penna Franca, do Instituto de Biofísica da UFRJ, revelou a contaminação dos campos de altitude do Itatiaia e também no Parque Nacional da Serra das Órgãos.