A imensa maioria da dívida vem de grandes proprietários de terras, exatamente aqueles que passam na televisão como empresários modernos e eficientes.
Como assim? São eficientes, mas não conseguem pagar suas dívidas?
Quando a televisão mostra a reforma agrária, mostra um sujeito “ineficiente”.
Lógico que a TV esconde que agricultores ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) são os maiores produtores de arroz orgânico do Brasil.
As grandes redes de TV não dão a menor chance de haver gratidão ao que eles não gostam. A pessoa poderia dizer: “que legal que o MST está desenvolvendo a agricultura natural no Brasil”.
Se houver um pouco de gratidão, esta deve ser direcionada para aceitar o agronegócio endividado (no Brasil e no mundo).
Afinal, a indústria de adubo, veneno, máquinas etc são grandes anunciantes destas redes de televisão.
Audiência Pública ontem em São Paulo discute efeitos dos agrotóxicos.
Márcia Sarpa contou que o Inca realizou uma pesquisa com mil agricultores do município Dom Feliciano (RS), e constatou que a exposição à agrotóxicos levou a um aumento de desordens mentais e depressão, além de um crescimento alarmante do índice de suicídio na região. “Não existem limites seguros de exposição a essas substâncias”, disse a pesquisadora.
Este notícia é muito importante. Como já afirmamos várias vezes aqui, no Brasil não há controle algum sobre a venda de agrotóxicos.
A construção de um SIA (Sistema de Informações sobre Agrotóxicos) passeia pelas gavetas da Anvisa há pelo menos 7 anos. Mas nunca saiu do papel.
O Crea, que deveria fiscalizar o receituário, nunca se manifestou.
Esperamos que a notícia do RS se efetivo, que os dados dalí gerados sejam públicos e que se espalhe pelo Brasil.
Ótima e necessária análise sobre o uso de água pelo agronegócio.
"Quando se analisa o aumento no volume das exportações brasileiras de soja, carne e açúcar e, consequentemente, constata-se o aumento do volume de água embutido nessa produção, conclui-se que é necessário pensar sobre os possíveis impactos ambientais que a exportação de produtos primários e semimanufaturados pode estar tendo sobre nossos recursos hídricos. Entre 1997 e 2005, o volume de água empregado na produção e exportação apenas nesses três produtos saltou de 27,1 bilhões de litros para 460,1 bilhões de litros."
O observatório De Olho nos Ruralistas promoverá, nesta quarta (28), a partir das 13 horas, um twitaço (postagem em massa de mensagens no Twitter) com a hashtag #OAgroNãoÉPop.
O objetivo da ação é questionar uma propaganda veiculada pela Rede Globo desde 2016, em horário nobre da emissora, que afirma que "O Agro é Pop. O Agro É Tech. O Agro É Tudo". Como hastags adicionais, serão utilizadas também as marcações: #OAgroNãoÉTech, #OAgroNãoÉTudo.