Dia 7 de junho de 2018

Plenária das Comunidades quilombolas: Sem terra e Terrítório não há agroecologia

“Em minas existe cerca de 800 comunidades reconhecidas, apenas uma titulada, localizada no Vale do Jequitinhonha e, mesmo assim, esta comunidade foi relocada para a construção de uma hidrelétrica. Desse modo, a gente não considera o título. Aqui a gente enfrenta vários conflitos. A disputa pelos territórios é imensa. São vários empreendimentos, entre eles as monoculturas da cana, grãos, eucalipto, a criação de gado, as barragens, a mineração. A gente tem também a expansão imobiliária que afeta as comunidades próximas das cidades. Grande parte das comunidades de Minas gerais estão localizadas em áreas urbanas e possuem diversos conflitos. A gente tem discutido a questão dos quilombos urbanos, principalmente de estar inserindo estas comunidades nos Planos Diretores dos municípios. Outra questão grave é o imenso fechamento de escolas em comunidades quilombolas, e isso traz vários outros problemas, principalmente a desistência escolar da juventude, aumentando o êxodo rural. Também nesse contexto, está o aumento da violência e extermínio da juventude negra”.

Feiras agroecológicas levam alimentos sem veneno para lares paraibanos | Brasil de Fato

Antes de ser assentada da reforma agrária, Dona Cida era vendedora ambulante e seu esposo cortador de cana. A conquista da terra mudou radicalmente a vida de sua família. Junto com o marido e o filho, produz hortaliças, legumes e frutas livres de agrotóxicos e, há cerca de dez anos, comercializa a produção na feira agroecológica mais antiga da capital, a Feira da Ecovárzea, instalada todas as sextas-feiras na Universidade Federal da Paraíba.