Dia 16 de julho de 2018

As sequelas dos agrotóxicos para trabalhadores rurais

Para entender o aparecimento de doenças até então desconhecidas na pequena comunidade de Tomé, região da Chapada do Apodi, Ceará, os moradores pediram ajuda da ciência. A desconfiança aumentou depois do nascimento de bebês com malformação e de sinais da puberdade em crianças de um ano de idade.

Folha de São Paulo usa ciência do agronegócio para julgar verdades e mentiras

Logo de início, a matéria afirma que “é verdade” que agrotóxico é a mesma coisa que defensivo agrícola e pesticida. A FSP é um veículo de imprensa, e não é capaz de considerar o fato de que a diferença entre os termos é justamente um artifício de comunicação. Pesticida não mata apenas a peste, como afirma o texto; mata toda a vida no solo, pássaros, e mata pessoas também. Defensivos tampouco defendem a planta: tornam-a cada vez mais doente, e mais dependente dos agrotóxicos. Os termos não são, obviamente, a mesma coisa.

Produção de alimentos orgânicos é prioridade

A transição é possível e necessária! Em média, por ano, de 2012 a 2014, o Espírito Santo utilizou 6,7 mil toneladas de agrotóxicos. Sendo que, a cada hectare de plantio, foram usados 2,66 quilos. Segundo o presidente da Cooperativa da Agricultura Familiar (CAF) de Cachoeiro de Itapemirim, Marcos Souza, essa realidade está mudando. Dos 143 cooperados, oito já são produtores orgânicos certificados e 30 estão mudando seu plantio para o sistema agroecológico. “Queremos uma produção cada vez mais limpa e sem agrotóxicos”, disse.