Para o presidente da Comissão de Participação Popular da ALMG, deputado Doutor Jean Freire, a modificação da nomenclatura será prejudicial para a população. “Assim como aprovaram um projeto de lei para retirar o “T” de transgênico, agora querem retirar o nome agrotóxico e dizer que tem defensivos fitossanitários. Isso reduz o impacto do nome e diminui a rejeição da opinião pública em relação a essas substâncias, utilizando um nome menos negativo”, explicou Freire.
O pedido ocorre depois de uma denúncia veiculada pelo site The Intercept. Uma reportagem da página apontou que nove funcionários do Ministério da Agricultura, Ibama e Anvisa – órgãos que hoje lidam com a aprovação de novos agrotóxicos – viajaram aos EUA com os custos pagos por uma consultoria que auxilia empresas agroquímicas. As passagens foram pagas pelo governo brasileiro.
A organização internacional de direitos humanos Human Rights Watch divulgou um relatório nesta sexta-feira (20) em que documenta a intoxicação aguda devido ao uso de agrotóxicos em sete localidades rurais do Brasil, incluindo comunidades quilombolas, indígenas e escolas. O artigo traz entrevistas com moradores da Bahia, Pará, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás.
As conexões entre os campos da Saúde Coletiva e Agroecologia tem despertado o interesse de cada vez mais sanitaristas e agroecólogos no Brasil com temas interdisciplinares e interdependentes. O Grupo Temático Saúde e Ambiente (GTSA/Abrasco) preparou um levantamento de atividades da programação do 12º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva – Abrascão 2018 – incluindo as atividades que serão realizadas na Uerj, durante o pré-congresso, que abordarão sobre as relações entre Saúde e Agroecologia ou podem contribuir nesse sentido. Para o GTSA/Abrasco, a agroecologia é a única maneira de conseguir que a produção agrícola seja compatível com o meio ambiente e com a Saúde Coletiva enquanto ferramenta de compreensão do processo de adoecimento no contexto da sociedade brasileira.