Comissão discutirá combate do uso indiscriminado de agrotóxicos em Mato Grosso do Sul

fotoO Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul (MPF) divulgou hoje (17) a criação de uma comissão, na última sexta-feira (14), na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT), que vai debater o uso dos agrotóxicos e os riscos que eles representam ao meio ambiente, à saúde do trabalhador rural, da população e consumidores em geral. em Mato Grosso do Sul. A Comissão de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos foi aprovada pelo Fórum de Saúde, Segurança e Higiene do Trabalho de Mato Grosso do Sul (FSSHT-MS), e será integrada por membros do MPT e do MPF no estado, além de outras entidades civis e governamentais.

Segundo a procuradora do trabalho, Simone Rezende, a finalidade do colegiado é debater o tema, contribuindo para a prevenção e combate ao uso indiscriminado dos defensivos agrícolas. A Comissão será coordenada pelo procurador da República do MPF em Dourados, Marco Antonio Delfino de Almeida, e pelo procurador do MPT, Leontino Ferreira de Lima Júnior. De acordo com o procurador Marco Antonio Delfino, o foco da Comissão será o monitoramento. “A população precisa ter certeza de que está consumindo um produto adequado. É preciso fazer o rastreamento reverso para identificar de onde o produto saiu e qual prática vem sendo observada”, afirma.

Um dos problemas destacados por Delfino relaciona-se à pulverização aérea, que pode atingir áreas próximas às lavouras e necessita de fiscalização especial. Como exemplo, o procurador cita o caso do avião que lançou veneno agrícola por acidente na escola do Assentamento Pontal dos Buritis, em Rio Verde (GO), em junho de 2013. Ficaram intoxicados oito adultos e 29 crianças, entre seis e 14 anos. Números do Sindicato Nacional para Produtos de Defesa Agrícola (Sindage) indicam que cada brasileiro consome 5,2 litros de agrotóxicos ao longo do ano, o que coloca o Brasil no posto de maior consumidor do planeta.

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