Seminário Ampliado “Contra o Agronegócio, por comida, saúde e justiça social”

Para marcar os 10 anos da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, convidamos as organizações e movimentos do campo popular para o seminário ampliado  “Contra o Agronegócio, por comida, saúde e justiça social”, que será realizado entre os dias 12 e 14 de abril.

Serão momentos formativos, de exposições e debates em torno do lema dos 10 anos, aprofundando as linhas de ações e enfrentamento que se conectam diretamente com as necessidades atuais da nossa conjuntura. As atividades acontecerão das 19h às 20h30, e contarão com certificado de participação.

Faça a sua inscrição: https://bit.ly/3sr4txU 

Dia 12 – Contra o agronegócio, por Saúde

Serão discutidas as relações entre o modo de produção do agronegócio e as consequências para a saúde e o ambiente, aprofundando a compreensão de como a exposição a agrotóxicos favorece o surgimento de doenças ou agrava condições preexistentes, aumentando a vulnerabilidade para outras morbidades. Também refletiremos sobre como a pandemia da COVID-19 tem sido utilizada como pretexto para a necropolítica brasileira, criando oportunidade para a flexibilização da legislação de agrotóxicos, para a liberação em massa de produtos, por meio de normativas infralegais, e para a aprovação do Pacote do Veneno.

Por outro lado, também serão apresentadas resistências que surgem do povo: a formação de agentes populares de saúde e os cuidados populares em saúde como ação de solidariedade e como estratégias para existência da classe trabalhadora, frente a negação de direitos como o acesso à serviços de saúde, à alimentação, moradia e renda.

Participações confirmadas:

  • Allan Campos (Departamento de Geografia da USP): Pandemia e agronegócio: modo de produção do agronegócio como fábrica de patógenos para humanos.
  • Aline Gurgel (Fiocruz-PE): Exposição aos agrotóxicos e aumento da vulnerabilidade a doenças infecciosas: o contexto da necropolítica brasileira.
  • Paulette Cavalcanti (Fiocruz-PE): O povo cuidando do povo: formação de agentes populares de saúde e os trabalhos desenvolvidos nas comunidades (produção de hortas comunitárias orgânicas e medicinais, banco de alimentos). 

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Dia 13 de abril: Contra o agronegócio, por Justiça Social

Com o objetivo de inspirar outros territórios, serão compartilhadas as experiências de resistência construídas no Ceará que, por meio da Lei Zé Maria do Tomé, proíbe a pulverização aérea em todo território estadual, e no Rio Grande do Sul, cuja luta levou à suspensão do herbicida 2,4D após a contaminação pela deriva do veneno.

Essas conquistas mostram caminhos de articulação e organização regionais que reverberam em outros territórios e são exemplos do que buscamos de projeto nacional, evidenciando rumos de ações concretas para construí-lo. A atividade contará com a participação de agricultoras e agricultores militantes de movimentos sociais e advogadas populares.

Participações confirmadas:

  • Reginaldo Ferreira de Araújo – Ativista ambiental e social no Movimento 21. Historiador e pedagogo. Mestre em educação. Limoeiro do Norte/CE.
  • Álvaro Delatorre – Setor Produção/Certificação Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade (OPAC) da Cooperativa Central dos Assentamentos do RS (COCEARGS).
  • Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares (RENAP).

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Dia 14 de abril: Contra o agronegócio, por comida

Vamos dialogar sobre o direito humano à alimentação saudável e adequada e sobre a violação desta necessidade vital, diante do alastramento da fome, agravada pela pandemia e pela política genocida deste governo. “Quais as relações estruturais da fome com o racismo? E com o agronegócio?”; “Quais as saídas coletivas que podemos dar para esta situação?”, são algumas das reflexões abordadas no diálogo.

Em contraponto, também serão evidenciadas a agroecologia como resistência dos povos produtores de comida de verdade e as ações de solidariedade entre a classe trabalhadora, enfrentando o mal estar produzido pela ética do mercado.

Participações confirmadas:

  • Fran Paula (FASE): Dados sobre a fome no Brasil. Fome e Racismo e Pandemia.  As reformas e o desmonte da estrutura de direitos do Povo e a crise.
  • Silvio Porto (Universidade Federal do Recôncavo Baiano – UFRB): Agronegócio e Pandemia – a questão do abastecimento de alimentos e o agronegócio como produtor de commodities e não comida.
  • Frei Sérgio (MPA): O agronegócio e sua relação com a fome, a resistência da agroecologia, da agricultura camponesa.
  • Comida de Verdade e Agroecologia (MST, MPA, MMC, quilombola, indígena).  

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10 comentários

    • BOA NOITE, ME CHAMO MARIA NADIA CRUZ DE SOUZA Faço EDUCAÇÃO do CAMPO pela UNIVERSIDADE FEDERAL de RORAIMA UFRR, mas desde de pequena percebo a negação do agricultor no manuseio dos agrotóxicos, primeiro porque a saúde em primeiro lugar fica sujeita ao envenenamento , devido o uso de pesticidas nas lavouras, fora a poluição de nossos rios e igarapés, ainda tem a contaminação dos lencois freaticos do ar que repiramos e todo um ecossistema,
      Sendo destruido aos poucos. fico triste quando vejo os pequenos animais mortos pelo envenenament dos frutos e os peixes pela contaminação das águas. No entanto parecem que todos se vêem de mãos atadas sem forças pra lutar ou pra resistir e esse grande monstro que se chama AGRONEGÓCIO.

  1. Debate urgente e oportuno. O direito humano à alimentação saudável em quantidade e qualidade, tem que ser assegurado. Não a violação desta necessidade vital!

  2. Gostaria de perguntar a vocês sobre as redes disponíveis para discussões adjacentes e soma de forças nessa luta. Alguém poderia me indicar?

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