São sementes geneticamente modificadas para adquirir características de outros seres vivos. No Brasil, há hoje apenas características derivadas das modificações genéticas sendo usadas na agricultura. A primeira delas confere à planta resistência a agrotóxicos, ou seja, ao se pulverizar herbicidas no campo, a planta geneticamente modificada não morre. Esta técnica leva ao uso de mais agrotóxicos, já que permite seu uso sem dano aparente à plantação. Outro problema grave desta tecnologia é o surgimento, após alguns anos de uso, de várias plantas resistentes, o que o leva ao uso ainda mais intenso de agrotóxicos.
A outra modificação confere à planta uma característica inseticida. A planta geneticamente modificada passa a produzir uma toxina (Bacillus thuringiensis) que afasta alguns insetos. O problemas principais são: os efeitos ainda desconhecidos destas substâncias para a saúde humana; a contaminação genética por meio de polinização cruzada (plantas vizinhas pode cruzar através do pólen trazido pelo vento); e o desequilíbrio ecológico causado pela diminuição do inseto alvo, que ocasiona diminuição de seus predadores e também o aumento das presas. Neste ponto, já houve no Brasil uma grande infestação da lagarta helicoverpa armígera devido ao desparecimento do seu predador natural. Na ocasião, o MAPA autorizou a importação de um agrotóxico proibido no Brasil – o Benzoato de Emamectina.