Não aguenta mais veneno na sua comida?

Quer lutar por um modelo agrícola justo e saudável?

VENHA COM A GENTE!

Como participar

Há inúmeras ações que podem ser realizadas na luta contra os agrotóxicos, desde o seu quintal, passando pelo seu bairro, sua cidade, região, estado e até no nível federal, e mesmo internacional!

O foco das ações da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida se coloca em:

Denunciar para a sociedade os efeitos perversos dos agrotóxicos, transgênicos e do agronegócio em geral para a saúde humana e o meio ambiente; e

Anunciar e fortalecer a agroecologia como forma de produção agrícola e de vida no meio rural, garantindo alimentação saudável para o campo e a cidade, justiça social, igualdade de gênero e soberania alimentar.

Nossas ações ocorrem sempre com base na organização coletiva.

Como começar?

Entendendo a campanha

Para compreender melhor a proposta da Campanha, propomos a leitura do artigo “Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida: construção da resistência brasileira ao avanço do capital no campo“. Recomendamos a leitura coletiva, para debater o texto e analisar a realidade local a partir dele.

Formação do Comitê

O núcleo básico de organização da Campanha são os comitês locais. Para formar um comitê, é importante reunir as pessoas que já trabalham ou se interessam pelo tema. Podem ser agricultores, estudantes, agrônomos, trabalhadores da saúde (nutrição, enfermagem, medicina etc), pesquisadores ou qualquer pessoa que se conheça ou se interesse pelo tema. É bem provável que já haja espaços coletivos como: movimentos sociais, organizações de assessoria técnica agroecológica, conselhos de segurança alimentar, sindicatos, entre outros que podem ajudar.  Entre em contato para saber se já há pessoas ligadas à Campanha no seu local.

É importante marcar uma primeira reunião com pessoas de confiança. Escolha um lugar de fácil acesso, num horário adequado a agenda das pessoas. Um local de reunião bonito e organizado é fundamental para a concentração e inspiração dos participantes. Utilize bandeiras, cartazes e outros objetos para ornamentar o local. Não esqueça de:

  • Reunir os contatos dos participantes;
  • Definir uma pauta para a reunião;
  • Designar pessoas para relatar e coordenar a reunião.

A luta contra os agrotóxicos contraria grandes interesses, e por isso é possível que haja resistências por parte daqueles que lucram com os venenos.

Primeiras ações

Para iniciar a atuação, é importante compreender o contexto local:

  1. Quais são os problemas específicos relacionados aos agrotóxicos?
  2. Caso seja zona agrícola: qual perfil da produção, quais agrotóxicos mais utilizados, para onde a produção é escoada?
  3. Há relatos ou suspeitas de problemas de saúde causados pelos agrotóxicos?
  4. Quais são os circuitos de comercialização de alimentos (feiras, mercados, compras institucionais para escolas, hospitais)? Quem fornece esses alimentos?
  5. Há indícios de contaminação ambiental por agrotóxicos, na água, no solo?
  6. Há fábricas de agrotóxicos na região?
  7. Existe uso de sementes transgênicas?

Além disso, é importante iniciar um processo de formação para os e as participantes do comitê, já que o tema dos agrotóxicos é complexo e abrange muitas áreas do conhecimentos. Organizar palestras com especialistas é uma forma agregar pessoas e difundir os princípios da nossa luta.

Sugestões de ação

Dependendo do contexto de cada local de atuação, é preciso definir a linha de ação do comitê:

  • Diálogo com camponeses, no sentido de alertar para os perigos dos agrotóxicos e incentivar a transição agroecológica;
  • Diálogo com a sociedade em geral, no sentido de mostrar o problema e apontar os caminhos de solução.
  • Ações no campo jurídico/legislativo, com objetivo de fazer cumprir leis existentes e criar novas leis para restringir o uso de agrotóxicos e fortalecer a agroecologia

As ações nestes campos são inúmeras. Segue algumas ideias:

  • Organizar protestos e panfletagens em locais de grande circulação;
  • Denunciar ilegalidades como:
    • Capina química (veja mais aqui);
    • Pulverização aérea próxima a comunidades;
    • Contaminação ambiental de rios e solos;
    • Aplicação de agrotóxicos sem receituário agronômico;
  • Auxiliar na organização de feiras agroecológicas;
  • Organizar grupos de consumo que garantam a compra direta dos produtores agroecológicos e em processo de transição;
  • Agendar audiências públicas para debater o problema com os órgãos competentes de agricultura, meio-ambiente e saúde/vigilância sanitária;
  • Promover visitas e intercâmbio de experiências entre agricultores e consumidores;
  • Organizar cursos de formação em agroecologia abertos à sociedade;

E lembre-se de permanecer em contato com a secretaria nacional da Campanha para trocarmos sempre informações!