Representantes do Ministério Público, gestores e ativistas defenderam, em audiência na Comissão de Direitos Humanos (CDH) nesta quinta-feira (10), que os agrotóxicos sejam mais tributados no projeto da reforma tributária (PEC 45/2019), em análise no Senado. A mesma posição foi defendida pelo presidente da CDH, Paulo Paim (PT-RS), que se colocou à disposição para apresentar emendas ao relator da reforma, senador Eduardo Braga (MDB-AM), assim como articular encontros com Braga visando o aprofundamento do debate sobre essa taxação específica.
No dia 9, a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, em parceria com a Confederação Nacional dos Trabalhadores Assalariados e Assalariadas Rurais (CONTAR), realizou oficina formativa para trabalhadores de várias regiões do país, tendo como foco central o tema "A saúde do assalariado e da assalariada rural e a exposição aos agrotóxicos".
Em entrevista para a Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), Karen aponta quais são os principais obstáculos para registro dos casos de intoxicação por agrotóxicos pelos profissionais e serviços de saúde, quais medidas devem ser adotadas para qualificar e potencializar esta notificação e qual o papel da sociedade nesse contexto.
Reunindo cerca de cinquenta representantes de organizações sociais da região amazônica, foi realizado, no dia 4 de agosto, um importante encontro para discussão da temática dos agrotóxicos e os impactos que esse modelo agrícola tem causado no território e na vida dos povos da Amazônia.
No dia 10 de agosto será realizada audiência pública para debater os "Benefícios Fiscais para Agrotóxicos e a Violação de Direitos Humanos", que reunirá diversos setores da sociedade, incluindo parlamentares, movimentos sociais, executivo federal, pesquisadores e interessados no tema. A atividade acontecerá na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal, às 10h30, no plenário 6 da Ala Senador Nilo Coelho.
A publicação “Vivendo em territórios contaminados: um dossiê sobre agrotóxicos nas águas do Cerrado” ganhou vida e provocou debates entre os mais de cinquenta participantes do curso “Agrotóxicos, Saúde e Agroecologia”, promovido pela Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida no Mato Grosso do Sul.
Produtores da agricultura familiar da comunidade Setor 13, na PA 254 em Monte Alegre, oeste do Pará, denunciaram aos órgãos ambientais o dono de uma propriedade rural que usou drone na aplicação de agrotóxico. O veneno aplicado pelo equipamento atingiu uma plantação de feijão de outra propriedade e afetou a saúde de mais 10 famílias que precisaram de atendimento médico após apresentarem dores de cabeça, irritação na garganta e vômito.
A cidade de Sorriso, localizada a 420 km de Cuiabá, no Mato Grosso, registrou um verdadeiro extermínio de abelhas na região devido ao uso desenfreado de agrotóxicos por empresários do agronegócio. Cerca de 100 milhões de abelhas foram mortas por conta do excesso de Fipronil.
A Agência Pública já revelou o perfil dos agrotóxicos liberados durante o governo Jair Bolsonaro que, fabricados na China, foram banidos na Europa, mas seguem sendo aplicados nas lavouras de soja brasileiras.
Na segunda (17) deu início o Curso de Formação "Agrotóxicos, Saúde e Agroecologia" em Mato Grosso do Sul. A atividade, que tem como objetivo promover um debate abrangente sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde humana e no meio ambiente, conta com a participação de 50 pessoas, entre moradores da região e representante de movimentos sociais.
Um estudo realizado pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) aponta diversos municípios do estado de Mato Grosso com alta incidência de casos de câncer. No estudo, os pesquisadores ressaltam que a maioria destes municípios mato-grossenses são grandes produtores de commodities agrícolas para exportação e concentram um grande contingente de pessoas envolvidas na agricultura e pecuária, com um menor grau de instrução – dificultando o manejo adequado de agrotóxicos – e maior exposição ocupacional e ambiental e esses produtos.
A tese Impactos socioeconômicos do uso de agrotóxicos no Brasil, defendida por Loredany Consule Crespo Rodrigues, no Programa de Pós-Graduação em Economia Aplicada da UFV, conquistou o Prêmio Edson Potsch Magalhães de melhor tese de Doutorado em Economia Rural. A premiação, concedida pela Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural (Sober), será entregue durante o seu 61º Congresso, que acontecerá no dia 24 de julho, na Esalq/USP, em Piracicaba (SP).
A pesquisadora e educadora da Fase, que integra a Campanha Contra os Agrotóxicos, Fran Paula, esteve na Alemanha, durante dez dias, para participar de atividades de incidência internacional promovida pela Misereor, organização que apoia projetos sociais e ambientais ao redor do mundo.
Texto da Reforma Tributária aprovado nesta semana mantém benefícios fiscais aos agrotóxicos, porém em percentual menor do que o atual. Mudança de última hora abre margem para contestação Desde o surgimento da Campanha Contra os Agrotóxicos, em 2011, uma de…
O alto índice de trabalhadores e trabalhadoras resgatados de condições análogas à escravidão em Minas Gerais, especialmente nas lavouras de café, mobilizou o diálogo entre instituições e movimentos sociais na mesa redonda realizada no mês de maio, durante a 10ª edição da Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária na Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG). A atividade foi realizada em modo híbrido (presencial e online) e integrou a programação do “Polo em Prosa”, série de encontros virtuais promovidos mensalmente pelo Polo Agroecológico do Sul e Sudoeste de Minas.