Em resistência ao marco temporal e à intoxicação por agrotóxicos, Povo Avá-Guarani (PR) luta pelo território

A retomada do julgamento da tese do “marco temporal” pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no próximo dia 7 de junho tem forte impacto sobre os direitos territoriais dos povos indígenas, dentre eles do Povo Avá-Guarani da Terra Indígena (TI) Guasu Guavirá, localizada nos municípios de Terra Roxa e Guaíra, oeste do Paraná. Paralisado desde 2021 pelo pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes e com um voto favorável à tese e um contrário, o julgamento pelo Supremo é decisivo para sedimentar o entendimento constitucional acerca do direito dos povos indígenas sobre as terras que ocupam, entre eles de cerca de 3 mil indígenas Avá-Guarani, distribuídos em 14 aldeias nos dois municípios. 

Povos e comunidades tradicionais do cerrado discutem estratégias para barrar contaminação por agrotóxicos despejados pelo agronegócio

Na manhã do dia 31/05, representantes de povos e comunidades tradicionais do Cerrado dos estados da Bahia, Maranhão, Piauí, Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul participaram de uma oficina sobre como denunciar contaminações causadas por agrotóxicos. A oficina foi ministrada por Naiara Bittencourt, advogada da Terra de Direitos e da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida. Foram abordadas estratégias de registro de denúncias, produção e armazenamento de provas e canais de formalização dos registros.

1º Workshop de Apicultura e Meliponicultura em Defesa das Abelhas promove diálogo sobre a morte de abelhas pelo uso de agrotóxicos

Integrantes do Polo Agroecológico do Sul e Sudoeste de Minas e da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida participaram, no dia 27 de maio, do 1º Workshop de Apicultura e Meliponicultura em Defesa das Abelhas, realizado no município de Jacuí/MG e organizado pelo Movimento “Defendendo Irá – em defesa dos polinizadores".

Médicos participam de formação em vigilância popular para o enfrentamento aos agrotóxicos e proteção à vida

A exposição a substâncias tóxicas na agricultura tem sido associada a uma série de consequências negativas para a saúde dos trabalhadores rurais e das populações de comunidades próximas a áreas de monoculturas. Estudos científicos têm demonstrado que a exposição aos agrotóxicos está associada a um aumento do risco de distúrbios mentais, de doenças degenerativas, infertilidade, puberdade precoce e diversos tipos de cânceres.

Audiência pública debaterá impactos dos agrotóxicos em comunidades tradicionais do cerrado

Mais de 600 milhões de litros de agrotóxicos recaem sobre todas as vidas humanas anualmente no Brasil. Só em 2018, 73,5% destes agroquímicos consumidos no país foram aplicados no Cerrado (fonte: UFPR). Esses produtos são utilizados ostensivamente nas lavouras do país, via pulverização terrestre e aérea, impactando não somente o ar, as plantações, as águas, a terra e a biodiversidade, mas povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais.

Maioria do STF proíbe pulverização aérea de agrotóxicos no Ceará

Maioria do STF votou no sentido de validar lei do Ceará que proíbe pulverização aérea de agrotóxicos no Estado. Julgamento está no plenário virtual com previsão de término nesta sexta-feira. Há oito votos favoráveis à constitucionalidade da lei estadual 16.820/19.

Curso de Saúde e Agrotóxicos para o Fortalecimento do SUS no Campo aborda a problemática dos venenos e sua relação com a saúde pública

Iniciou nesta quarta (24) o primeiro Curso de Saúde e Agrotóxicos para o Fortalecimento do SUS no Campo, na cidade do Rio de Janeiro. O evento, que acontece até domingo (28), tem como objetivo abordar a problemática dos agrotóxicos e seus impactos na saúde humana, debater a importância das estratégias de controle social e vigilância popular de saúde, bem como, contribuir para a atuação profissional no âmbito do SUS para superar a subnotificação de intoxicações por agrotóxico.

Campanha lança dossiê que identificou a presença de agrotóxicos na água de sete comunidades tradicionais do cerrado

O Brasil não é mais o país do futebol, como convencionou-se dizer. Em realidade, o nosso país pode ser considerado o campeão dos agrotóxicos, do veneno e da morte da sociobiodiversidade. Essa mudança aconteceu não somente pelos recentes fracassos da seleção brasileira nas últimas copas do mundo, mas por fatores como a liberação do estrondoso número de mais de 1.800 agrotóxicos nos últimos quatro anos (entre 2019 e 2022). E não para por aí.