Se não mata o mosquito, serve pra que??? …

Se não mata o mosquito, serve pra que??? Denise Valle, pesquisadora da Fiocruz, explica que o uso indiscriminado dos inseticidas provocou a ineficácia dos produtos. “Isso era uma ação de emergência, mas substituiu a eliminação dos focos”, frisa. Até 2000 se usavam compostos organofosforados para controle do Aedes, mas, com o tempo, o produto perdeu a eficácia e deu lugar a um veneno diferente, da classe piretroides. São os mesmos vendidos em supermercados. Contudo, o mosquito também ficou imune a eles. “A resistência a esses inseticidas se deu em apenas três anos. Leva-se até 30 anos para se constituir um novo produto”, pontua.
Depois da luta pela terra, trabalhar com orgânicos foi uma conquista para Gorete | Foto: Yamini Benites

Saúde na mesa, dinheiro na mão do produtor: A escolha pelo orgânico no país do agrotóxico

Depois da luta pela terra, trabalhar com orgânicos foi uma conquista para Gorete | Foto: Yamini Benites

Depois da luta pela terra, trabalhar com orgânicos foi uma conquista para Gorete | Foto: Yamini Benites

 

Gabrielle de Paula e Matheus Bertoldo*

 

O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos no planeta, atrás apenas dos Estados Unidos. A produção extensiva de commodities agrícolas faz do país o maior consumidor de agrotóxicos no mundo, segundo o Ministério do Meio Ambiente. Mas há quem prefira se desenvolver respeitando a natureza e a saúde das pessoas. É o caso de Gorete Menezes e Olair Nunes, agricultores do assentamento Itapuí, em Nova Santa Rita (RS).

 

“Trabalhar com o alimento é trabalhar com a vida”

 

Gorete e Olair exibem uma grande diversidade de produtos plantados em sua lavoura sem nenhum agrotóxico: “Trabalhar com o alimento é trabalhar com a vida, é questão de respeito com a sociedade”, defende Olair. O casal faz parte da associação que trabalha com alimentos orgânicos no Itapuí, assim, as plantações ficam em meio à mata nativa da região e a policultura é incentivada para o enriquecimento do solo. João Pedro Stédile, membro da coordenadoria nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), garante que a entidade tem estimulado a agroecologia nos assentamentos: “Fazemos um enorme esforço para construir a matriz tecnológica da agroecologia nos assentamentos. Porém isso é um longo processo, que começa na necessidade de termos escolas de agronomia, de nível médio”.

Ruralistas querem fazer pulverização aérea de venenos nas cidades

No meio da confusão política, perigo ronda o submundo do senado. Está em tramitação no congresso a Medida Provisória 712/2016, que prevê uma série de ações de controle de criadouros do mosquito transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika. O problema…

No meio da confusão política, perigo ronda o …

No meio da confusão política, perigo ronda o submundo do senado. Está em tramitação no congresso a Medida Provisória 712/2016, que prevê uma série de ações de controle de criadouros do mosquito transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika. O problema é que os ruralistas-oportunistas de plantão, especificamente o Dep. Valdir Colatto (PMDB), estão tentando pegar carona e enfiar uma emenda trágica para a saúde da população. Propõe o ruralista que os agrotóxicos para controle do mosquito, comprovadamente ineficiente e cancerígenos, sejam jogados por aviões agrícolas - pulverização aérea. O projeto já havia sido apresentado em SP, e agora temos esse enorme risco nacionalmente. Jogar mais agrotóxicos na cabeça do povo, além de ineficaz contra o mosquito, seria uma tragédia para a população, sobretudo pobre, onde certamente irão carregar nas doses de veneno. Saneamento básico, fornecimento regular de água, recolhimento de lixo e águas pluviais são as únicas medidas realmente eficazes. Mas isso, claro, não contribui no lucro das empresas de aviação agrícola, patrocinadoras deste absurdo. Cabe lembrar que Valdir Colatto também é o autor do PL3200/2015, que acaba de vez com toda a regulação sobre agrotóxicos no Brasil.

Bayer continua sonegando impostos, afirma …

Bayer continua sonegando impostos, afirma ativistas alemães De acordo com a Coalisão Contra os Perigos da Bayer (CBG), a companhia Bayer continua sistematicamente transferindo lucros para países de baixos impostos, como Bélgica ou Holanda. A corporação com isso reduz sua carga tributária às custas dos contribuintes alemães, estadunidenses, ou franceses. A Coalisão contra Bayer lançou uma moção e irá colocar o assunto na próxima reunião de acionistas, no dia 29 de abril.

Em meados de março, deputados franceses aprovaram …

Em meados de março, deputados franceses aprovaram planos para o banimento total de pesticidas que estão matando milhões de abelhas. É um passo à frente das restrições do resto da Europa, em uma luta contra as corporações que os produzem, como Bayer CropScience e Syngenta.

A interferência da OMS a favor do uso de …

A interferência da OMS a favor do uso de pesticidas no controle de vetores não é nova. Já nos anos 60, Frederico Adolfo Simões Barbosa denunciava o favorecimento da Bayer. "Bem, a OMS é um órgão extremamente político. Havia muita pressão por parte de certas empresas. Por exemplo, naquela época havia grande interesse no uso de moluscicidas que, quase sempre, eram preconizados como medida única de controle. Opus-me a colaborar com esse esquema e cheguei a ser muito pressionado para dar pareceres, etc. A Bayer produzia o Bayluscide, e o governo brasileiro chegou a comprar não sei quantas toneladas do produto, que ficaram a apodrecer por aí, nos porões da burocracia. Vendia-se Bayluscide ao mundo inteiro. Nessa época, um pesquisador egípcio muito conhecido ­ M. Farooq ­ chegou a publicar, em um mesmo número do Boletim da OMS, uns quatro ou cinco trabalhos seguidos exaltando o Bayluscide no controle da esquistossomose. Acontece que eu já havia trabalhado com moluscicidas no Brasil, em um estudo de dez anos de duração realizado em São Lourenço da Mata, e duvidava de sua factibilidade. Isso porque, apesar do uso continuado, o Bayluscide não interrompeu a transmissão na região. Além disso, as dificuldades de aplicação, o custo elevado e o impacto ambiental levavam-me a ver que as tantas dificuldades inerentes ao controle químico eram de difícil resolução. Por isso era contra, salvo em situações muito particulares."

Ótima entrevista com Fernando Carneiro

Ótima entrevista com Fernando Carneiro! "Estamos conhecendo a experiência do município de Pedra Branca, no Ceará, dentro de uma estratégia da Fiocruz Ceará em parceria com Abrasco, muito exitosa no controle da Dengue. Há praticamente 15 anos não existem casos de Dengue nesse município. Eles já não usam produtos químicos, nem fumacê, nem larvicida químico, e tem toda uma mobilização social envolvida, um trabalho com enfoque ecossistêmico a partir dos focos do Aedes, numa integração com a vigilância em saúde e atenção básica. Nossa intenção é aplicar essa experiência de Pedra Branca em outro município, Tauá, que está numa situação bem crítica. A cidade fica numa das áreas mais secas do Ceará e está com 15% de infestação nas residências."

Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela …

Ong FASE O Programa Nacional para Redução do Uso de #Agrotóxicos (Pronara) foi aprovado na Comissão Nacional de #Agroecologia e Produção Orgânica (CNAPO) há mais de um ano e meio. Na Marcha Das Margaridas 2015, a presidenta Dilma Rousseff se…

A Câmara de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural …

A Câmara de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural do Ministério Público Federal (4ª Câmara de Coordenação e Revisão) divulga nota de repúdio ao projeto de lei do Senado nº 209/2013. O PL transfere dos Ministérios do Meio Ambiente e da Saúde para o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento a análise do processo de registro de agrotóxicos.

Mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem …

Mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) está agora na Secretaria Estadual do Desenvolvimento Rural, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, para realizar uma audiência com representantes do governo do estado. As mulheres reivindicam a proibição do uso do agrotóxico 2,4-D e da pulverização aérea em assentamentos, além de seminário estadual para discutir o impacto dos venenos nas áreas de reforma agrária. #JornadaNacional #MulheresEmLuta