CUT vai às ruas para alertar sobre riscos dos agrotóxicos

Central terá radio itinerante nesta quarta (3), em São Paulo, para dialogar com população sobre riscos dos venenos aos trabalhadores, alimentos e meio ambiente

Há 30 anos, o vazamento de um gás tóxico usado na elaboração de um praguicida da Corporácion Union Carbide, na Índia, matou 30 mil pessoas, muitas delas crianças. Como forma de protestar e alertar para os riscos dos venenos ao meio ambiente, a Pesticide Action Network (PAN) estabeleceu o dia 3 dezembro como o Dia do Não Uso dos Agrotóxicos.

Manifestações dos movimentos sindical e sociais acontecerão em todo o país e, em São Paulo, a CUT promoverá um diálogo com a população por meio de uma rádio itinerante nesta quarta-feira (3), a partir das 11h, na Praça do Patriarca, região central da capital paulista.

A mobilização ainda discutirá a necessidade de os movimentos estarem nas ruas para pressionar o governo federal a adotar políticas progressistas para o campo, contra o forte viés conservador que se apresenta e pressionam em defesa dos interesses do agronegócio.

Dia Mundial de Luta contra os Agrotóxicos

Em todo o Brasil, militantes da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida sairão às ruas para dizer: não queremos comida com veneno. Sabemos que o responsável para que Brasil siga sendo o maior consumidor de agrotóxicos do mundo…

Fazenda é ocupada por camponeses contra Kátia Abreu e transgênicos

por Ninja Onde antes só haviam milhos transgênicos foram plantadas sementes agroecológicas. Uma denúncia ao agronegócio, representado pela Senadora Kátia Abreu, e aos produtos geneticamente modificados, prejudiciais ao meio ambiente e a saúde do povo brasileiro. O vídeo ‘Contra o inimigo…

Revista Caros Amigos: Movimento pede fim de pulverização aérea de agrotóxico

Militantes promovem manifestação no dia internacional de mobilização com pauta em favor da saúde

No dia 3 de dezembro militantes contra o uso de agrotóxico por todo o mundo irão tomar as ruas no Dia Internacional do Não Uso dos Agrotóxicos, organizado no Brasil pela Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida. A campanha é uma articulação permanente entre diversos movimentos sociais, sindicais e setores de toda a sociedade civil contra o uso dos agrotóxicos.

A campanha existe há quatro anos, e começou motivada pela mobilização contra os impactos dos agrotóxicos à saúde pública, que atingem diversos territórios e envolvem diferentes grupos populacionais, como trabalhadores rurais, moradores do entorno de fazendas, além de toda a população brasileira, que de um modo ou outro acaba consumindo alimentos contaminados. A posição que o Brasil ocupa desde 2008, como maior consumidor de agrotóxicos do mundo faz com que a mobilização seja ainda mais pertinente.

Chuva de veneno

Além da óbvia pauta principal, contra o uso dos agrotóxicos, existem cinco pontos que são almejados pelo movimento a um prazo mais curto. O primeiro deles é a pressão contra a pulverização aérea, ou seja, a aplicação de agrotóxicos por avião. O coordenador da campanha, o engenheiro Alan Tygel, afirma que o uso dessa forma de dispersão de substâncias químicas é extremamente prejudicial e já deveria estar proibido, como na Europa, onde a prática é vetada desde 2009.

“A gente sabe que uma pequeníssima parte desse veneno atinge de fato as plantas e o resto contamina rios, o solo e expõe as populações que moram no entorno das plantações a tomar chuvas de veneno, como a gente viu em Goiás, em uma escolinha de Rio Verde, entre outros casos”, disse ele, se referindo ao caso da contaminação de funcionários e alunos de uma escola do assentamento rural Pontal dos Buritis, na cidade de Rio Verde.

Dossiê Latinoamericano Sobre Impactos dos Agrotóxicos

Es urgente construir una práctica científica contra hegemónica afirmada en el diálogo radical entre los saberes y prácticas de los diferentes sujetos sociales que luchan por un mundo más justo, equitativo y sustentable. Tratase de la producción compartida de conocimiento…

Policiais apreendem caminhão com 11 toneladas de agrotóxicos em MS

Segundo a PMA, produtos são autorizados no país, mas não tinham licença. Donos da empresa responsável pelo transporte foram multados e autuados. Do G1 MS A Polícia Militar Ambiental apreendeu 11,1 toneladas de agrotóxicos que eram transportados sem licença na…

Campanha convoca população às ruas contra o uso de agrotóxicos

As eleições passaram e o Congresso Nacional não poderia ter ficado pior: mais da metade dos seus membros diz se identificar com a chamada Bancada Ruralista. Além de afrontarem os direitos de indígenas e quilombolas, este grupo suprapartidário é responsável pela aprovação de leis que facilitam o uso de mais agrotóxicos.

No próximo dia 3 de dezembro, data em que celebra-se o Dia Internacional do Não Uso dos Agrotóxicos, a Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida convoca os cidadãos brasileiros a se unir para exigirmos comida sem veneno. Para isso, é fundamental que o congresso defenda a saúde da população e a agricultura familiar, responsável pela produção de 70% dos alimentos que chegam à nossa mesa.

Além disso, a Campanha defende ainda o fim da pulverização aérea, prática utilizada pelo agronegócio, e a reforma política, de maneira a reduzir o peso dos interesses econômicos e viabilizar nossa representação na Câmara e Senado. Os ruralistas defendem os interesses de cerca de 1% dos proprietários de terra do Brasil, que dominam 44% das áreas brasileiras agricultáveis. Esta é apenas mais uma mostra das distorções de representação do nosso legislativo.

Aulas públicas, panelaço, panfletagem, “feira dos envenenados”. Vale um pouco de tudo. A ideia principal da campanha é demarcar a data nacionalmente e ir às ruas mostrar que a luta contra os agrotóxicos se vincula a um governo progressista, e às ideias da reforma política e participação popular.

Atividades já estão confirmadas em diversos estados. Em breve a agenda será divulgada. Contate a Secretaria Operativa da Campanha (pelo e-mail [email protected]) para saber mais sobre as mobilizações em seu estado e monte também alguma atividade em sua cidade.

Carta da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida no 2º SIBSA

O 2º Simpósio Brasileiro de Saúde e Ambiente, reuniu academia, gestão pública e movimentos sociais para debater o tema “Desenvolvimento, Conflitos Territoriais e Saúde: Ciência e Movimentos Sociais para a Justiça Ambiental nas Políticas Públicas”. O Simpósio contou com 25 trabalhos relacionados…

Novas evidências relacionam doenças mentais e suicídio de agricultores a uso de pesticidas

 

Testes com animais demonstram alteração no funcionamento de células nervosas; estudos nos EUA, na China e no Brasil também sugerem aumento no risco de depressão em seres humanos

Em sua fazenda no estado do Iowa, nos Estados Unidos, Matt Peters trabalhava do nascer ao pôr do sol plantando 1500 acres com sementes tratadas com pesticidas. "Sempre me preocupava com ele nas primaveras", diz a esposa Ginnie, "e me sentia aliviada quando ele terminava o trabalho". Em 2011, o marido "calmo, racional e carinhoso" se tornou subitamente deprimido e agitado. "Ele me disse: 'Eu me sinto paralisado'", conta. "Ele não conseguia dormir ou pensar. Do nada, ficou deprimido".

 

Matt, aos 55, tirou sua própria vida. Ninguém sabe o que engatilhou sua mudança súbita de humor e comportamento. Mas, desde a morte do marido, Ginnie se lançou em uma missão para não apenas conscientizar as pessoas sobre o suicídio em famílias de agricultores, como também para chamar atenção para as crescentes evidências de que os pesticidas podem alterar a saúde mental dos agricultores.

 

MAU À SAÚDE - PRF intercepta agrotóxicos em BR/Foto: Assessoria

PRF apreende 3 toneladas de agrotóxicos ilegais

Carga contrabandeada do Paraguai, avaliada em quase R$ 1,5 milhões, tinha como destino a cidade de Sinop
 
MAU À SAÚDE - PRF intercepta agrotóxicos em BR/Foto: Assessoria

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu, no final da tarde de sexta-feira (17), três toneladas de agrotóxicos contrabandeados do Paraguai.  A carga ilegal e totalmente prejudicial à saúde humana e do meio ambiente estava em uma carreta Volvo/FH, conduzida por um homem de 42 anos.

O motorista foi interceptado  durante uma fiscalização de rotina da PRF no km 258 da BR-364, próximo ao município de Juscimeira (a 165 km de Cuiabá). A carga dos defensivos agrícolas é avaliada em quase R$ 1,5 milhões.

Segundo a PRF, o carregamento seria levado a Sinop (a 500 km de Cuiabá). O condutor da carreta foi detido e a ocorrência foi encaminhada à Polícia Rodoviária de Rondonópolis.  

De acordo com policial rodoviário, Ênio Cléber, o crime é de natureza gravíssima, pois os agrotóxicos não são selecionados e podem provocar sérios danos à saúde humana e ao meio ambiente ao contaminar o lençol freático.

Para  exemplificar os malefícios do produto ele citou a pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso que, há dois anos, detectou presença de agrotóxicos no leite materno de mulheres  de Lucas do Rio Verde (a 333 km de Cuiabá) – município que  é referência no Estado em produção agrícola. “Ou seja, os danos à sociedade que esses agrotóxicos podem causar são imensuráveis”.

Intoxicações com agrotóxicos aumentam 126,8% entre os trabalhadores rurais

Por Viviane Tavares
Da Fiocruz

O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Embora trágico, isso já não é mais novidade. No entanto, recentes pesquisas latino-americanas mostram que, além da intoxicação via alimentos, os trabalhadores também tem sofrido com esse impacto. E essa realidade está longe de ser mudada. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na safra 2010/2011, o consumo foi de 936 mil toneladas de agrotóxicos, movimentando US$ 8,5 bilhões entre dez empresas que controlam 75% desse mercado no país.

No artigo "Uso de agrotóxicos no Brasil e problemas para a saúde pública", publicado na última edição dos Cadernos de Saúde Pública, as autoras Raquel Maria Rigotto, Dayse Paixão e Vasconcelos e Mayara Melo Rochaafirmam que entre 2007 e 2011, de acordo com os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), houve um crescimento de 67,4% novos casos de acidentes de trabalho não fatais devido aos agrotóxicos. No mesmo período, as intoxicações aumentaram 126,8%. Entre as mulheres, o crescimento foi ainda maior, 178%.

 

Para as pesquisadoras, os agrotóxicos constituem hoje um importante problema de saúde pública, "tendo em vista a amplitude da população exposta nas fábricas de agrotóxicos e em seu entorno, na agricultura, no combate às endemias e outros setores, nas proximidades de áreas agrícolas, além de todos nós, consumidores dos alimentos contaminados", explicam no artigo.

 

Ato Contra o uso de Agrotóxicos em Pernambuco

Por Laudenice Oliveira (Assessoria Centro Sabiá) Terça-feira, 13 de outubro, início da noite, a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, em Pernambuco, junto com movimentos e organizações sociais do estado, realizou uma ação no centro do Recife para…