Dia 18 de novembro de 2015

O uso massivo de agrotóxicos ocorre há menos de …

O uso massivo de agrotóxicos ocorre há menos de 50 anos. Já a concentração de terras existe há mais de 500. Sem reforma agrária, nunca haverá agroecologia. #Denúncia | Gigante financeira norte-americana e parceiros brasileiros “despejaram centenas de milhões de dólares em aquisição de terras aráveis no Cerrado”, ressalta matéria, que ainda destaca os conflitos por terra e a relação dessas empresas com grileiros nos estados de Maranhão e Piauí. #Cerrado #Matopiba #TerritóriosLivresJá #CPTsDoCerrado

Quando explicitado os conflitos de interesse é …

Quando explicitado os conflitos de interesse é necessário ressaltar que existem lados a serem defendidos. Temos de um lado os “agroquímicos” e de outro os “agrotóxicos”. O termo “agrotóxico” passou a ser utilizado, no Brasil, para denominar os venenos agrícolas, após grande mobilização da sociedade civil organizada. Mais do que uma simples mudança da terminologia, esse termo coloca em evidência a toxicidade desses produtos para o meio ambiente e a saúde humana. Apesar de praguicidas ser uma denominação técnica referente ao combate de pragas, a denominação agrotóxicos, tornou-se mais amplo e conhecido por ter sido aceito no âmbito da saúde pública. E o termo “agroquímico” substituiu o termo “defensivos agrícolas” utilizado anteriormente pela ANDEF, na busca de uma estratégia de maquiar o que é veneno ou tóxico. Cabe a cada um escolher o lado. Eu me sinto desapontada pelo lado escolhido no Congresso de toxicologistas.

SBTox intoxicada: “Eu me sinto desapontada pelo lado escolhido no Congresso de Toxicologistas”

Professora denuncia que Congresso Brasileiro de Toxicologia foi dominado pelas empresas de agrotóxicos. Monsanto, Basf, Bayer, Dow e Syngenta, além da Andef, tiveram posição privilegiada para defender seus produtos.

Segundo a definição da enciclopédia colaborativa Wikipedia, "A toxicologia é uma ciência multidisciplinar que tem como objeto de estudo os efeitos adversos das substâncias químicas sobre os organismos." A partir desta definição, devemos nos perguntar: podem os próprios fabricantes das substâncias químicas estudar os efeitos adversos destas substâncias sem que os seus interesses comerciais interfiram nos resultados, ou ainda na sua credibilidade?

Foi justamente essa pergunta que a Profa. Dra. Leiliane Coelho André, vice-diretora do Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas, ligado à Faculdade de Farmácia da UFMG, fez à Sociedade Brasileira de Toxicologia (SBTox). A SBTox teve seu congresso financiado pelas grandes empresas de agrotóxicos, incluindo a Dow Chemical e Basf. Leiliane denuncia que, "de uma forma ostensiva, a ANDEF ocupou a chamada “Agenda Científica” com palestras proferidas pela BASF, Syngenta, Bayer...cujas empresas respondem a processos judiciais por danos à saúde ou ao meio ambiente, mostrando uma clara e real intenção sobre papel que cumpre na sociedade, que é a do capital e não da saúde."

Leiliane finaliza com a constatação: "Quando explicitado os conflitos de interesse é necessário ressaltar que existem lados a serem defendidos. Temos de um lado os “agroquímicos” e de outro os “agrotóxicos”. (...) Cabe a cada um escolher o lado. Eu me sinto desapontada pelo lado escolhido no Congresso de toxicologistas."

Veja a carta na íntegra: