Em Santa Catarina, seminários regionais da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida
São Miguel do Oeste – SC
Durante os dias 12 e 13 de agosto de 2011, mais um passo importante na luta contra os agrotóxicos foi dado pelo comitê da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, do Extremo Oeste Catarinense. Comitê esse formado pela Via Campesina, MPA, MST, PJR, PJMP, MMTU, IFSC Campus de São Miguel do Oeste, Coletivo Sindical, Paróquia São Miguel Arcanjo, IECLB e Pastorais Sociais. Nestes dias foram realizados dois seminários regionais.
As atividades foram realizadas no salão comunitário do Bairro São Sebastião em São Miguel do Oeste.
O seminário do dia 12 foi voltado para população urbana, que prestigio o evento em grande número. No momento foram realizadas duas palestras, a primeira com o membro da Fundação Osvaldo Cruz do Rio de Janeiro, André Burigo que falou sobre as causa e conseqüências do uso de agrotóxicos. E o segundo momento foi com o Engenheiro Agrônomo, Marcelo Leal que palestrou sobre alternativas para produção agrícolas e manejo de culturas sem o uso de agrotóxicos e o modelo de produção Camponês.
Já o segundo dia do evento foi voltado aos camponeses que participaram de três palestras. Primeiramente André Burigo membro da Fundação Osvaldo Cruz apresentou dados sobre o uso de agrotóxico, os problemas causados ao meio ambiente a às pessoas e falou ainda sobre o monopólio que seis empresas possuem sobre a fabricação e distribuição dos venenos no mundo todo. Em seguida o membro da coordenação estadual do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) Marcelo kehl que relacionou os agrotóxicos ao modelo de agricultura chamado de agronegócio. Os agrotóxicos são uma das características intrínsecas do agronegócio, assim como o monocultivo e o latifúndio. O último a se pronunciar foi Marcelo Leal, Engenheiro Agrônomo e membro da coordenação nacional do MPA, que falou sobre a proposta de agricultura das organizações sociais (modelo de produção camponês), com diversidade de culturas, produção sem venenos, cooperação e organização social das famílias.
O evento foi bem aceito pela sociedade, participaram dos dois seminários 500 pessoas. Ao final, sugeriram os próximos passos a serem dados pela campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, como: organização de seminários municipais, confecção e distribuição de materiais (cartilhas, panfletos e cartazes), hortas escolares orgânicas e debates em escolas, universidades e nos meios de comunicação da região.