Atualmente o MST é o maior produtor de arroz orgânico da América Latina, segundo o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga)
Por Maiara Rauber
Da Página do MST
Para celebrar a colheita de mais de 12,4 mil toneladas de arroz produzidos em assentamentos de Reforma Agrária, no Rio Grande do Sul, o MST realiza um ato virtual nesta terça-feira (30), às 14 horas, com a participação de trabalhadores(as) do movimento e convidados, como a candidata a vice-presidente da República pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), em 2018, Manuela D’Ávila, o deputado estadual pelo PT/RS, Edegar Pretto, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Rio Grande do Sul, Amarildo Pedro Cenci, e Frei Vilson Dallagnol, da Comissão Pastoral da Terra (CPT). A atividade poderá ser acompanhada pelas redes sociais do MST.
A atividade marca a 18ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz Agroecológico. Atualmente o MST é o maior produtor de arroz orgânico da América Latina, segundo o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).
As cooperativas do Movimento que fazem parte da produção são: a Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre (Cootap), Cooperativa de Produção dos Assentados de Tapes (Coopat), Cooperativa de Produção Agropecuária Nova Santa Rita (Coopan), e mais cinco empresas sociais de assentados, Cooperativa de Produção Agropecuária dos Assentados de Charqueadas (Copac), a Cooperativa dos Produtores Orgânicos de Reforma Agrária de Viamão (Coperav), mais as cooperativas Sete de Julho (Coopal), Terra Livre e a Cooperativa Central dos Assentamentos do Rio Grande do Sul (Coceargs). Juntas cultivam principalmente o arroz orgânico nas variedades agulhinha e cateto.
Em todo o estado a produção do alimento é feita por 389 famílias, em 12 assentamentos, que se dividem em 11 municípios gaúchos das regiões Metropolitana, Sul, Centro Sul e Fronteira Oeste.
De acordo com Marildo Mulinari, da COOTAP, na safra 2020/2021 os camponeses estimam colher mais de 12,4 mil toneladas, cerca de 248 mil sacas de 50 kg do produto, em aproximadamente 2.740 mil hectares.
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Foto: MST no RS
Solidariedade Sem Terra
Na luta contra a fome, o povo brasileiro segue perdendo. Na contramão dessa tragédia anunciada, a agricultura familiar, atrelada à Reforma Agrária Popular, reafirma seu papel no combate à fome e à desigualdade.
O MST, desde o início da pandemia, trabalha com a campanha de solidariedade baseada no compartilhamento das produções das famílias assentadas e acampadas de todo o país. Em 2020, os Sem Terra doaram 4 mil toneladas de alimentos e 700 mil marmitas.
Os gaúchos também fizeram e ainda fazem a sua parte e ressaltam a importância de cuidar uns dos outros. Durante a pandemia da Covid-19 foram doados pelos assentados do RS mais de 300 toneladas de alimentos da Reforma Agrária.
“A solidariedade é um pilar fundamental, um princípio dos movimentos populares. O que o MST faz hoje é devolver para a sociedade a solidariedade que recebemos desde a origem do nosso movimento. E essa solidariedade nesse momento tão difícil, em que a pandemia é de um vírus, mas é também uma pandemia de fome”, disse Salete Carollo, Dirigente Nacional do MST pelo RS.
Serviço:
Live: 18ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz Agroecológico
Data: 30 de março
Horário: 14 horas
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