Na audiência serão debatidos os impactos à saúde e ao meio ambiente decorrentes do uso de agrotóxico no Estado de São Paulo, bem como os instrumentos para a atuação institucional e da sociedade civil sobre o tema.
Participe! Convide amigos, conhecidos e familiares.
Ainda é possível enviar trabalhos para o II Seminário Nacional Agrotóxicos, Impactos Socioambientais e Direitos Humanos, que será realizado entre 6 e 9 de setembro de 2016, na Cidade de Goiás.
Ótima reportagem da Folha de São Paulo mostra novamente o indiscutível: agrotóxico causa câncer e deve ser proibido.
Não há argumento no mundo capaz de justificar o injustificável. Aqueles que lucram com os venenos repetem a velha toada: "Nossos produtos são seguros, a culpa é do agricultor, bla, bla bla".
O agricultor Atílio Marques da Rosa, 76, andava de moto quando sentiu uma forte tontura e caiu na frente de casa em Braga, uma cidadezinha de menos de 4.000 habitantes no interior do Rio Grande do Sul. "A tontura reapareceu depois, e os exames mostraram o câncer", conta o filho Osmar Marques da Rosa, 55, que também é agricultor.
Seu Atílio foi diagnosticado há um ano com um tumor na cabeça, localizado entre o cérebro e os olhos. Por causa da doença, já não trabalha em sua pequena propriedade, na qual produzia milho e mandioca. Para ele, o câncer tem origem: o contato com agrotóxicos, produtos químicos usados para matar insetos ou plantas dos quais o Brasil é líder mundial em consumo desde 2009.
"Meu pai acusa muito esse negócio de veneno. Ele nunca usou, mas as fazendas vizinhas sempre pulverizavam a soja com avião e tudo", diz Osmar.
Para proteger o meio ambiente e a saúde da população, a legislação dispõe que os agrotóxicos importados não podem ser cadastrados no órgão estadual de meio ambiente se não tiverem seu uso autorizado no país de origem. Trata-se de uma legislação avançada que adota o mecanismo da “extraterritorialidade” no que tange a atuação de empresas transnacionais, dispondo que elas só podem comercializar no Brasil, produtos que comercializa no seu país de origem.
O Partido Democratas (DEM), ingressou no STF com Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 221, para invalidar a lei gaúcha. O DEM tem o apoio do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), da Associação Brasileira da Indústria de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (ABIFINA) e da Associação Brasileira dos Defensivos (AENDA).