O Sistema de Informações sobre Mortalidade, entre 2000 e 2008, registrou 1.669 óbitos por intoxicação por agrotóxicos, excluindo-se os homicídios e suicídios. Desses, 689 ocorreram entre os trabalhadores da agropecuária. Os dados estão na edição de março do Boletim do Centro Colaborador em Vigilância dos Acidentes de Trabalho da Universidade Federal da Bahia.
Os trabalhadores da agropecuária desenvolvem atividades reconhecidas como de elevado risco de acidente de trabalho, destacando-se como causa imediata os envenenamentos por agrotóxicos. Esses trabalhadores realizam atividades de aragem, semeadura, irrigação, cuidado com a plantação durante o crescimento, colheita, armazenagem, embalagem, fertilização do solo, controle de pragas, cuidado de animais, atenção à saúde de animais com o uso de substâncias veterinárias, dentre outras, que podem envolver o emprego de substâncias tóxicas. Acidentes de trabalho devidos a intoxicações por agrotóxicos (AT-AGR) correspondem a envenenamento intencional ou não intencional, decorrente da ingestão, inalação ou absorção dérmica de substâncias químicas, que tenha ocorrido durante a realização de atividade de trabalho ou em deslocamentos relacionados ao trabalho.
Fonte(s): Renast onlinehttp://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/site/materia/detalhe/29964