Comunicadores, advogados, cientistas sociais e da saúde, militantes populares, representantes de entidades e organizações sociais e apoiadores da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida se reuniram em 28 e 29 de setembro no Centro de Estudo Sindical Rural (CESIR) da Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) em Brasília, para melhorar a organização das tarefas, a articulação dos grupos de trabalho jurídico e da comunicação e definir estratégias de fortalecimento da luta contra os venenos usados pelo agronegócio nos diferentes estados e territórios de vida e dos povos da terra no Brasil.
Durante dois dias de estudo e partilha de informações e conhecimentos, os Grupos de Trabalho (GTs) Jurídico e Comunicação da Campanha definiram tarefas que visam fortalecer um movimento contra hegemônico para exigir ao Estado e Governo Brasileiro, o banimento dos agrotóxicos que atentam contra a saúde e a vida da população.
O agronegócio, além de incompetente e de sobreviver mediante os mitos divulgados através da mídia convencional, vem envenenando a terra, os alimentos, o médio ambiente, as águas e os seres humanos no Brasil. Sua invasão apocalíptica objetiva aumentar o lucro e poder dos grupos capitalistas nacionais e transnacionais. Banir os agrotóxicos, acabar com a pulverização aérea, questionar a isenção fiscal que favorece ao agronegócio, são só alguns dos temas que foram colocados no seminário em Brasília. Desmitificar as mentiras transformadas em verdades supostamente inquestionáveis faz parte do movimento Contra os Agrotóxicos, que vem crescendo no país e soma ainda arte, ciência e cultura numa luta social e política a favor da vida.
As possibilidades de fortalecimento de um Frente Parlamentar de Desenvolvimento da Agroecologia e Produção Orgânica e a ampliação do debate com a sociedade sobre agrotóxicos e saúde se apresentam como importantes desafios da Campanha. Foram definidas muitas tarefas; dentes elas avançar na organicidade dos comitês locais, fortalecer iniciativas sócias nas bases, levantar e consolidar a bandeira da agroecologia como proposta alternativa para a produção de alimentos, e o fortalecimento de uma grande rede de defesa da saúde do povo brasileiro.
Tarefas concretas foram definidas nos Grupos de Trabalho e com grande entusiasmo, compromisso e mística militante, os participantes fecharam o encontro, que faz parte de uma digna campanha nacional que iniciou a se erguer um ano e meio atrás em defesa da vida e contra a morte.
Fonte: Comissão Pastoral da Terra (CPT/MS) / Comitê MS Contra os Agrotóxicos