Todos os garimpos clandestinos identificados estão ativos dentro da Floresta Estadual do Paru, uma unidade de conservação, no município de Almeirim, no Pará - local cujo plano de manejo não permite qualquer tipo de exploração mineral. Na área de 4,7 milhões de hectares da Renca existem hoje nove áreas protegidas: sete unidades de conservação e duas terras indígenas.
“O que está em risco aqui é a nossa capacidade futura de produção de alimentos”, apontou Lacôrte. “A verdadeira soberania alimentar é cuidar dos nossos recursos naturais, dos quais dependemos para produzir, e não esgotá-los, como está fazendo a agricultura defendida pelo agronegócio”.
Em documento entregue à ONU, o grupo de organizações da sociedade civil relata às instâncias internacionais o sucateamento da Fundação Nacional do Índio (Funai); a ineficiência do Conselho Nacional de Políticas Indigenista (CNPI), adjetivado como paternalista, ao não cumprir com sua função de controle social das políticas voltadas aos povos indígenas; a paralisação nas demarcações das Terras Indígenas (TIs) e os alarmantes casos de suicídio entre os Guarani e Kaiowá, “devido à falta de perspectiva e políticas preventivas, por não haver seus territórios tradicionais”.
“A cada dia nossos direitos estão sendo diminuídos, cortados. Mas nós vamos continuar lutando e dizendo: ‘nós estamos aqui’", afirma. “Nós estamos na luta para a terra ser melhor. Nós vivemos hoje o legado do sangue dos nossos antepassados. Nossos mártires hoje, quilombolas, indígenas, que estão sendo assassinados porque estão lutando pelo direito à vida.”
Alternativa mais viável para produzir alimentos livres de agrotóxicos e transgênicos para todos dentro de uma perspectiva de proteção ao meio ambiente e criação de emprego e renda para pequenos agricultores, a ciência agroecológica é ignorada pelos meios de comunicação. O agronegócio, baseado na monocultura em grandes extensões de terra, com uso intensivo de insumos químicos e biotecnológicos, tem 95% do espaço nos meios de comunicação. Já a agroecologia fica com apenas 5%.
Em seu quarto evento consecutivo, Imoacir afirma que a cozinha das jornadas é bem mais que um simples local de alimentação, mas constitui-se em espaço de formação, confraternização e partilha entre a militância. “Esse é o coração da Jornada da Agroecologia, sem isso não tem outras atividades. Esse espaço é formativo. Aqui você lida com crianças, jovens, donas de casa, agricultores, expositores, dirigentes, convidados, imprensa. Toda a cultura da agroecologia é vivida neste momento”.
Monsanto não tem chances de superar a decisão da OMS que o Roundup é uma substância cancerígena, pois, infelizmente, os casos de contaminação falam por si próprios. O que agora a Monsanto tenta fazer é apresentar relatórios falsos que visem destruir a reputação dos cientistas honestos.
O Brasil é o segundo país que mais planta transgênicos no mundo e desde 2003 têm aprovado para cultivo e consumo soja, milho, algodão e, mais recentemente, um feijão transgênico, que ainda não está disponível para consumo. Atualmente, 94% da soja, 85% do milho e 73% do algodão cultivados no Brasil são transgênicos.
Entrevista imperdível com Sílvia Ribeiro. Agrotóxicos, transgênicos, multinacionais e soberania.
Bom debate amanhã, em Campo Grande-MS.
Pela manhã, vendedores de agrotóxicos tentando te convencer de que só um pouquinho de veneno não faz mal.
À tarde, quem realmente trabalho a serviço da saúde da população. Destaque para a participação da professora Neice Faria, que possui extenso trabalho sobre impactos dos agrotóxicos na saúde do trabalhador, especialmente estudando ocorrências de suícidio nas áreas de plantação de fumo, no RS.
A agroecologia trabalha com a esperança. "Não trabalha só com a denúncia, embora a gente denuncie a perda de direitos, a invasão de territórios de povos tradicionais, os projetos de mineração que estão em andamento. Mas a gente também anuncia a esperança. E nossos anúncios não são feitos apenas a partir dos nossos sonhos, e sim a partir das nossas experiências de mais de 30 anos".
Luis Cláudio Meirelles, pesquisador da Fiocruz e Secretário Executivo do Fórum de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos comenta decisão da Anvisa de banir o Paraquate daqui a 3 anos.
Anvisa a serviço dos interesses econômicos.
A saúde?
Só daqui a três anos...
“Uma das possibilidades é que o uso de agrotóxicos aumenta a quantidade de sintomas de doenças. O fato de o sujeito usar agrotóxico torna a saúde dele mais precária. A saúde mais precária, somada às condições de vida no campo, torna a percepção desses indivíduos sobre si mesmos pior”, explica Madeira.
A prova mais concreta e cristalina de que, para a Anivsa, os interesses econômicos estão acima da saúde da população foi dada ontem. Depois de 10 anos de reavaliação, a Anvisa finalmente concluiu que o Paraquat deve ser banido, a…