#ChegaDeAgrotóxicos também no Ceará!
Melgarejo observa ainda que uma das principais falhas no processo de produção e soltura dos insetos está na liberação de fêmeas. A separação, conforme explica, é feita por meio do escorrimento, com água, entre chapas de vidro com estreitamento gradativo, que reteriam as pupas (estágio entre larvas e inseto adulto) fêmeas. No entanto, esse processo de separação por tamanho não tem funcionado.
"A indústria está retendo pupas grandes, fora do padrão, e deixando passar pupas pequenas, entre elas de fêmeas. Ao deixá-las passar, durante a soltura dos transgênicos, o fabricante está ampliando o número de transmissores de doenças, já que são as fêmeas que picam. A redução da população nas próximas gerações de mosquitos é esperada. Porém, até lá, talvez as fêmeas liberadas ampliem o número de pessoas infectadas com a dengue", aponta.
O caso de Zé Maria do Tomé é o assunto da terceira reportagem da série envenenados, produzida pela Radio Brasil Atual.
O líder comunitário foi assassinado em 2010 após denunciar a pulverização aérea e a contaminação da água em Limoeiro do Norte.
Confira a segunda reportagem da série Envenenados, que aborda o problema dos agrotóxicos no Xingú, e o caso das mortes por intoxicação de quatro crianças na região.
A Radio Brasil Atual produziu uma série de reportagens - Envenenados - que retrata a tragédia dos agrotóxicos no Brasil.
Cerca de um terço dos solos do mundo estão contaminados, devido principalmente a práticas insustentáveis de gestão. Além disso bilhões de toneladas de terra se perdem a cada ano na agricultura e uma das causas principais é a poluição por agrotóxicos e pelo manejo ineficiente do solo. Em alguns países cerca de um quito de todas as terras cultiváveis estão comprometidas com contaminações diversas.
“Hoje existem outros atores e fatores que contribuem para perpetuação desse modelo perverso, mas a política de créditos é protagonista dessa situação e contribui muito para que a renda e a terra continue concentrada nas mãos de poucos”. explica Marina Lacôrte, da campanha de Agricultura e Alimentação do Greenpeace Brasil.
A Radio Brasil Atual produziu uma série de reportagens - Envenenados - que retrata a tragédia dos agrotóxicos no Brasil.
Confirma a primeira reportagem da série, que aborda a cidade de Lucas do Rio Verde.
A soja invade as Terras Indígenas. Essa é a síntese do que acontece no Mato Grosso, um estado do tamanho da Venezuela, conforme os dados apresentados pelos proprietários de terra no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Entre 31 municípios com mais de 35 mil hectares sobrepostos com TIs, quase todos são produtores de soja. O grão disputa espaço com o território de etnias em regiões como o Parque do Xingu.
Ao analisar cinco pesque-pague, todos perto do cultivo de cana-de-açúcar, os resultados da pesquisa de Maria Amália, mostraram agrotóxicos nas águas dos tanques dos pesqueiros e também nas águas que abastecem esses.
"Após esse novo estudo, continuar afirmando que o uso de neonicotinoides na agricultura não prejudica as abelhas já não é mais uma posição sustentável", opinou, à agência de notícias Reuters, o biólogo David Goulson, da Universidade de Sussex, no Reino Unido.
Engenheiro José Prata, do Comitê SP da Campanha contra Agrotóxicos, explica que 80% do agrotóxico usado no Brasil vai para commodities de exportação, como soja, algodão, milho e nos canaviais. Bancada ruralista quer flexibilizar ainda mais o uso destes venenos, que prejudicam a saúde do trabalhor no campo e do consumidor, provocando várias doenças, inclusive o câncer.
Por Márcia Lia é deputada estadual pelo PT de São Paulo.
"A possibilidade de flexibilizar ainda mais o uso de agrotóxicos é uma decisão política que tem por base a extinção de todos os programas de distribuição de terra outrora bem-sucedidos. O plano é devolver para a elite do Brasil tudo que ela precisou compartilhar com os menos favorecidos: das cadeiras nas universidades as terras griladas, roubadas. O intento do governo Temer e seus aliados é criar um órgão que estará nas mãos das indústrias para regular o assunto – o que seria impensável em qualquer democracia! Querem reduzir nossa possibilidade de fiscalizar os impactos negativos que agrotóxicos geram a saúde tirando ou aparelhando a Anvisa e o Ibama na jogada. E é estrutural entender porque nós somos tão preocupados com esses químicos."
“Não é raro vermos crianças de colo no meio das plantações acompanhando os pais. O impacto que isso tem na saúde é, muitas vezes, complicado de mensurar porque são vários os fatores que entram na relação exposição e dano”, disse. “Altas concentrações de produto tóxico por um período curto têm um efeito imediato, mas baixas concentrações por um longo tempo têm um efeito tardio de difícil avaliação”, explicou Tânia Maria Alves, da Fiocruz Minas.
De acordo com a pesquisadora, há muitos desafios no enfrentamento dessa questão. Segundo ela, é preciso melhorar o conhecimento, bem como a rede de apoio ao diagnóstico e ainda promover a educação para a saúde. “Todos sabem dos malefícios causados pelos agrotóxicos; isso já está provado. Precisamos, agora, travar uma luta política”, destacou.
Nortox voltará a operar no MT, mesmo sem EIA/RIMA.
Em primeira instância, a juíza Milene Beltramini havia acatado pedido do Ministério Público e determinado a suspensão das atividades e das licenças ambientais até a realização do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório de Impacto Ambiental (Rima), estabelecendo para isso prazo de 60 dias.
Viva o prejuízo de quem lucra com a morte!
Estagnação do estoque de agrotóxicos no mercado brasileiro força multinacional a reajustar previsões para 2017. Taxas de câmbio desfavoráveis também deixam marcas no balanço do grupo farmacêutico e químico alemão.Um fraco e inesperado desempenho no mercado brasileiro de agrotóxicos reduzirá os lucros da Bayer neste ano, comunicou a multinacional alemã nesta sexta-feira (30/06). Para 2017, a empresa farmacêutica e química espera uma perda de 300 milhões a 400 milhões de euros.