Amigas e amigos,
Em meio ao terremoto político que atinge o Brasil, volta à pauta de votações do Senado um projeto de lei que há tempos nos assombra: o fim da rotulagem dos transgênicos.
Sementes transgênicas são Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) em que a planta recebe código genético de outra espécie para conferir a ela alguma característica especial. O grande problema é que no Brasil existem apenas dois tipos de modificações genéticas nas plantas produzidas comercialmente:
* Resistência a herbicidas: as plantas são modificadas para poderem receber mais agrotóxicos sem morrer. É assim que funcionam os monocultivos da soja: planta-se uma área gigantesca com a mesma semente transgênica, que depois é banhada por várias pulverizações de agrotóxicos herbicidas. A soja geneticamente modificada sobrevive, mas todo o resto morre: plantas, solo, além da contaminação da água e do subsolo.
* Produção de enzimas inseticidas: as plantas produzem elas mesmas os agrotóxicos inseticidas voltados para determinados tipos de inseto. Assim, morrem alguns insetos, enquanto outros se proliferam com mais facilidade sem a presença dos predadores, necessitando assim de mais agrotóxicos.
Ou seja: mais transgênicos = mais agrotóxicos.
Mesmo que todos as sementes transgênicas utilizadas no Brasil tenham sido aprovadas pela CTNBio, temos visto nos últimos dias que o poder de influência do agronegócio na política não possui limites éticos. A CTNBio nunca reprovou um pedido de liberação de transgênicos. Recentemente, o Ministério do Desenvolvimento Agrário publicou o livro "Lavouras Transgênicas - Riscos e incertezas" [1], que compila mais de 750 estudos desprezados pelos órgãos reguladores e que revelam riscos dos transgênicos à saúde e ao meio ambiente.
É nosso direito saber os que estamos comendo. Opine sobre esta matéria no site do Senado [2], e envie uma mensagem aos senadores [3] mostrando sua indignação.
A sessão acontece hoje, às 14h, e a aprovação do PLC34/2015 é o primeiro ponto da pauta [4]. O link para participar virtualmente da sessão será exibido na página da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária [5].
[1] http://www.mda.gov.br/sitemda/sites/sitemda/files/ceazinepdf/LAVOURAS_TRANSGENICAS_RISCOS_E_INCERTEZAS_MAIS_DE_750_ESTUDOS_DESPREZADOS_PELOS_ORGAOS_REGULADORES_DE_OGMS.pdf
[2] http://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/120996
[3] http://www.idec.org.br/mobilize-se/campanhas/fim-da-rotulagem-dos-alimentos-transgenicos-diga-no
[4] http://legis.senado.leg.br/comissoes/reuniao?2&reuniao=6139&codcol=1307
[5] http://legis.senado.leg.br/comissoes/comissao?3&codcol=1307
A legislação atual obriga a presença do símbolo independentemente da quantidade de transgênicos nos alimentos. Aprovado na Câmara, o PLC foi rejeitado na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) em outubro de 2015. Além da CRA, dominada por representantes do agronegócio com interesse na aprovação, terá ainda de passar nas comissões de Assuntos Sociais (CAS) e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA).
Amanhã estaremos nas ruas, pra derrubar de vez a República Ruralista!
#ForaTemer
#DiretasJá
O artigo de Tarcisio Miguel Teixeira, recém-publicado na Revista de Direito Sanitário, analisa a questão da atual da presença de agrotóxicos nos alimentos, a falta de informação a respeito dos produtos aplicados para sua produção, além de estabelecer a relação diretamente proporcional entre saúde e alimentação saudável, ressaltando o direito essencial da informação a respeito da qualidade do que estamos servindo à mesa.
⚠ Fim da Rotulagem dos Transgênicos ⚠
Será votado amanhã o projeto de lei que retira o T e vai inviabilizar a rotulagem dos transgênicos.
Diga não! Acesse a página da campanha para mandar e-mail para os senadores da comissão e dizer que você não concorda com isso.
Ótima máteria produzida pela repórter Cida Oliveira, da Rede Brasil Atual.
"Estudos que a indústria e muitas agências governamentais tentam ignorar ou até desqualificar apontam que o advento do glifosato está associado ao crescente registro de doenças pouco comuns até o produto passar a ser largamente utilizado. São diversos tipos de câncer, alterações neurológicas, endocrinológicas, digestivas e intestinais direta ou indiretamente associadas a distúrbios degenerativos e do desenvolvimento, como no Mal de Parkinson e no autismo, e malformações congênitas, como a microcefalia e anencefalia, entre outras igualmente graves, incapacitantes e mortais."
Monsanto, sendo Monsanto. E agora, Bayer.

do Sustainable Pulse – tradução: Lila Almendra George Levinskas, antigo gerente da Monsanto, o mesmo que ajudou a esconder o potencial carcinogênico do DDT na década de 1970, parece ter também influenciado a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA)…
Enquanto a lama segue escorrendo de Brasília, aviões pulverizadores de agrotóxicos são usados como arma química no Espírito Santo.
"Há poucos dias, o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) denunciou a este Século Diário um sobrevoo feito na comunidade de Vinhático, em Montanha, noroeste do Estado, com sérios indícios de descumprir a legislação, sendo flagrada a realização de manobras em cima da escola local e do sítio de um agricultor ligado ao Movimento."

Convocamos a todas e todos apoiadores da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida a estaremos presentes nos atos que acontecem hoje e domingo em todo o Brasil.
Não podemos permitir um novo golpe através de eleições indiretas.
#ForaTemer!
#DiretasJá!
l MINUTO A MINUTO l Acompanhe a crise envolvendo denúncias contra Temer: http://migre.me/wDuxY
Evento importantíssimo, mostra o comprometimento da instituição de saúde pública mais importante do país sobre câncer em relação ao debate dos agrotóxicos.
Neste evento, o INCA também demonstra sua percepção da agroecoloia enquanto ferramenta de promoção da saúde.

Em Araraquara, nesta sexta-feira, audiência pública debaterá a pulverização aérea de agrotóxicos e seus efeitos no meio-ambiente e na saúde. Participe!
“o terreno estava completamente exaurido, pois o adubo químico matava quase toda a vida do solo”.

O site do MAM está NO AR!
Nesta segunda-feira (15), apresentamos a página institucional do MAM - Movimento pela Soberania Popular na Mineração que surge da compreensão política do movimento de que é necessário criar instrumentos de comunicação voltados para o conjunto da sociedade, com o objetivo de dialogar, refletir e apresentar as contradições da questão mineral no Brasil.
ACESSE >>> www.mamnacional.org.br
O site do MAM será um espaço de informação e contrainformação, um espaço destinado a reverberar as lutas "por um país soberano e sério, contra o saque dos nossos minérios!"
Este lançamento vem acompanhado da chamada sobre as Assembleias Populares da Mineração: um debate urgente e necessário, que serão realizadas entre os meses de maio a novembro deste ano, em 100 municípios de 11 estados do país, com atividade mineral ou afetados pelo escoamento da extração para a exportação.
"Por um país soberano e sério, contra o saque dos nossos minérios!"