Para movimento social, União Europeia deve cancelar a licença do neonicotinóides
Vendas de agrotóxicos nocivos às abelhas seguem altas, mesmo após medidas restritivas
Nota da Campanha: Enquanto os movimentos alemães reclamam pela venda de 207 toneladas de neonicotinóides em 2014, no Brasil foram comercializadas 7940 toneladas de apenas um dos ingredientes deste grupo, o Imidacloprido e mais 345 toneladas do acetamiprido. Para os outros, não foram divulgados os valores de venda pelo Ibama.
A Coalizão Contra os Perigos da Bayer (CBG) exige o completo banimento dos agrotóxicos neonicotinóides. O banimento parcial imposto pela União Europeia em dezembro de 2013 não levou à redução das vendas, e portanto se mostra inadequado para a proteção das abelhas e outros insetos. Ao final deste ano, a UE deve decidir sobre a extensão ou maior restrição do banimento.
O membro do conselho da CBG, Jan Pehrke diz: “Já passou da hora da Clotianidina, Imidacloprido e Tiametoxam (ingredientes ativos do grupo dos neonicotinóides) serem retirados completamente do mercado. E a exportação destas substâncias deve ser igualmente interrompida. Além disso, as substâncias tóxicas não devem ser substituídas por outras novas e igualmente perigosas, como o Sulfoxaflor ou Flupiradifurone.”
Na primavera de 2008, o uso da Clotianidina causou a morte em massa de abelhas no sul da Alemanha. Isso impulsionou o governo alemão a banir o uso da Clotianidina e do Imidacloprido no cultivo de milhos e outros grãos. Desde dezembro de 2013, Clotianidina, Imidacloprido (ambos da Bayer) e o Tiametoxam (Syngenta) não podem mais ser usados nas plantações de milho, girassol e canola na União Europeia. No entanto, eles continuam a ser permitidos para pulverização da batata e da beterraba-sacarina, utilizada para produção de açúcar na Europa.