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Belém sedia maior evento de agroecologia do Brasil

Belém e a Amazônia recebem pela primeira vez o Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA) que reunirá mais de 3 mil pessoas, no Hangar Centro de Convenções da Amazônia, de 28 de setembro a 01 de outubro. Em sua 9ª edição, o evento congrega em um só lugar produtores, artesãos, discussões acadêmicas, movimentos sociais, ativistas, feiras, visitas técnicas e eventos culturais, apresentando à cidade não apenas uma atividade produtiva e o consumo de produtos mais saudáveis, mas todo um modo de vida que consagra em harmonia, o trabalho, a produção, as pessoas e o meio ambiente.
 
As inscrições continuam abertas no site do congresso (www.cbagroecologia.org.br) e também poderão ser feitas no local do evento, na manhã da abertura, no dia 28/09. Mas a população da capital que não participará dos debates e mesas, também está convidada a aproveitar alguns presentes do evento à Belém, como a Feira de Saberes e Sabores, um espaço com 150 expositores, que trarão uma mostra da diversidade da produção agroecológica da Amazônia, com comidinhas saudáveis, frutas, verduras, mel e derivados, produtos semi-industrializados, biojóias e muito artesanato. Uma vasta programação cultural diária, sempre no intervalo do almoço e ao final do dia, será outra grande atração gratuita para quem quiser visitar a feira e o congresso no Hangar.
 
IX CBA

O congresso traz como tema "Diversidade e Soberania na Construção do Bem Viver", assunto que tem tudo a ver com a Amazônia, que pela primeira sedia o evento. A região concentra uma diversidade ecológica, histórica, cultural, social, econômica e política, que sintetiza a essência da caminhada agroecológica, conforme avaliou Irene Cardoso, presidente da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), promotora do CBA.
 
Serão duas grandes conferências, 12 mesas-redondas, 10 rodas de conversas, nove seminários e 22 oficinas, além de debates das apresentações orais ou escritas dos 165 relatos de experiências e outros 1200 posteres de trabalhos acadêmicos, divididos em 42 diferentes espaços no interior do Hangar. Esses, entre as novidades do CBA que promove a aproximação e a troca de saberes entre a academia, o chamado saber científico, e a vivência das populações tradicionais, o saber tradicional, que ganham esse espaço, lado a lado, para a construção conjunta e aprofundamento da agroecologia na Amazônia e no Brasil.

Califórnia: primeiro estado dos EUA a etiquetar herbicida Roundup como cancerígeno

por Lorraine Chow, do EcoWatch

A primeira do país, a Agência de Proteção Ambiental da Califórnia (Cal/EPA, por sua sigla em inglês) informou que pensa em reclassificar o glifosato – ingrediente tóxico ativo do herbicida Roundup, da Monsanto – por saber que provoca câncer.

Segundo uma "notícia de intenção”, publicada recentemente pelo Escritório de Avaliação de Risco Sanitário Ambiental (OEHHA, por sua sigla em inglês), pertencente à Cal/EPA, a ação entra no âmbito da Proposta 65, da Califórnia, que obriga o Estado a publicar uma lista de produtos químicos conhecidos por serem causa de câncer, defeitos pré-natais e outros danos reprodutivos.

A mesma lei, também conhecida como Lei de Responsabilidade pela Água Potável Segura e os Tóxicos, de 1968, exige também que certas substâncias identificadas pela Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (IARC, por sua sigla em inglês), dependente da Organização Mundial da Saúde (OMS), sejam incorporadas à lista de cancerígenos.

Governo e sociedade civil se reúnem no seminário Dialoga Brasil Agroecológico

Evento discutiu o Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara) e contou com o lançamento do Dossiê Abrasco sobre Agrotóxicos. Ministro Patrus Ananias recebeu uma cópia

Por Comunicação Abrasco

Representada por membros dos grupos temáticos Saúde e Ambiente (GTSA) e Alimentação e Nutrição em Saúde Coletiva (GT ANSC), a Associação Brasileira de Saúde Coletiva participou do Seminário Dialoga Brasil Agroecológico, realizado entre 16 e 18 de setembro, em Brasília. O evento, organizado pela Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (CNAPO), teve o objetivo de promover a troca de opiniões e de ideias entre o governo federal e a sociedade civil, gerando contribuições para a elaboração do 2º Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (2º Planapo), período 2016-2019, a partir da proposta da Câmara Interministerial de Agroecologia e Produção Orgânica (CIAPO).

Um dos pontos importantes do 2º Planapo é o Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara), razão pela qual a Abrasco foi convidada a fazer o lançamento do Dossiê Abrasco: Um Alerta dos Impactos dos Agrotóxicos na Saúde ao final da cerimônia de abertura do evento, no Palácio do Planalto, na noite do dia 16.

O evento contou com a participação dos ministros Miguel Rossetto (Secretaria Geral da Presidência da República) e Patrus Ananias (Ministério do Desenvolvimento Agrário), além representantes da sociedade civil, como Generosa de Oliveira Silva, representante da Marcha das Margaridas; Maria Emília Pacheco, presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea), e Paulo Petersen, pela CNAPO, AS-PTA – Agricultura Familiar e Agroecologia e Associação Brasileira de Agroecologia (ABA).

Há bastante tempo sabemos que um dos maiores …

Há bastante tempo sabemos que um dos maiores incômodos do agronegócio é o processo de registro de agrotóxicos. Por muito tempo, trabalhadores da Anvisa cumpriram seu papel de defender a saúde da população e analisaram os pedidos de novos registros de venenos com o cuidado devido. Agora, Kátia Abreu torna pública a nova estratégia dos ruralistas: finalmente, se auto-regular.

Na Argentina, oito em cada dez, com venenos

Estudo da Universidade de La Plata encontrou agrotóxicos em verduras e cítricos. Em análise de 60 amostras de frutas e verduras foram encontrados agrotóxicos em 83% dos cítricos e cenouras, e em 78% dos pimentões, e em 70% das verduras de folhas. Os venenos detectados foram inseticidas e fungicidas.

Por Darío Aranda – Tradução: Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida

Oito em cada dez verduras e frutas têm agrotóxicos. É o que afirma uma pesquisa realizada pela Universidade Nacional de La Plata (UNLP), na qual foram analisadas verduras de folha verde, cítricos e hortaliças. Em 76,6% das amostras havia ao menos um tipo de agrotóxico, e em 27,2% havia entre 3 e cinco tipos da substância. “A variedade de agrotóxicos é muito grande. E o coquetel de químicos é muito forte”, assegurou Damián Marino, coordenador do trabalho. Entre os produtos mais encontrados está o inseticidas endolsulfan, proibido na Argentina desde 2013.

Agrotóxicos. Os condimentos não declarados” é o nome do estudo realizado por cientistas do Espaço Multidisciplinar de Interação Sócio Ambiental (Emisa), da UNLP. O trabalho, realizado entre novembro de 2014 e abril de 2015, analisou 60 amostras de frutas e verduras. Separadas por categoria, 83% dos cítricos (laranjas e tangerinas) e de cenouras tinhas agrotóxicos. Também tiveram resultado positivo 78% dos pimentões e 70% das verduras de folha verde (alface e acelga).