As conexões entre os campos da Saúde Coletiva e Agroecologia tem despertado o interesse de cada vez mais sanitaristas e agroecólogos no Brasil com temas interdisciplinares e interdependentes. O Grupo Temático Saúde e Ambiente (GTSA/Abrasco) preparou um levantamento de atividades da programação do 12º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva – Abrascão 2018 – incluindo as atividades que serão realizadas na Uerj, durante o pré-congresso, que abordarão sobre as relações entre Saúde e Agroecologia ou podem contribuir nesse sentido. Para o GTSA/Abrasco, a agroecologia é a única maneira de conseguir que a produção agrícola seja compatível com o meio ambiente e com a Saúde Coletiva enquanto ferramenta de compreensão do processo de adoecimento no contexto da sociedade brasileira.
A concentração de insumos agrícolas e sementes transgênicas nas mãos de poucas empresas impulsiona também a dependência de fertilizantes químicos e pesticidas, que são produzidos pelas mesmas empresas. São produtos capazes de contaminar todas as formas de vida.
"Em Mato Grosso, foi feita uma pesquisa onde a água, a terra, o ar, os alimentos, tudo, até o leite materno de mulheres amamentando, estão envenenados por esses agrotóxicos", enfatiza Regina Reinart, encarregada de projetos da Misereor na América Latina. A organização da Igreja Católica da Alemanha de combate à miséria atua em diversos países de América, África e Ásia.
Entre as sociedades médicas que manifestam preocupação com o teor da proposta, está a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem). Na semana passada, Fábio Trujilho, presidente da Sbem, e Elaine Frade, presidente da Comissão de Desreguladores Endócrinos da instituição, divulgaram nota sobre o projeto, tachado de “grande irresponsabilidade e descompromisso com a saúde da população”
Uma intoxicação por agrotóxicos levou Amilton Voges, 52 anos, a precisar de transfusões de sangue, na década de 1990. O agricultor, que trabalhava com pesticidas há mais de uma década, decidiu mudar o modelo de cultivo. Hoje, ele ensina as técnicas de plantação orgânica e criou uma nova opção de vida para a comunidade da Serra do Tabuleiro, em Santo Amaro da Imperatriz. Para ele, os agrotóxicos são sinônimo de mal-estar.
Mais uma entidade científica se manifesta contra o Pacote do Veneno: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.
A literatura médica apresenta mais de 600 estudos demonstrando o potencial dos agrotóxicos de interferir nos sistemas endócrinos, especialmente no desenvolvimento dos sistema reprodutivo masculino na exposição intra-útero. Vale ressaltar aqui que as principais janelas de vulnerabilidade á exposição dos desreguladores endócrinos são a fase fetal, a infância e a adolescência e que as possíveis alterações epigenéticas causadas pela exposição aos agrotóxicos podem ser transmitidas para as futuras gerações.
Para entender o aparecimento de doenças até então desconhecidas na pequena comunidade de Tomé, região da Chapada do Apodi, Ceará, os moradores pediram ajuda da ciência. A desconfiança aumentou depois do nascimento de bebês com malformação e de sinais da puberdade em crianças de um ano de idade.
Logo de início, a matéria afirma que “é verdade” que agrotóxico é a mesma coisa que defensivo agrícola e pesticida. A FSP é um veículo de imprensa, e não é capaz de considerar o fato de que a diferença entre os termos é justamente um artifício de comunicação. Pesticida não mata apenas a peste, como afirma o texto; mata toda a vida no solo, pássaros, e mata pessoas também. Defensivos tampouco defendem a planta: tornam-a cada vez mais doente, e mais dependente dos agrotóxicos. Os termos não são, obviamente, a mesma coisa.
Dos 24 laudos emitidos até agora, só um apresentou resíduos de agrotóxicos. São três substâncias em uma mesma amostra - duas estão dentro dos limites estabelecidos por lei, e uma não faz parte das análises obrigatórias, por isso não tem limite máximo permitido.
A transição é possível e necessária!
Em média, por ano, de 2012 a 2014, o Espírito Santo utilizou 6,7 mil toneladas de agrotóxicos. Sendo que, a cada hectare de plantio, foram usados 2,66 quilos.
Segundo o presidente da Cooperativa da Agricultura Familiar (CAF) de Cachoeiro de Itapemirim, Marcos Souza, essa realidade está mudando. Dos 143 cooperados, oito já são produtores orgânicos certificados e 30 estão mudando seu plantio para o sistema agroecológico. “Queremos uma produção cada vez mais limpa e sem agrotóxicos”, disse.
por Alan Tygel Em tempos de fake news, começa a surgir um novo tipo de abordagem: as “fake trues“, ou falsas verdades. Desta vez foi a Folha de São Paulo que se achou no direito de “dizer a verdade” na…
Em uma audiência na comissão, segundo a Agência Câmara Notícias, o defensor público Marcelo Novaes, representante do Fórum Paulista de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos, apresentou que, em 2015, somente o estado de São Paulo deixou de arrecadar R$ 1,2 bilhão em ICMS, principal tributo estadual.
O produtor cultural Ivan Consenza, filho do cartunista Henfil, mantém um blog onde publica cartas para o pai, morto em 1988, contando sobre temas da atualidade. No texto mais recente de "As Cartas do Pai", Ivan comenta a recente liberação do uso de mais agrotóxicos na agricultura.
|| O que muda com a aprovação do Pacote do Veneno? ||
Os órgãos de saúde não terão mais autonomia para publicar dados e análises dos agrotóxicos em alimentos
Acompanhe o que muda com a aprovação do PL 6299/02.
#ChegadeAgrotóxicos
O clordecona é um inseticida muito usado na fruticultura com um efeito terrível nas populações contaminadas. O professor lembra do caso da Martinica e Guadalupe, “dois territórios onde os cânceres batem recordes, desregulou o sistema hormonal de praticamente toda a população, além disso há fetos com malformação e até a possibilidade de mudança genética”.
|| O que muda com a aprovação do Pacote do Veneno? ||
Define o Ministério da Agricultura como o ÚNICO agente do Estado responsável pelo registro de agrotóxicos no país, tirando o poder da Anvisa e do Ibama.
Acompanhe o que muda com a aprovação do PL 6299/02.
#ChegadeAgrotóxicos