"Esta comissão tem o desafio de repensar esse modelo do ponto de vista da política de financiamento, para onde você vai investir e valorizar a perspectiva da agroecologia", explica o deputado federal Nilto Tatto (PT-SP), integrante do grupo de trabalho da Comissão Especial, que continua, reafirmando que a discussão vai além dos setores diretamente ligados à temática: "nós precisamos fazer com que a produção de orgânicos ou a perspectiva da agroecologia não seja tratada do ponto de vista da política como um nicho", conclui o parlamentar.
Infelizmente, a maioria dos vereadores de Araraquara (SP) foi contra a vida, contra a população e contra a agricultura familiar.
Rejeitaram a proibição da pulverização área, achando que estavam salvando empregos. Em 10 anos, cidades intensivas do agronegócio serão grandes desertos químicos, tamanha a quantidade de veneno na água e no solo.
Aí eles vão perceber que dinheiro não se come.
Os vereadores da Câmara Municipal votam na noite desta terça-feira (12) um projeto polêmico de autoria do vereador Édio Lopes (PT). Entre outras coisas o texto prevê a proibição da pulverização aérea de agrotóxicos em Araraquara.
Vamos torcer para ser aprovado.
Pulverização aérea é guerra química!
Um passo muito importante foi dado em maio deste ano: depois de intensa pressão popular, a Câmara dos Deputados finalmente instalou a Comissão Especial para discussão da Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (PNaRA) - uma porta que se abre e que nos dá a chance de realmente discutir o futuro da nossa agricultura e do nosso alimento.
Logo mais, às 14:30, assista à primeira audiência da PNaRA. É só buscar por "Redução de Agrotóxicos", e às 14:30 terá o link para assistir.
Estarão na mesa desse debate representantes das seguintes instituições: Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, Greenpeace, Ministério Público do Trabalho, Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (CNAPO) e Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável.
Esmiuçando a bancada ruralista...
A agenda na casa 19, do conjunto 8, na QL 10, do Setor de Habitações Individuais Sul, em Brasília, está cheia de segunda a sexta. A mansão, de arquitetura colonial, em tom amarronzado, fica às margens do lago Paranoá. Por lá, passam o presidente Michel Temer, em eventos importantes, os ministros da cúpula do governo, e políticos de quase todas as estirpes se misturam a empresários nacionais e estrangeiros, representados ou acompanhados por lobistas que surfam na onda do agronegócio.
Nesta quinta-feira (7), o grupo alemão Bayer deve concluir a aquisição da Monsanto –multinacional com sede nos Estados Unidos que, após negociação de US$ 63 bilhões, vai deixar de existir.
O texto, que ganhou dos ambientalistas o apelido de “PL do Veneno”, sofre grande resistência de parlamentares e da própria Anvisa, mas tem o apoio da chamada “bancada ruralista” no Congresso. A matéria principal tramita conjuntamente a outras 28 proposições de conteúdo semelhante. Uma delas tem entre os autores o ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), senador licenciado e um dos homens mais ricos do Congresso.
Absurdo, mas infelizmente a verdade. Pulverização aérea inviabiliza a produção agroecológica e a vida de quem mora ao lado.
#ChegadeAgrotóxicos!
Lídia Maria Bandacheski do Prado, de 42 anos, carrega em suas feições a tristeza causada por anos de forte exposição aos agrotóxicos. A fraqueza é evidente. O olhar é cabisbaixo. Em sua voz, é possível perceber o peso dos impactos de uma série de doenças que a acometeu ao longo dos anos.
Na ação, a Promotoria de Justiça relata que, em março deste ano, a Coordenação Regional da Bacia Hidrográfica do Alto Ivaí da Rede Ambiental, projeto estratégico do MPPR, expediu recomendação administrativa à Adapar e ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) do Paraná para que “fosse expedida orientação técnica determinando a todos os profissionais responsáveis pela emissão de receituários agronômicos (o que inclui agrotóxicos) a necessidade de assistência técnica precedida de diagnóstico e visitas às propriedades rurais, delimitando o número de receituários e propriedades que podem ser diariamente atendidas por um mesmo profissional”.
"Segundo Rasca, a campanha de vídeos tem o objetivo de levar informações, com base em pesquisas científicas recentes"
“Não é tão simples assim diminuir os impactos na saúde; a higienização de frutas e verduras, por exemplo, reduz, mas não elimina a contaminação”, alerta a coordenadora de vigilância em saúde de populações expostas a agrotóxicos na Agevisa, Rosiane Maciel Batista.
"Muito mais que um delito com consequências fiscais e econômicas, diz respeito à preservação do meio ambiente que é, sobretudo, uma questão de saúde pública. Evidências científicas demonstram que a exposição aos agrotóxicos por ingestão de alimentos pode provocar doenças como câncer, malformação congênita, distúrbios endócrinos, neurológicos e mentais", diz trecho da nota divulgada pela PF.
? Em 2017, cerca de 71 pessoas foram assassinadas em conflitos no campo. Dez a mais do que em 2016 e o maior registrado desde 2003, quando se computaram 73 vítimas. Números assustadores e crescentes do cenário de violência vivido por povos do campo em luta por direito a terra no país. ?
Aumenta de modo assustador os números do campo relacionados à violência. Tentativas de assassinatos subiram 63% e ameaças de morte 13% em relação ao ano anterior. O número total de conflitos em 2017 foi de 1.431, menor que em 2016, quando ocorreram 1.536. Em 2017, o número corresponde a um assassinato a cada 20 conflitos, enquanto em 2016, correspondia um assassinato a cada 25 conflitos. O índice do ano passado é maior do que em 2003, quando os 73 assassinatos ocorreram num total de 1.639 conflitos.
Confira ?? http://bit.ly/2xLhcUf
O produtor de abelhas, Alexandre Godinho, trabalha com o manejo há 15 anos na região com abelhas sem ferrão, as melíponas. Ele afirma que a chegada dos agrotóxicos diminui a produção e aumenta a mortandade das abelhas. “As abelhas se alimentam do néctar e pólen e acabam contaminando a colmeia, e com o tempo elas morrem”, explicou.