Sobre o Cerrado. É longa, mas vale cada linha.
"Pequenos agricultores lutam na justiça contra a indústria agropecuária Alguns moram em casas de barro. Outros não sabem ler.
Eles apenas querem garantir sua sobrevivência. E se conseguirem, evitarão o desastre"
A atrazina é legalmente permitida no Brasil. Seus níveis residuais na água estavam bem abaixo do limite legal, mas estudos recentes em animais mostram que, mesmo em baixas doses durante longos períodos, a atrazina pode ser um disruptor endócrino, interferindo nas funções reprodutiva, neural e de imunidade.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) desenvolveu o projeto Água Livre de Agrotóxicos: questão de saúde pública. O objetivo é articular diversos setores do Ministério Público com a sociedade civil organizada, universidades, centros de pesquisas e governos para fortalecer ações que promovam o direito do trabalhador e do consumidor à água potável sem agrotóxicos. Ou, na pior das hipóteses, dentro dos limites estabelecidos por autoridades de saúde.
O fim da obrigatoriedade dos rótulos com informações sobre a presença de transgênicos em produtos alimentícios foi rejeitado nesta quarta-feira (21) pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS). O projeto (PLC 34/2015) recebeu relatório contrário, da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), acolhido pela CAS.
Hoje chegou ao fim o último processo das 3 fusões/aquisições entre as empresas de agrotóxicos e transgênicos.
A partir de agora, temos oficialmente 3 empresas super poderosas, controlando quase 70% do mercado. Com isso, elas podem exercer mais pressão sobre os estados nacionais, o que vai acarretar em menos regulação para os países sem capacidade de se posionar frente às gigantes.
No entanto, aumenta também a contradição no seio do agronegócio. Para os fazendeiros, "produtores", as fusões são um péssimo negócio. Com menos concorrência, o preços dos insumos tende a subir, e a pesquisa de novos produtos tende a diminuir.
Talvez os "produtores rurais" comecem a perceber que, para o agronegócio, eles são a parte mais dispensável do processo. São uma simples peça abundante e facilmente substituível na engrenagem mundial da qual não fazem parte.
Mais uma vez, o capitalismo se comprova matematicamente como uma farsa.
A pesquisa da Abrasco revelou que isso pode causar diversas doenças, como problemas motores, infertilidade, problemas com hormônios, endometriose, câncer e até mesmo aborto. Segundo as mulheres, há vários levantamentos sendo realizados na universidade com relação ao estado, ainda no que tange a contaminação do leite materno, da água e do solo.
PL que retira o símbolo de transgênicos do rótulo reprovado hoje na CAS!
Estamos de olho!
A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida é uma articulação nacional que reúne organizações de diversos campos, com objetivo de denunciar os efeitos dos agrotóxicos no Brasil, e anunciar a agroecologia como projeto alternativo e necessário para produção de alimentos e vida no campo.
O uso de agrotóxicos pelo agronegócio afeta a saúde das pessoas diretamente expostas, mas a contaminação ambiental leva os venenos à toda a sociedade, sobretudo através da água.
Denunciamos o agronegócio pelo uso da pulverização aérea de agrotóxicos como arma química, contaminando propositalmente a água de comunidades indígenas e sem terra, com objetivo de expulsar os camponeses de suas terras.
Denunciamos também a conivência do poder público, que autoriza a presença de 27 agrotóxicos na água potável, em limites que chegam a ser 5000 vezes maiores do que os limites existentes na União Europeia, como é o caso do Glifosato. Para outros 355 agrotóxicos autorizados no Brasil, não há sequer limites estabelecidos, tampouco procedimentos de monitoramento.
A presença já comprovada de agrotóxicos nos aquíferos Guarani e Jandaíra é uma prova irrefutável de que não há limites para destruição causada pelo agronegócio e seus defensores.
O oligopólio internacional do mercado de sementes e agrotóxicos, hoje concentrado em apenas 3 mega-corporações é uma ameaça ao futuro da humanidade, pois tende a forçar cada vez mais o aprisionamento das famílias camponesas dentro do seu ciclo vicioso e pode fazer desaparecer o conhecimento e as sementes cultivadas há milênios pelos povos do mundo.
Assim, convidamos a todos os movimentos sociais a se unir na luta por um modelo de produção de alimentos saudáveis para quem planta e quem come, e que ao invés de exaurir as fontes hídricas, produz água, vida e justiça social.
#ChegaDeAgrotoxicos
#FAMA2018
Beiras d'Água é um acervo colaborativo de conteúdo audiovisual da Bacia do São Francisco e de seus canais de transposição. A plataforma constitui uma ferramenta de sistematização e organização do saber produzido nestes territórios, e procura facilitar o dialogo entre os atores locais, valorizar a memória dos territórios e ser ferramenta de denúncia de conflitos existentes na região.
É no espírito do FAMA2018 que lancamos hoje (20/03) as páginas do Beiras nas redes sociais:
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Amanhã, no Rio.
Vitória histórica das vítimas da chuva de agrotóxicos em Rio Verde.
Muito importante a condenação da Syngenta, maior vendedora de venenos no Brasil, e em última instância, maior responsável pelo envenanamento em massa da sociedade brasileira.
A Syngenta produz agrotóxicos proibidos em seu país de origem, a Suíça, para despejar em nossas cabeças. Exemplos são o Paraquat e Atrazina.
Fora Syngenta!
Entre os produtos exportados que mais utilizam água, a soja se destaca. Recentemente, o IPEA lançou um relatório sobre a "água virtual" utilizada na produção do grão. De acordo com o órgão, só em 2013, exportamos mais de 55,6 milhões de toneladas de soja, totalizando, um volume de água superior a 123 bilhões de m³.
Agrotóxico é arma química.
#ChegaDeAgrotóxicos
Hoje no FAMA: