De acordo com Cledson Mendes da Silva, coordenador do setor de produção do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) a luta pela terra no Pontal do Paranapanema começou em 1990 e todos os assentamentos da região foram frutos da resistência dos integrantes do grupo. Ele acredita que “a conquista agora é trabalhar para conseguir alimentos saudáveis, sem adubo químico e sem veneno”.
"Já estava sendo desenhada essa aproximação que vem se fortalecendo com a presença dele no Ministério. Essa proximidade com o setor empresarial, com a Bayer e outras, ocorre justamente quando a Europa impõe restrições ao glifosato desenvolvido pela Monsanto. Então os fabricantes estão se articulando em países onde há condições políticas favoráveis", disse Murilo Souza.
De acordo com Marina Lacôrte, da campanha de Agricultura e Alimentação do Greenpeace Brasil, se o Pacote do Veneno for aprovado, o Brasil, que já é um dos campeões mundiais em uso de agrotóxicos, abrirá ainda mais suas portas para essas substâncias. “Os agrotóxicos são os principais responsáveis pela perpetuação desse modelo de produção agrícola que é altamente impactante e que coloca em risco o futuro da nossa produção e de nossas condições de vida. Ao contrário do que o agronegócio costuma dizer, essa não é a única forma de se produzir e existe sim um novo caminho capaz de fornecer alimentos para todos”, explica ela.
A venda de 1 pacote de ativos (avaliado em US$ 7 bilhões) na área de sementes de soja e de algodão e de herbicidas para a alemã Basf é uma das condições impostas. Na avaliação do órgão antitruste, essa operação é considerada suficiente para resolver os problemas concorrenciais decorrentes da fusão.
Em 2017 foram registrados 4.003 casos de intoxicação por exposição a agrotóxicos em todo o país, quase 11 por dia. Em uma década, a estatística praticamente dobrou. Foram 2.093 casos em 2007. No ano passado, 164 pessoas morreram após entrar em contato com o veneno e 157 ficaram incapacitadas para o trabalho, sem contar intoxicações que evoluíram para doenças crônicas como câncer e impotência sexual.
Fátima Borghi, que é membro da Câmara de Coordenação e Revisão do MPF que trata de meio ambiente, pondera que a transparência desses dados é essencial para que a sociedade possa fiscalizar a forma como a comercialização de agrotóxicos vem sendo conduzida no país, em quais quantidades e em que culturas, bem como em relação à liberação ou proibição de seu uso. “A ampla divulgação é ainda mais necessária porque o tema afeta diretamente a saúde pública e o meio ambiente.”
Agricultores da região de Itapetininga (SP) afirmam que estão apostando em uma nova técnica que garante menos uso de agrotóxicos e protege as lavouras das lagartas e traças.
O exame feito por um laboratório de São Paulo apontou princípios ativos de agrotóxicos nos 11 insetos analisados.
O exame feito por um laboratório de São Paulo apontou princípios ativos de agrotóxicos nos 11 insetos analisados.
Por enquanto, são só rumores. Seguimos de olho.
Agenda de Blairro Maggi na última quinta: pela manhã, financiamento para o agronegócio; à tarde, reunião com Monsanto, e depois com a Anvisa.
Medo...
Excelentíssimo! Mais essa?
Para exemplificar, a Syngenta, empresa suíça, produtora do Paraquat, que não tem seu uso autorizado naquele país, pelo simples fato de produzir nos Estados Unidos passa a ter autorização para comercializá-lo em nosso Estado. Situações similares devem ser esperadas para o caso do Tiram (proibido nos EUA por ser mutagênico, com impacto sobre o sistema reprodutivo), da parationa metílica (proibida na Comunidade Europeia por ser neurotóxica e suspeita de mutagênica e carcinogênica) e outros produtos.
Boa leitura de fôlego para o sábado!
Em 2003, as 983 propriedades com mais de 10 mil hectares somavam 7% da área dos imóveis rurais no país. Em 2014, elas passaram a ser 3.057 e acumulavam 28% dessa área. Nesse universo do latifúndio, destaca-se a multiplicação dos megalatifúndios com mais de 100 mil hectares. Em 2003, eles eram apenas 22 e representavam 2% da área dos imóveis rurais do país. Em 2014, eles passaram a ser 365 e ocupavam 19% dessa área. No outro extremo da balança, as pequenas propriedades de até 10 hectares, que ocupavam 2% dessa área em 2003, representavam em 2014 apenas 1%
“Encontrei uma qualidade organoléptica e uma sensação na boca que eu procurava havia muito tempo, em termos qualitativos do vinho. Percebi que a mudança me interessava não apenas sob o ponto de vista ambiental e territorial - afinal, devemos poder retransmitir essa terra para as gerações seguintes -, como a questão da qualidade me impressionou bastante”, observa Lurton.