Por Roberta Quintino I Campanha Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.
Iniciou nesta quarta (24) o primeiro Curso de Saúde e Agrotóxicos para o Fortalecimento do SUS no Campo, na cidade do Rio de Janeiro. O evento, que acontece até domingo (28), tem como objetivo abordar a problemática dos agrotóxicos e seus impactos na saúde humana, debater a importância das estratégias de controle social e vigilância popular em saúde, bem como, contribuir para a atuação profissional no âmbito do SUS para superar a subnotificação de intoxicações por agrotóxico.
O curso é uma iniciativa da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, da Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares (RNMP), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, e decorre do reconhecimento da importância do SUS, da vigilância popular em saúde e dos impactos dos agrotóxicos e da necessidade de estruturar estratégias de base territorial para seu enfrentamento, articulando o conhecimento acadêmico, o popular e a mobilização social. Para preservar o direito à vida, a cultura, territórios e corpos saudáveis.
A atividade conta com a presença de mais de 40 médicos e médicas, de vários cantos do país, que participarão de palestras, oficinas e debates com especialistas da área. Entre os temas a serem abordados estão: o panorama atual do uso de agrotóxicos no Brasil, os efeitos na saúde e no meio ambiente, a legislação vigente, as alternativas sustentáveis para a produção de alimentos saudáveis e os desafios e fortalecimento do SUS no enfrentamento dessa problemática.
Para a Campanha Contra os Agrotóxicos é fundamental que os profissionais da saúde estejam capacitados para lidar com os desafios impostos pelos agrotóxicos, a fim de orientar e proteger a população, bem como, auxiliar na construção de mecanismos permanentes e eficientes que contribuam para a luta contra os agrotóxicos.
A representante da Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares, Clarissa Lages, destacou que a temática precisa ser discutida em sociedade para que seja possível denunciar as “mazelas” que os agrotóxicos provocam na saúde humana e no meio ambiente. “É preciso conhecer, se posicionar, denunciar e apoiar” a luta contra os agrotóxicos. Para ela, é imprescindível fomentar a formação política e técnica para a defesa da saúde como um direito de todos.
Parceria essencial para educar o campo e cidade, principalmente nos povos dos campos, floresta e aguas, unir sistemas SUS, SISVAN, SISAN E SUAS e FNDE,numa educação popular.