Nesta quarta-feira, 2 de junho, às 19h, a Campanha Contra os Agrotóxicos e o Movimento Pela Soberania Popular na Mineração (MAM) abordam como a mineração e o agronegócio são projetos que avançam sobre os territórios com a proposta de progresso, mas que devoram e devastam as paisagens, solo, água e demais bens naturais.
Conversaremos sobre a realidade do Ceará, estado em que a retomada do projeto de mineração de urânio e fosfato ameaça mais de 150 comunidades que vivem entre os municípios de Santa Quitéria, Itatira, Madalena e Canindé. São povos indígenas, comunidades quilombolas, comunidades camponesas e assentamentos da reforma agrária que constroem a agroecologia e a convivência com o semiárido e que lutam por um território livre de mineração e de venenos.
Além da produção de combustível nuclear a partir do urânio, a mineração no local tem interesse de produzir fertilizantes e ração animal a partir do fosfato, para alimentar o modelo predatório do agronegócio. O preço a ser pago é enorme: comprometimento das águas da região, contaminação por metais pesados e elementos radioativos, entre outros danos à saúde do ambiente das pessoas que ali vivem.
A agroecologia está sendo cultivada há décadas nos territórios e é incompatível com o projeto de morte da mineração e do agronegócio!