As organizações que integram a Campanha Nacional “Sin Maíz No hay País”, comemoraram a decisão do oitavo Juiz do Distrito em Matéria Administrativa na Cidade do México, por negar a suspensão definitiva interposta pelo Conselho Nacional Agropecuário (CNA), para deixar de fora do Decreto Presidencial que proíbe o uso de glifosato e milho geneticamente modificado.
Os grupos ambientalistas reconheceram que o julgamento de amparo como um todo continua, porém, consideraram como uma vitória das organizações que, entre outras coisas, haviam enviado uma carta com 6.931 assinaturas de camponeses, pesquisadores, acadêmicos, indígenas, produtoras de pequena e média escala, além da sociedade em geral, onde se alerta sobre a necessidade de aplicar o decreto presidencial em todos os seus termos.
“Se trata de uma vitória da sociedade que vem trabalhando por anos em prol do cuidado do meio ambiente, da diversidade biológica e da soberania alimentar, assim como a demanda de proteção do milho, base e fundamento no não só da alimentação, mas também da cultura nacional, as organizações reiteram a importância do trabalho coletivo por meio da Campanha Nacional “Sin Maíz No hay País” ao alcançar esta vitória que não é definitiva pois o julgamento de defesa continua e deverá continuar até que toda a discussão judicial conclua definitivamente de maneira favorável para o interesse geral”, anuncia o comunicado divulgado nesta terça-feira (25).
De sua parte, a CNA, líder do organismo agroindustrial do México, lamentou a decisão judicial em um comunicado e sinalizou que o mais preocupante a “incerteza que se gera a partir de interpretações radicais e distantes da ciência“. Assegurou que o glifosato não pode ser substituído por outros produtos. “Proibir o uso de milho geneticamente modificado implica o desabatescimento de alimentos para humanos e para a pecuária”, agregou a CNA.