Desde o início, os protestos dos ruralistas iam do fechamento da rodovia a ameaças de derrubar a floresta toda caso não houvesse a redução da unidade de conservação: “Não quero, mas vamos derrubar essas árvores todinhas.”, disse, em 2006, Agamenon da Silva Menezes, presidente do Sindicato de Produtores Rurais de Novo Progresso. Repetia-se à exaustão o discurso de que a reserva ambiental “engessou a região e proibiu que os moradores continuassem a produzir”. Os dados mostram que as ameaças não se limitaram apenas a palavras.
O descaso do Estado, o peso dos preconceitos, as perseguições, criminalizações a que ficaram sujeitas, a ponto de mal sobreviverem hoje no que já foi o seu território, descritas naqueles estudos, se forem comparadas com o que estão sofrendo hoje, aumentaram em vez de diminuir.
O fenômeno da seca, vivenciado pelos estados nordestinos, agrava a conflitualidade. O estado do Ceará, com 3 conflitos envolvendo 410 famílias, é emblemático com relação à violência das políticas hídricas implementadas pelos governos. Em síntese, ao agronegócio tudo: com seus perímetros irrigados envenenados e a carcinicultura devastadora.
O observatório foi lançado em setembro de 2016. Com verba para funcionar por seis meses. Como houve mais doações, o período foi estendido por mais um mês. Mas agora o projeto depende novamente do leitor para sobreviver. “Colocamos o número de parceiros como meta porque não se trata apenas de dinheiro, mas da necessidade de construção de uma rede de apoiadores”, diz o coordenador do De Olho, Alceu Castilho.
"Ruralistas têm respaldo para fazer o que quiserem" diz Comissão Pastoral da Terra*
Antônio Canuto, secretário da entidade, comenta a massacre de Colniza e o assassinato recente de integrante do MST.
Sob uma fachada de prosperidade, alguns dos donos dos principais estabelecimentos comerciais do município estão em liberdade condicional. Foram presos por desmatamento, grilagem e formação de quadrilha na Operação Castanheira, em 2014, promovida pelo Ministério Público Federal, Polícia Federal e Ibama. A operação foi batizada “em homenagem” a Ezequiel Castanha, dono da ampla rede “Supermercados Castanha” e que, como se soube com as investigações, lucrava mesmo era com a grilagem e a venda de terras públicas.
http://outraspalavras.net/brasil/sob-temer-a-grilagem-volta-sem-freios/
Como a Anvisa colaborou para tamanha boa notícia? Simples: alterou seus métodos de análise e conclusões. Agora, 1,11% dos alimentos apresentam risco agudo, o que mesmo assim não é pouco. A cada 100 pessoas, uma pode passar mal intoxicada ao ingerir um dos produtos monitorados. Antes, a metodologia dava destaque as amostras impróprias para consumo humano, que nesse último relatório foram de 19,7% em média.
https://www.abrasco.org.br/site/noticias/ecologia-e-meio-ambiente/o-retrocesso-no-controle-dos-agrotoxicos-no-brasil/28221/
A Prelazia de São Félix do Araguaia, em reunião com seus agentes de pastoral, o bispo dom Adriano Ciocca Vasino e o bispo emérito dom Pedro Casaldáliga, na cidade de São Félix do Araguaia - MT, também manifestou indignação e solidariedade com as famílias assassinadas na Gleba Taquaruçu. " O massacre acontece num momento histórico de usurpação do poder político através de um golpe institucional, com avanços tão graves na perda de direitos fundamentais para o povo brasileiro que coloca o governo do atual presidente Temer numa posição de guerra contra os pobres", afirma.
Unificar a luta em defesa do Brasil indígena. Resistência!
A falta de dados atualizados sobre a agricultura familiar e os detalhamentos sobre as suas práticas agrícolas, situação fundiária e características do produtor como ‘cor ou raça’, dentre outros, constitui-se em retrocesso e invisibiliza o segmento no cenário das políticas públicas.
"Afirmações como essa evidenciam um vertiginoso desconhecimento dos modos de existência indígena e sobretudo, revelam a atitude equivocada de quem, ao lhes negar a capacidade de transformações históricas, lhes nega um futuro em seus próprios termos."
Com pouco incentivo do poder público, Pedro e outros milhares de camponeses Brasil afora resistem para continuar. Mas a resistência dele vai além. O pequeno produtor quer diminuir a abrangência dos agrotóxicos na rotina de quem lida com estufas e produção para o mercado interno.
O documento lista a série de retrocessos promovidos pelo governo e por seus aliados parlamentares nos últimos meses, no que talvez seja a maior ofensiva antiambiental desde a Constituição de 1988. E alerta que o movimento põe em risco as metas climáticas do país, além da segurança de toda a sociedade.
A MP prevê que agrotóxicos que de cara causem efeitos crônicos gravíssimos como o câncer, distúrbios hormonais e reprodutivos ou malformações possam ser comercializados no Brasil. A nova redação dada a lei de agrotóxicos prevê que seja proibido o registro de agrotóxicos “que revelem um risco inaceitável de acordo com os resultados atualizados de experiências da comunidade científica para características teratogênicas ou carcinogênicas ou mutagênicas”, mas também para danos ao aparelho reprodutor, retirando ainda a proibição por conta de distúrbios hormonais como previsto na lei de 1989.
Já aconteceu a estréia, mas vale a pena conferir as duas horas e 40 minutos do filme que leva ao espectador não somente um sentimento de extrema tristeza pelo massacre quase silencioso sofrido pelos povos originários no Mato Grosso do Sul, mas também uma emocionante beleza, já que nos apresenta a profunda conexão que eles guardam com a terra, seus rituais e seus mortos.