O Carnaval canta todos os anos – em maior ou menor escala – a realidade do povo brasileiro. A construção do samba-enredo é uma oportunidade que algumas escolas e blocos têm para expressar seus ideais. A maioria opta por colocar na avenida um tema romanceado, uma homenagem a alguma personalidade ou algum período da história nacional.
A lama contaminada que avançou pelo rio e afluentes, depositando toneladas de partículas tóxicas no leito, matando peixes e outros animais, afetou a dieta dos macacos, tornando-os mais suscetíveis a doenças – inclusive a febre amarela. A bióloga lembrou que a região já enfrentava impacto ambiental importante por causa da mineração. Além de Minas, houve confirmação de mortes de macacos também em Colatina, no Espírito Santo, que também foi afetado pela lama.
Cerca de 3.500 km² de terra foram desmatadas para uso agrícola, em média, por ano, desde 2011, de acordo com estimativas da ONG Bolivia Documentation and Information Center, uma área de tamanho quase equivalente a Rhode Island. Esse número aumentou em relação aos cerca de 1.481 km² por ano, em média, nos anos 1990, e dos 2.700 km² por ano nos anos 2000.
Como lavouras transgênicas são sinônimo do uso de altas doses de agrotóxicos, os especialistas alertam para os perigos dos agroquímicos à saúde e à vida dos agricultores e de quem vive perto das áreas pulverizadas, para aqueles que trabalham nas indústrias de venenos, e para quem ingere alimentos e água carregados de resíduos desses agroquímicos.
Nem a fração mais esclarecida do agronegócio está satisfeita com as políticas agrárias do governo Temer.
A dieta dos brasileiros é rica em agrotóxicos, inclusive os mais tóxicos. Ao cruzar os dados sobre o que come habitualmente a população brasileira com a lista de agrotóxicos autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a serem aplicados na cultura desses alimentos, pesquisa realizada na USP identificou 68 compostos que excediam o valor de ingestão diária aceitável de acordo com limites estabelecidos pela própria Anvisa.
Mais uma boa análise sobre o desfile da Imperatriz:
“Sim estou feliz, mas antigamente gente realizava essas festas com multidões, então olhei para a multidão e lembrei dos mentum, os antigos, quando ficávamos nessa região, porque éramos um povo que andava: vi a rere mej tchoba, a grande festa, e tinha muitas pessoas, mas hoje não somos tantos e isso me entristeceu.”
Raoni Metuktire sobre o desfile na Imperatriz Leopoldinense para Rádio Yandê.
Imperatriz, que declarou não ter recebido patrocínio algum, fez uma opção corajosa e arcou com suas consequências de cabeça erguida / Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida “O samba deste ano da Imperatriz toca num ponto central: a…
Coluna de hoje no Brasil de Fato.
"Falar de índios no carnaval não é exatamente uma novidade. Aliás, difícil é encontrar um desfile de escola de samba que não traga homens e mulheres fantasiados com penachos, cocares e outros adereços de inspiração indígena.
Mas ao contrário de todos os enredos que mencionam os índios desde que existe carnaval no Brasil, o samba deste ano da Imperatriz toca num ponto central (que é central desde que existe o Brasil): a luta pela terra."
Boletim Nutrindo a Mudança - Fevereiro/17
Trata-se de mais um pacote de maldades para a agricultura, como o 'pacote do veneno' e tantos outros.
VEJA COMO IMPRENSA COBRIU O DESFILE DA IMPERATRIZ....
A Imperatriz Leopoldinense fez história ontem na Sapucaí. Desafiando uma das mais poderosas forças políticas do Brasil, levou para a passarela do samba - e portanto para o Brasil e para o mundo - a força e resistência dos índios que lutam pela terra. Expôs para quem quisesse ver, o horror dos agrotóxicos e a destruição da mata pelos monstros ruralistas.
Nosso produndo agradecimento, respeito e admiração por esta grande Escola de Samba, que independente do resultado de amanhã, cravou uma marca na bela história dos sambas de luta.
Fotos: Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida
#ChegaDeAgrotoxicos #Sapucaí #Carnaval2017
Em apenas 40 anos, o norte do estado de Mato Grosso sofreu uma transformação profunda: o avanço do agronegócio substituiu o cerrado e a floresta amazônica por extensas monoculturas agrícolas, protagonizadas pela soja.
“Precisamos mudar o modelo de nossa agricultura e alimentação”, afirmou Bianca Ruibal, responsável pelo setor na Amigos de la Tierra. A organização lembra que, em 2015, a Organização Mundial da Saúde classificou o glifosato como “provável causador de câncer em humanos”.