O que você sabe sobre os bastidores da produção agroecológica no Brasil?
A Pulsar Brasil, junto com a Articulação Nacional de Agroecologia, Rede Ecovida de Agroecologia e AS-PTA, lança a série especial de reportagens ‘Caravana Agroecológica’. A série é composta por 10 reportagens radiofônicas que irão retratar as dificuldades e os benefícios encontrados pelos produtores rurais que optam por cultivar os seus alimentos a partir de uma perspectiva ecológica de respeito à natureza.
Nesta sexta-feira, dia 4/11, um grande aparato policial foi mobilizado para invadir a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema, SP. Sem mandato judicial, policiais invadiram a escola, dispararam tiros com armas letais e prenderam dois militantes, sendo um idoso…
Aberta a toda a sociedade, a audiência pública pretende ouvir autoridades, operadores do Direito, especialistas no tema e representantes da sociedade civil para obter informações sobre as normas regulamentadoras da pulverização aérea de agrotóxicos e os instrumentos de fiscalização da prática. O objetivo é evitar danos ao meio ambiente, comunidades indígenas e agricultores familiares.
O ataque de hoje à Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) não atingiu apenas o MST. A ENFF é a casa de todas e todos que lutam por um mundo melhor, sem agrotóxicos nem transgênicos, com comida saudável, produzida de forma justa e soberana para o povo.
A nossa Campanha realizou na ENFF, na semana passada, um Encontro Internacional sobre Luta contra os Agrotóxicos, e a Plenária Nacional da Campanha. Repudiamos de forma veemente a criminalização dos movimentos sociais, e exigimos que sejam punidos aqueles passaram por cima da lei para manchar a imagem da escola.
Convocamos a todas e todos para estarem lá amanhã prestando nossa solidariedade a este espaço tão importante para nós.
Um povo soberano é aquele que mantém sob seu controle o patrimônio genético, pois as sementes significam vida, futuro, esperança, avançamos na recuperação e multiplicação das sementes e nas técnicas de estocagem das variedades, caso contrário, a Soberania Nacional seguirá ameaçada pelas grandes corporações, hoje representadas pelas multinacionais como a Monsanto.
Mais uma vez o Brasil vai na contramão da história, enquanto outros países passam a proibir o uso de diversas venenos como, Argentina e Itália, retirando as autorizações de comercialização de mais de 85 produtos fitossanitários que contêm glifosato como substância ativa. No Brasil, o Glifosato passa a ser combatido de forma efetiva após 2015, quando a Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (IARC, dependente da OMS) o catalogou como “provavelmente cancerígeno para humanos”.
A região Sul consumiu 23% do total de agrotóxicos comercializados no Brasil em 2013. Mais da metade foi consumida no Paraná (158 mil das 285 mil toneladas comercializadas na região) nas culturas de soja, milho, trigo, arroz , e fumo – esta, a que mais utiliza veneno. O estado é o maior fornecedor de fumo do país e tem expressiva participação na pecuária nacional.
A desgraça pela qual passou a família de Petrona não foi um fato isolado e tampouco se restringe ao Paraguai. É um fenômeno presente em praticamente todos os países do continente americano. No Brasil, por exemplo, foram registrados 34.147 casos de intoxicação por agrotóxicos entre os anos de 2007 e 2014, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Nesta quinta-feira (03), cerca de 200 pessoas, delas 60 eram agricultores Sem Terra da região do Distrito Federal, participaram da audiência pública que a Anvisa promoveu para discutir proposta de flexibilização da regulação na área de agrotóxicos.
A Campanha esteve presente para denunciar a forma como a Anvisa tem tratado o caso, como se uma flexibilização nos critérios de proibição dos agrotóxicos afetasse não só a área da agricultura, como também para a saúde do povo brasileiro.
O Brasil passa por um obscuro processo de intensificação da agricultura. Num período de sete anos, de 2007 a 2013, dobrou o consumo de veneno aplicado nas terras cultivadas do país, terras estas que foram ampliadas em menos de um terço.
As donas de casa aparecem na lista como as principais vítimas no caso das mortes por suicídio (22% do total de casos relativos à ingestão de agrotóxicos no Brasil), seguidas pelos estudantes (19%) e pelos trabalhadores agropecuários (12%). Em situações de violência e homicídio os estudantes passam à frente, com 21%, seguidos pelas donas de casa (19%) e pelos trabalhadores agropecuários (15%).
Se no último verão, o país esteve às voltas com o enfrentamento da zika e da dengue, o verão de 2017 deverá trazer mais um desafio aos gestores, em nível municipal, estadual e nacional: a chikungunya.
Nessa análise realizada para o blog do Centro de Estudos Estratégicos (CEE/Fiocruz), o diretor da Fiocruz Mato Grosso do Sul, o médico infectologista Rivaldo Venâncio da Cunha, afirma que a doença atinge hoje todo o país e vem se alastrando de forma vertiginosa: dos 650 municípios com casos notificados em todo o ano de 2015, passou-se a 2.250, só até setembro de 2016, segundo dados do Ministério da Saúde.
Quantidade de veneno quadruplicou na Paraíba; no Piauí, relação entre consumo de veneno e área plantada quintuplicou entre 2007 e 2013; Recife lidera ranking nacional de intoxicação.
Na última quarta-feira (26), o governo do estado de Yucatán (MX) lançou um decreto que libera duas zonas específicas do uso de transgênicos. O estado governado por Rolando Zapata Bello (PRI), é o primeiro na península em tomar essa decisão.
Segundo o Diário Oficial do estado, as razões pelas que se declaram zona livre dos organismos geneticamente modificados (OGM) se deve a diversos fatores, entre eles os riscos que essas substâncias provocam na saúde dos seres humanos.
Como agronegócio e seu sistema de produção afeta a nossa cadeia alimentar no Brasil...
Quem controla nossa comida?
Um reduzido número de empresas multinacionais.
Isso colabora para aliviar a fome no planeta ou aumenta a desigualdade e o respeito à diversidade alimentar de cada região?