Em São Leopoldo, RS, mais um lançamento do …

Em São Leopoldo, RS, mais um lançamento do Dossiê Abrasco, com a presença da Profa. Dra. Karen Friedrich – Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ e da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO, Dr. Leonardo Melgarejo – Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural – AGAPAN, Prof. Dr. Fernando Carneiro.

Pesquisadora mostra necessidade de banir glifosato para deputados

Dados trazidos por Lia Giraldo surpreenderam parlamentares Foto: Eduardo Amorim (Centro Sabiá)

Do Centro Sabiá

Lia

Por Eduardo Amorim (Centro Sabiá)

Em audiência marcada por fortes posicionamentos em relação aos agrotóxicos, a pesquisadora e professora da Pós-Graduação do Hospital Ageu Magalhães (Faculdade de Ciências Médicas da UPE), Lia Giraldo, conseguiu mostrar para os deputados através de dados científicos e de informações já balizadas pela Organização Mundial de Saúde que precisamos proibir a venda e utilização do glifosato no Brasil.

Agrotóxico mais vendido no Brasil, o glifosato já deveria ter saído do mercado a muitos anos, garante a pesquisadora, que afirma que a Anvisa tem essas informações e as engavetou. Para ela, “desde 2009 temos notas técnicas prontas, concluídas, e elas agora só receberiam mais informações para reforçar a decisão da proibição, mas estão engavetadas. Por que a pressão via lobbye é muito forte”, garante.

Ela participou de audiência pública da Comissão de Saúde e Assistência Social da Assembleia Legislativa de Pernambuco que tinha como objetivo discutir o projeto de lei 261-2015. A proposta também prevê, além do banimento do glifosato, o de agrotóxicos já proibidos nos países onde foram registrados e que quando Organizações Internacionais, responsáveis pela saúde, alimentação ou meio ambiente, das quais o Brasil seja membro integrante ou signatário de  acordos e convênios, alertarem para riscos ou desaconselharem o uso de agrotóxicos, seus componentes e afins, ficará suspenso imediatamente o uso e a comercialização no Estado.

Há alguns séculos atrás, a indústria da …

Há alguns séculos atrás, a indústria da biotecnologia poderia ter comprado uma bula para autorizar seus pecados e obter a redenção prévia. Porém, em sua ecológica encíclica Laudato si, o papa Francisco condenou os organismos geneticamente modificados (OGM) sem perdão possível.
Eduardo Santillán / Presidencia de la República

Papa Francisco se une à batalha contra os transgênicos

O Papa criticou os transgênicos por seus impactos agrários, sociais e econômicos, e fala da necessidade de um debate amplo sobre o tema.

por Emilio Godoy - Tierramérica

Eduardo Santillán / Presidencia de la República

 

MÉXICO, 10 de agosto de 2015 (IPS) – Há alguns séculos atrás, a indústria da biotecnologia poderia ter comprado uma bula para autorizar seus pecados e obter a redenção prévia. Porém, em sua ecológica encíclica Laudato si, o papa Francisco condenou os organismos geneticamente modificados (OGM) sem perdão possível.
 
Em sua primeira carta circular aos católicos desde que iniciou seu pontificado, no dia 24 de maio de 2013, o argentino Jorge Mario Bergoglio critica os OGM por seus impactos agrários, sociais e econômicos, e fala da necessidade de um debate amplo sobre o tema, e não somente desde a esfera científica.
 
Laudato si – “louvado sejas”, em italiano antigo – faz referência ao título de um cântico de Francisco de Assis que reza: “louvado sejas, meu Senhor, pela irmã nossa Mãe Terra, a qual nos sustenta, nos governa e produz diversos frutos com coloridas flores e ervas”.
 
É a primeira encíclica na história dedicada à situação ambiental e à reflexão sobre “a casa comum” da humanidade, o planeta.
 
O documento reconhece a falta de “comprovação contundente” sobre o dano que os OGM poderiam causar aos seres humanos, mas destaca que existem “problemas importantes que não devem ser relativizados”.
 
“Em muitos lugares, após a introdução desses cultivos, se constata uma concentração de terras produtivas nas mãos de alguns poucos, devido à progressiva desaparição dos pequenos produtores, obrigados deixar a produção direta, como consequência da perda das terras exploradas”, segundo a encíclica.

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“Desnutrição é diferente de má nutrição. …

"Desnutrição é diferente de má nutrição. Temos que oferecer comida de qualidade para todos. Criança tem que ter comida, e comida boa. Politicamente falando, podemos incentivar e ajudar os agricultores familiares, subsidiar os produtos orgânicos, melhorar a distribuição de alimentos e promover cestas básicas regionais com produtos locais e de qualidade." Bela entrevista, bela!
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Mato Grosso consome ao ano cerca de 40 litros de agrotóxicos por habitante

O dado revelou a importância dos debates propostos no “Dossiê Abrasco: um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde”, lançado recentemente no estado

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Lançamento em Rondonópolis. (Foto: Andrés Pasquis/GIAS)

“O brasileiro consome em média 5,2 litros de agrotóxicos ao ano. A situação é mais gritante no Mato Grosso, pois a fiscalização é claramente deficiente e a legislação não é respeitada. O mato-grossense chega a ingerir uma média de 40 litros por ano”, afirmou Fran Paula de Castro, educadora do programa da FASE no Mato Grosso, durante as atividades de lançamento no estado do “Dossiê Abrasco: um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde”, realizadas pela Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida em Cuiabá e no município de Rondonópolis.

 

Leomar Daroncho, procurador e coordenador do Fórum Mato-Grossense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos, também participou dos eventos. Ele explicou que, nesse tema, todos são vítimas. “Por isso o lançamento do Dossiê aqui é muito importante. Não é uma luta contra alguém, mas é uma luta pelo bem de todos nós”, ressaltou. Os debates motivados pelo Dossiê ocorreram nos últimos dias 23, 24 e 25 de julho e socializaram os conhecimentos construídos de maneira coletiva pelos autores da publicação da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) junto à Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, à Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) e à Expressão Popular.