Para o membro da coordenação nacional do MST, João Pedro Stedile, por muito tempo as esquerdas confundiram “desenvolvimento das forças produtivas com a presença de máquinas e veneno no campo”.
Ele alerta: “trator e agroquímico é o atraso, do século 20! Hoje o progresso está em produzir com técnicas sem veneno em equilíbrio com a natureza, aumentando a produtividade da mão-de-obra e do espaço físico”.
O agronegócio é responsável pelo uso intensivo de herbicidas e agrotóxicos na agricultura brasileira. Entre eles, está o glifosato, um dos herbicidas que mais tem causado danos ao meio ambiente e também para o ser humano, cuja nocividade foi recentemente admitida Organização Mundial de Saúde (OMS) e já é proibido em diversos outros países.
"Essa discurseira da sustentabilidade veio profanada pela ONU. Esse princípio que parece super poderoso vai se traduzir ou se vulgariza em três dimensões: Social, Econômica e Ecológica. Uma ideia que vai se fragmentando e nada se explica. Por exemplo, o que é economicamente viável? Viável é aquela economia que permite a reprodução do capital. Esse discurso generaliza e não responsabiliza", afirma José Maria Tardin no Seminário Reforma Agrária e Agroecologia na #FeiraDaReformaAgrária
"Não temos nenhum transgênico modificado para aumentar a produtividade, e sim para absorver veneno e permitir a criação de patentes. É uma tecnologia que serve apenas para perpetuar a pobreza", afirmou Leonardo Melgarejo, da Campanha contra os Agrotóxicos e ex-membro da CTNBio ao apontar que a comissão nunca cumpriu as exigências de estudos de risco para liberar os transgênicos no país.
Seminário reuniu pesquisadores e especialistas de diversas entidades, que analisaram os efeitos desses alimentos no Brasil e no mundo.
Por José Coutinho Júnior, com fotos de Alexandre Gonçalves Da Página do MST
Além da venda de produtos e da programação cultural, a 1a Feira Nacional da Reforma Agrária é palco de debates e seminários. Na manhã desta sexta-feira (23) ocorreu o seminário "a realidade dos agrotóxicos e transgênicos no Brasil e seus impactos sobre a saúde humana e ambiente".
Estavam presentes na mesa Leonardo Melgarejo, da Campanha contra os Agrotóxicos; Luiz Cláudio Meirelles, da Fiocruz; Sheila Castro, do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e Javier Balbea, da Rede de Médicos da Argentina.
Meirelles iniciou o debate com um panorama sobre o uso de agrotóxicos no Brasil e como os trabalhadores rurais são os principais afetados: de 1 milhão de intoxicações acidentais, 700 mil se dão no trabalho (Clique aqui para ver mais fotos da feira)
Confira como foi a mística de abertura do seminário "A realidade dos Agrotóxicos e Transgênicos no Brasil", com os sem-terra declamando a letra de Xote Ecológico, de Luiz Gonzaga.
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Durante Ato político em defesa dos alimentos saudáveis na 1ª Feira Nacional da Reforma Agrária, o integrante da Campanha permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida, Luís Carlos Meireles, critica a falácia científica que é direcionada pelos interesses do capital em relação a minimizar o perigo dos agrotóxicos no organismo humano.
migre.me/rSFQQ
"É preciso fortalecer o posicionamento contrário à ida da Anvisa para o Ministério da Agricultura", apontou.
"Os transgênicos não diminuem a fome e aumentam o uso de agrotóxicos. O alimento é uma construção social, e os transgênicos estabelecem uma forma de domínio dos nossos territórios", afirmou Javier Balbea, da Rede de Médicos da Argentina no seminário sobre os riscos dos agrotóxicos e transgênicos .
"Não existe no Brasil prazo de revisão dos agrotóxicos. E quando há estudos para avaliar sua toxidade, eles são imprecisos, pois se avalia a substância Individualmente, quando na realidade os alimentos contaminados têm muitas substâncias tóxicas", disse Sheila Castro, do Instituto Nacional do Câncer (Inca), no debate sobre os agrotóxicos e transgênicos.
Compõe a mesa do seminário sobre os riscos dos agrotóxicos e transgênicos Leonardo Melgarejo, da Campanha contra os Agrotóxicos; Luiz Cláudio Meirelles, da Fiocruz; Sheila Castro, Instituto Nacional do Câncer; e Javier Balbea, da Rede de Médicos da Argentina.
Venha debater a problemática dos agrotóxicos e transgênicos, pilares do agronegócio, e seus impactos na saúde humana e ambiente, que atingem também a população urbana.
Nesta sexta-feira (23), a partir das 9h30, no Parque da Água Branca em São Paulo: https://goo.gl/Wyi9c7
Do Idec - Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor: No mês de outubro o Idec esta lançando a Campanha "+ Orgânicos", com objetivo de informar os consumidores sobre as vantagens de preferir alimentos orgânicos e os perigos do consumo de alimentos com agrotóxicos. Convidamos o Departamento de Alimentação Escolar de São Paulo e Ana Flávia Badue, do Instituto Kairós, para falar sobre a experiência de inserir alimentos orgânicos na alimentação escolar da cidade.
O bate-papo será realizado online e presencialmente: quem preferir, pode acompanhar o encontro na sede do Idec, em São Paulo (SP).
Para enviar perguntas antes do início do bate-papo, utilize o formulário de inscrição.
Ótima matéria com o promotor de Justiça do Ministério Público do Rio Grande do Sul em Catuípe, Nilton Kasctin dos Santos. Aborda muitos pontos pouco debatidos, como publicidade e testes com animais.