Dois homens morreram e um jovem de 18 anos está internado em estado grave após a ingestão de inseticida, no povoado São Vicente de Baixo, na zona rural de Teresina, na noite dessa quinta-feira (9). Os dois mortos eram cunhados e o sobrevivente filho de um deles. O envenenamento teria acontecido por acidente. O jovem está internado na UTI do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) em estado grave.
Acompanhe ao vivo o seminário sobre a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (PNaRA) da Câmara de Deputados de São Paulo!
Esta em tramitação no Congresso Nacional o PL 6670/2016 que prevê a criação do PNaRA. A comissão especial que analisa o projeto está em São Paulo realizando o seminário que debate o projeto.
É nesta quinta, em SP!
O debate foi sugerido pelo deputado Pedro Uczai (PT-SC). Na abertura do evento, a professora Larissa Bombardi, da Universidade de São Paulo (USP), falará sobre o uso abusivo de agrotóxicos no Brasil. Em seguida, representantes de agricultores e de entidades produtoras de orgânicos vão discutir a viabilidade de produção sem agrotóxicos.
Outras duas substâncias também foram suspensas até que a Anvisa conclua os procedimentos de reavaliação toxicológica, com prazo máximo até o dia 31 de dezembro Uma decisão judicial concedeu na sexta-feira, 3, uma tutela antecipada para que a União suspenda…
O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), Gilmar Mauro acredita que os dados mostram um país com renda e terras "altamente concentrada" e que continua a "aumentar o processo de concentração de riquezas".
"Nós nascemos como colônia, exportando produtos agrícolas e minerais desde o famoso e malfadado descobrimento. E continuamos dessa forma. Mas há um agravamento dessa situação, principalmente a partir da década de 1980 e da crise econômica brasileira, e do grande déficit nas contas gerais do Brasil, se apostou bastante na exportação de produtos agrícolas como forma de obter superávit, para equilibrar todo o balanço de pagamentos", diz Mauro à Sputnik Brasil.
https://www.redebrasilatual.com.br/ambiente/2018/07/excesso-de-agrotoxicos-contribui-para-extincao-de-abelhas-e-devasta-fauna-brasileira
A pesquisa chega num momento oportuno, em que comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou, em 25 de junho, projeto de autoria do ministro da Agricultura, Blairo Maggi,o, derrubando restrições à aprovação e uso de agrotóxicos. O país lidera o ranking mundial no consumo de defensivos, volume de 7,3 litros ingeridos anualmente por pessoa, em média, por meio de grãos, legumes, verduras e frutas contaminados, de acordo com levantamento de dados divulgados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
No momento em que o Congresso Nacional discute projetos de lei contra e a favor de uma Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (PNARA), o Natureza Viva entrevista a repórter Sumaia Vilela da equipe de radiojornalismo da EBC. Ela fala sobre o uso e abuso do agrotóxico nos limites dos estados do Ceará e Mato Grosso, abordado na série "Agrotóxicos!".
Com vocês, o grande doutor das plantas, Geraldo Alckimin!
"Defendo [a lei]. Não é lei do veneno, é lei do remédio. Como os animais ficam doentes, as plantas também ficam doentes. Você precisa ter defensivos para defender a planta", afirmou.
A operação é nacional e busca o fim imediato desse comércio e da divulgação das substâncias controladas. A lei restringe a propaganda de agrotóxicos aos agricultores ou profissionais, proíbe a venda sem recomendação prévia de agrônomo em receituário, proíbe a venda desses produtos por estabelecimento ou pessoa física que não esteja registrada nas agências estaduais de defesa agropecuária e proíbe o seu transporte pelos Correios, entre outras restrições.
Pesquisadores da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e da Associação Brasileira de Agroecologia lançaram, nesse sábado (28), uma versão atualizada do dossiê científico contra o projeto de lei que tramita no Congresso Nacional, que busca flexibilizar o uso de agrotóxicos no Brasil.
O documento apresenta 15 notas técnicas contrárias ao projeto conhecido como PL do Veneno. O vice-presidente da Associação Brasileira de Agroecologia, Paulo Peterson, rebateu o argumento de que sem agrotóxicos não há como combater as pragas nas lavouras.
Excelente reportagem sobre os perigos da aviação agrícola, não só para quem recebe a chuva de venenos, mas sobretudo para os próprios trabalhadores desta atividade.
Os dados não deixam dúvidas: a atividade é uma das mais perigosas na aviação brasileira. Para pulverizar uma plantação inteira, os pilotos precisam voar em baixa altitude e executar manobras semiacrobáticas. Profissionais experientes no setor são minoria: a maior parte chega ao mercado, em média, com idades entre 23 e 28 anos, e poucas horas de voo na bagagem.
O Ministério da Saúde registra de 12 mil a 14 mil intoxicações por agrotóxicos no país a cada ano. Em 2016 foram quase 500 vítimas fatais. E a Organização Mundial da Saúde estima que somente um em cada 50 casos cheguem às autoridades. Mas, mesmo com todas as práticas regulares, setores da sociedade defendem que não existe uso seguro de agrotóxico, como fala o subprocurador-geral do Ministério Público do Trabalho e coordenador do Fórum Nacional de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos, Pedro Serafim.
Pesquisador da Abrasco e professor da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, Marcelo Firpo afirmou que a discussão deve ser feita em torno do que é realmente relevante para o país. “Sem dúvida, o progresso econômico, o desenvolvimento da economia, o pagamento das dívidas públicas e a redução do déficit da balança comercial são relevantes. Mas qual é o preço disso diante da morte e da doença de crianças, jovens, adultos, velhos e trabalhadores, que morrem em função de substâncias perigosa?”, questionou Firpo.