A petição “Chega de agrotóxicos” disponibilizada on line por uma série de entidades já soma cerca de 1 milhão de assinaturas. O movimento busca apoio da sociedade para a aprovação do Projeto de Lei 6670/2016 que institui a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (PNaRA) e ao mesmo tempo para barrar o Projeto de Lei (PL) 6299/2002, conhecido como “PL do Veneno”.
"Os achados são alarmantes", afirma Ada Pontes Aguiar, médica e pesquisadora da Universidade Federal do Ceará (UFC). "No nosso estudo, constatamos que os casos de malformações congênitas e puberdade precoce têm relação com a intensa exposição dessas crianças e suas famílias aos agrotóxicos na região".
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Em nota técnica divulgada no dia 19 de junho de 2018, o Ministério da Agricultura (MAPA) se posiciona de contrária ao PL 4.576/2016, de pode restringir a venda de produtos orgânicos em supermercados e nas compras institucionais. De acordo com…
Temos alternativa! #PNaRAjá!
A saúde da população, na opinião de quem é contrário ao chamado "PL do Veneno, foi deixada de lado em prol do dinheiro. É o caso, por exemplo, da representante da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida Carla Bueno. Para defender sua posição, ela cita uma pesquisa divulgada pelo Greenpeace em outubro do ano passado, que diz que 36% dos alimentos analisados tinham maior quantidade de resíduos de agrotóxicos do que o permitido ou tinham substâncias proibidas no Brasil. De acordo com Carla, por trás do projeto de lei, há interesses comerciais de grandes empresas.
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Ótima entrevista com João Pedro Stédile sobre agrotóxicos e todo o poder político por trás deles.
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De acordo com a Anvisa, a aprovação do Projeto de Lei 6299/2002 pode aumentar o índice de pessoas com problemas sérios de Saúde e alerta sobre nove agrotóxicos (Endossulfam, Cihexatina, Tricloform, Monocrotofós, Pentaclorofenol, Lindano, Metamidofós, Parationa Metílica e Procloraz) que têm alto potencial de causar câncer, alteração dos hormônios, ativação de mutações de danos ao aparelho reprodutor.
“Minha garganta começou a fechar e, de repente, eu comecei a passar mal. Boca seca, falta de ar e uma dor de cabeça insuportável. Era uma sensação de morte”. As lembranças do pânico vivido no dia 3 de maio de 2013 ainda estão bem vivas na memória do professor Hugo Alves. Era por volta de 9h15 quando a Escola Pontal dos Buritis, na zona rural do município de Rio Verde, em Goiás, recebeu uma chuva de agrotóxicos.
O pacote é defendido pelo setor ligado ao agronegócio na Câmara como uma modernização das normas. Segundo o deputado federal Luiz Nishimori (PR-PR), relator do projeto, o processo para avaliação e liberação dos agrotóxicos é muito caro e demorado e as mudanças beneficiariam principalmente o pequeno e médio agricultor.
Em meio à polêmica, alguns dos pré-candidatos à Presidência se pronunciaram contra e a favor do projeto. Veja quais foram as opiniões expressadas nas redes sociais, em entrevistas recentes ou em notas.
Entenda porque o Pacote do Veneno vai botar mais veneno na sua mesa.
#ChegaDeAgrotóxicos
O Brasil? No quesito qualidade cervejeira, é impossível não lembrar de certa peleja disputada há quatro anos, em Belo Horizonte (MG). É gol da Alemanha.
O projeto é um “retrocesso” que vai na contramão do que vem sendo praticado na Europa e nos Estados Unidos, diz o membro da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida, Alan Tygel. “A aprovação do PL não tem legitimidade porque partiu de um processo extremamente autoritário e dominado pelos interesses de multinacionais que controlam o setor agroquímico”, opina.
O texto prevê que a venda de produtos orgânicos diretamente ao consumidor seja feita apenas por agricultor familiar “integrante de organização de controle social cadastrada nos órgãos fiscalizadores”, informou a Agência Câmara.
Além disso, a venda poderá ser feita sem a certificação para garantir a procedência do produto, “se o consumidor e o órgão fiscalizador puderem rastrear o processo de produção e ter acesso ao local de produção ou processamento”.
“A agricultura é o maior produtor de águas residuais, por volume, e o gado gera muito mais excrementos que os humanos. À medida que se intensificou o uso da terra, os países aumentaram enormemente o uso de pesticidas sintéticos, fertilizantes e outros insumos”
Eleições à vista, vamos ver quem é quem? E quem fica em cima do muro?