A operação visa combater a falsificação, comercialização e o contrabando. Até as 7h40 [horário de Mato Grosso], seis suspeitos já tinham sido detidos.
Do G1
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (14) em Mato Grosso e mais dois estados a operação ‘São Lourenço’, em combate à falsificação, comercialização e contrabando de agrotóxicos. Até as 7h40 [ horário de Mato Grosso], seis suspeitos já tinham sido detidos durante a operação.
Conforme a PF, a operação é baseada em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá e os agentes devem cumprir 21 mandados de prisão temporária, 37 mandados de busca e apreensão e 13 mandados de condução coercitiva em nas cidades de Poxoréu (MT), Primavera do Leste (MT), Jaciara (MT), Campo Verde (MT), Nova Xavantina(MT), Dourados (MS), Fernandópolis (SP), Monte Aprazível (SP), Miguelópolis (SP) e Ituverava (SP).
Durante as investigações foram desmantelas duas fábricas clandestinas de agrotóxicos, com a apreensão de mais de 07 toneladas/litros de agrotóxicos ilegais (falsificados e contrabandeados) e diversas embalagens, rótulos, e materiais utilizados na falsificação.
Foram identificados dois grupos criminosos diferentes. Sendo que um grupo era responsável por contrabandear do Paraguai, via Mato Grosso do Sul, além de falsificar e vender agrotóxicos. O outro grupo era de fazendeiros consumidores do produto de crime.
De acordo com as investigações, o quilo dos agrotóxicos podem chegar a R$ 20 mil. Eles eram oferecidos a fazendeiros da região de Rondonópolis e interior de Mato Grosso a preços bem abaixo do mercado. Na venda, era oferecida uma amostra de agrotóxico original. Após comprarem o agrotóxico, os fazendeiros recebiam toneladas dos materiais falsificados ou contrabandeados.
Entretanto, os fazendeiros quando lesados pelos falsificadores não denunciavam a fraude porque compravam o produto de maneira irregular. E porque, em alguns casos, compravam o produto contrabandeado, mas sem alteração química dos mesmos fornecedores. Esses fazendeiros foram indiciados por contrabando, compra irregular de agrotóxicos e compra de produto nocivo à saúde humana em desacordo com a legislação específica.
Já os vendedores e falsificadores devem responder por formação de quadrilha, falsificação, contrabando e crime ambiental. Dois irmãos comandavam um dos grupos e já foram presos por tráfico de drogas, estelionato, falsificação e uso de documento falso, crimes contra o sistema financeiro, além de serem reincidentes no contrabando de agrotóxicos.
A Polícia Federal afirma ainda que outros membros da quadrilha já responderam criminalmente por assalto, falsificação e uso de documentos falsos, furto, receptação.Alguns são reincidentes no crime de formação de quadrilha. As penas para os envolvidos podem chegar a quatro anos de reclusão, além de multa. As penas são cumulativas e podem chegar a mais de 15 anos de prisão.