A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida é uma articulação nacional que existe desde 2011. A partir da constatação dos perigos relacionados aos agrotóxicos no Brasil, atuamos na denúncia dos efeitos do agronegócio para o país, bem como no anúncio da agroecologia como alternativa possível e urgentemente necessária na produção de alimentos.
Durante os últimos sete anos, atuamos no monitoramento das ações do Estado, seja no Executivo ou no Legislativo, bem como em órgãos como Anvisa, Ibama, CTNBio, ou empresas públicas como a Embrapa.
Fomos testemunhas de diversos avanços, como a Política Nacional de Agroecologia, os programas de compras institucionais como PAA e PNAE, e o banimento de diversos agrotóxicos altamente tóxicos. Assistimos também a diversas derrotas, sendo a principal dela o veto ao Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara).
Atuamos fortemente nos territórios, apoiando organizações que lidam no dia a dia com populações expostas aos agrotóxicos, e no apoio à transição agroecológica de milhares de camponesas e camponeses Brasil afora.
Sabemos muito bem a influência de quem senta na cadeira presidencial no Brasil. Em nosso país, o presidente tem o poder sobre ministérios e agências que decidem se um agrotóxico pode ou não ser usado; pode também investir em políticas de apoio à transição agroecológica ou não; pode colocar o país no rumo da alimentação saudável, ou entregar nossa saúde às multinacionais que controlam a venda de agrotóxicos e sementes transgênicas.
Neste eleição, estamos diante de dois projeto muito claros. De um lado, Haddad tem um histórico de atuação em defesa da agroecologia durante sua gestão na prefeitura de São Paulo, tendo inclusive sancionado uma lei para inserção de orgânicos na alimentação escolar. Seu programa fala sobre redução de agrotóxicos, fortalecimento do SUS, atenção à juventude rural e fortalecimento do PAA, virtualmente destruído por Temer.
Do outro lado, temos Bolsonaro. Em vídeo, o candidato já se declarou ruralista, e favorável ao Pacote do Veneno, à retirada da Anvisa do processo de registro de agrotóxicos e à centralização no Ministério da Agricultura. Uma de suas propostas inclui ainda a fusão do Ministério do Meio Ambiente com o Ministério da Agricultura. Bolsonaro promoteu ainda, em rede nacional, acabar com qualquer tipo de ativismo: ou seja, acabar conosco.
Sabemos que há pessoas do campo orgânico/agroecológico inclinadas a votar em Bolsonaro. Sabemos que há, em alguns, um sentimento de profunda mágoa em relação aos governos petistas por todas as falhas cometidas nas políticas de meio ambiente, e também em sua relação com a bancada ruralista.
A estas pessoas nos dirigimos: num possível governo Haddad, poderemos continuar exercendo nosso direito de sermos militantes pela alimentação saudável. Poderemos, como sempre fizemos, criticar, protestar e participar. Bolsonaro não tem proposta alguma para enfrentar a questão dos agrotóxicos, e ainda ameaça nosso direito de manifestação.
Para termos o direito de seguir na luta contra os agrotóxicos e pela vida, pedimos seu voto em Haddad 13!
Infelizmente este blog se posiciona para um partido político, acredito que o blog precisa trazer os pontos de vista de cada candidato e não dar a conclusão deixar que o leitor se encaixe na suas devidas maneiras.