Nesta quarta-feira, 27, a Campanha Contra os Agrotóxicos denunciou na Assembleia da Bayer os impactos provocados pelos agrotóxicos no Brasil. A transnacional segue na política de “dois pesos e duas medidas”, exportando para países com leis menos rigorosas substâncias já banidas da União Europeia pelos malefícios que geram à saúde humana e ao meio ambiente.
Além de participar da Assembleia, Alan Tygel representou a Campanha no protesto internacional contra a gigante alemã, evidenciando como a Bayer e outras transnacionais agroquímicas alicerçam o modelo do agronegócio que promove injustiças sociais ao redor do mundo. Tygel destacou que, enquanto o agronegócio está tendo safra recorde, o preço do óleo de soja subiu 102% no último ano e a fome se alastra no Brasil.
Além de explicitar a sede de lucro e o desinteresse pela segurança alimentar da população, a Campanha denunciou a intensa movimentação do agronegócio pelo desmonte de políticas de proteção à vida. Único estado brasileiro que não permite o registro de agrotóxicos proibidos nos países de origem, o Rio Grande do Sul enfrenta a ameaça do PL 260, que retrocede a legislação ambiental, aceitando que Carbendazim, Tiodicarbe, Thiram e outros venenos muito perigosos da Bayer possam ser comercializados mesmo já tendo sido banidos da Alemanha e da União Europeia como um todo.