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Dos 13 presidenciáveis, apenas três propõem reduzir uso de agrotóxicos

Demanda da sociedade brasileira, a redução gradativa do uso de agrotóxicos até o seu banimento no país está fora dos planos da maioria dos candidatos à Presidência da República. Dos 13 presidenciáveis, Fernando Haddad (PT), Guilherme Boulos (PSol) e Marina Silva (Rede) pretendem adotar medidas nesse sentido. Já Ciro Gomes (PDT) propõe a utilização de “defensivos agrícolas específicos para as nossas culturas e problemas, de menor conteúdo tóxico para pessoas e o meio ambiente, e incentivo à adoção de sistemas de controle alternativos na agricultura, prática essa que se constitui em uma tendência mundial”. Os demais sequer têm o termo agrotóxico ou similares em seus programas registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo especialistas, não existem agrotóxicos menos tóxicos. Todos são nocivos à saúde e ao meio ambiente.

Crianças de povoado cearense apresentam malformações relacionadas a agrotóxicos, aponta pesquisa

O povoado de Tomé, de cerca de 2,5 mil habitantes, fica no município de Limoeiro do Norte, no Ceará. É famoso na região. Mas, o motivo não é tão bom: a comunidade fica encurralada por territórios do agronegócio, e é conhecida pela contaminação por agrotóxicos. Fato comprovado por cientistas, segundo a professora de Medicina da Universidade Federal do Cariri, Ada Pontes, que também faz parte do grupo de pesquisa Tramas, da Universidade Federal do Ceará.

PL do Veneno vai contaminar ainda mais os alimentos consumidos pelo brasileiro

Blairo Maggi (PP-MT) é o autor do PL do Veneno. Atualmente, ele ocupa o cargo de Ministro da Agricultura no governo Temer e não é trivial o peso que a bancada ruralista vem dando a esse Projeto de Lei. Apesar da posição contrária de diversos órgãos como o INCA (Instituto Nacional de Câncer), a Fiocruz, a Abrasco e o Ministério Público do Trabalho, a bancada ruralista pretende aprovar esse projeto numa clara opção política que visa o lucro irrestrito dos representantes do agronegócio no Brasil.

Minas Gerais debate flexibilização na lei de agrotóxicos » Agronegócio » Diário do Comércio

Para o presidente da Comissão de Participação Popular da ALMG, deputado Doutor Jean Freire, a modificação da nomenclatura será prejudicial para a população. “Assim como aprovaram um projeto de lei para retirar o “T” de transgênico, agora querem retirar o nome agrotóxico e dizer que tem defensivos fitossanitários. Isso reduz o impacto do nome e diminui a rejeição da opinião pública em relação a essas substâncias, utilizando um nome menos negativo”, explicou Freire.

O ‘agro’ é sujo: veneno, mortes e destruição da natureza definem agronegócio | Brasil de Fato

A concentração de insumos agrícolas e sementes transgênicas nas mãos de poucas empresas impulsiona também a dependência de fertilizantes químicos e pesticidas, que são produzidos pelas mesmas empresas. São produtos capazes de contaminar todas as formas de vida. "Em Mato Grosso, foi feita uma pesquisa onde a água, a terra, o ar, os alimentos, tudo, até o leite materno de mulheres amamentando, estão envenenados por esses agrotóxicos", enfatiza Regina Reinart, encarregada de projetos da Misereor na América Latina. A organização da Igreja Católica da Alemanha de combate à miséria atua em diversos países de América, África e Ásia.

Folha de São Paulo usa ciência do agronegócio para julgar verdades e mentiras

Logo de início, a matéria afirma que “é verdade” que agrotóxico é a mesma coisa que defensivo agrícola e pesticida. A FSP é um veículo de imprensa, e não é capaz de considerar o fato de que a diferença entre os termos é justamente um artifício de comunicação. Pesticida não mata apenas a peste, como afirma o texto; mata toda a vida no solo, pássaros, e mata pessoas também. Defensivos tampouco defendem a planta: tornam-a cada vez mais doente, e mais dependente dos agrotóxicos. Os termos não são, obviamente, a mesma coisa.