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População não conhece os riscos dos agrotóxicos

O Globo - 24/04/2012

Mesmo sob a crescente pressão da sociedade civil, quem vive na área rural do Brasil ainda é constantemente impactado por agrotóxicos pulverizados nas lavouras de monocultura do país. Muitas vezes, estes produtos são aplicados a menos de dez metros de escolas e residências. O pior: em casas de pequenos agricultores, que não fazem ideia dos riscos, acabam se tornando embalagem para acondicionar até comida. A situação é descrita no "Dossiê sobre o impacto dos agrotóxicos na saúde no Brasil" feito pelos principais pesquisadores de saúde do país, ao qual o Razão Social teve acesso, e que será apresentado no Congresso Mundial de Nutrição Rio 2012, na próxima sexta-feira, em Brasília.

Brasil: líder mundial em alimentos envenenados

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Por Tatiana Achcar | Habitat – sex, 20 de abr de 2012

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Nunca tivemos tanta comida produzida no mundo, mesmo assim um milhão de pessoas passam fome e outro milhão comem menos do que necessitam. A fome é um problema de economia mundial. Em vinte anos, o Brasil tomará dos Estados Unidos a liderança mundial na produção de alimentos. No entanto, 49% dos brasileiros estão acima do peso, sendo 16% obesos, segundo o Ministério da Saúde. A obesidade é um problema de saúde pública, logo, de economia nacional. Por que esse disparate entre a grande quantidade de alimento e a fome e o sobrepeso? Apesar das commodities agrícolas bombarem as bolsas de valores, o sistema alimentar mundial tem falhas, e das grossas: o modo de produção usa recursos naturais de maneira abusiva, o sistema está baseado na industrialização, que artificializa o alimento, e a distribuição é concentrada e controlada por poucos gigantes do setor. Alimentação em quantidade e qualidade adequada e saudável é um direito humano, mas virou artigo de luxo.

Senado discute Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos

22 de março de 2012

Uma audiência pública, realizada na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal, discutiu, nesta quinta-feira (22/3), o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos (Para) da Anvisa. Os dados mais recentes do Programa apontaram que 28% das amostras analisadas estavam insatisfatórias. As principais irregularidades verificadas foram: presença de agrotóxicos não autorizados para a cultura analisada ou teores de resíduos de agrotóxicos em níveis acima dos autorizados.

Durante a audiência, o gerente geral de toxicologia da Anvisa, Luiz Cláudio Meirelles, ressaltou que o Para tem se firmado com uma ferramenta importante para auxiliar os gestores de saúde na tomada de decisões relacionadas a agrotóxicos. “O programa trabalha para que a qualidade dos produtos que chegam à mesa dos brasileiros seja a melhor possível. A presença de resíduos de agrotóxicos pode representar um risco”, afirmou Meirelles.

Rio+20: Dossiê mostrará impacto dos agrotóxicos na saúde das pessoas e dos ecossistemas

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290212_pedrinhotomovenenoAdital - Buscando conhecer o impacto dos agrotóxicos na saúde dos/as brasileiros/as, o Grupo de Trabalho (GT) de Saúde e Ambiente da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), em parceria com outros GTs, comissões e associados decidiu pesquisar o tema e publicar suas descobertas em um dossiê. O documento será lançado no Congresso Mundial de Nutrição, em abril deste ano, e durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que acontecerá em junho no Rio de Janeiro.

Venha para o mundo de Malboro

Por trás do maço de cigarros vendido ao consumidor final, escondem-se histórias de agricultores explorados, endividados e contaminados por agrotóxicos no Sul do Brasil


por Carlos Juliano Barros, da RevistaTrip

Pernas quase paralisadas, Valdemar Santos bem que gostaria de usar aquele tipo de muleta que fica sob as axilas. Porém, os caroços que pipocam nessa região – e se espalham por todo o corpo – o obrigam a apelar para um modelo de bengala que sobrecarrega o antebraço. Depois de 12 longos anos inalando agrotóxicos na lavoura de fumo que cultivava em uma pequena propriedade no município de Imbituva (PR), Valdemar desenvolveu uma grave polineuropatia.

Em outras palavras, ele sofre de uma pane geral nas terminações nervosas de seu organismo, o que prejudica não apenas sua coordenação motora, mas também seu raciocínio. Hoje, do salário mínimo que recebe a título de aposentadoria por invalidez, Valdemar embolsa apenas R$ 389. O restante já é descontado na fonte para quitar as dívidas que vem acumulando por conta de seu tratamento. “Se sinto cheiro de tinta de parede, perco a vista, dá dor de cabeça, tremelique, tosse seca. Parece que aumentam o volume dentro de mim”, afirma Valdemar, simulando o giro de um botão de rádio.

Monsanto é culpada por intoxicação de agricultor na França

13/02/2012 - Terra
 
A justiça francesa declarou nesta segunda-feira o grupo americano Monsanto "responsável" pela intoxicação de um agricultor francês em 2004 com um herbicida, o que abre caminho para o pagamento de uma indenização.

"A Monsanto é responsável pelos danos causados a Paul François após a inalação do produto Lasso", considerou o Tribunal Superior de Lyon, consultado pela AFP.

Uso de agrotóxicos é debatido em cartilha da Anvisa

Da RadioagênciaNP

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária publicou cartilha que busca evitar a intoxicação por agrotóxicos. Movimentos sociais constroem a “Campanha Permanente Contra o Uso de Agrotóxicos e pela Vida”, que divulga os riscos desses venenos e combate sua utilização.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma cartilha que orienta os trabalhadores rurais para o uso correto de agrotóxicos. Seu objetivo é evitar a intoxicação de agricultores por essas substâncias. O material também cita alternativas ao uso de agrotóxicos, como a agricultura orgânica. Foram feitas 20 mil cópias para distribuição gratuita.

Anvisa publica cartilha para evitar intoxicação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou uma cartilha com orientações para trabalhadores rurais que trabalham com agrotóxicos. O objetivo é que eles saibam como evitar intoxicações.



Clique aqui pra baixar a cartilha

De acordo com os dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmcaológicas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em 2009, foram registradas 188 mortes por agrotóxicos e 11.641 casos de intoxicação. O agrotóxico de uso no campo é a segunda causa de intoxicação no país, ficando atrás apenas dos medicamentos, que somaram 26.540 registros no mesmo ano.

Cinco esclarecimentos sobre agrotóxicos, alimentos orgânicos e agroecológicos

Na primeira semana de 2012, veículos da mídia de grande circulação divulgaram informações parciais e incorretas sobre o uso de pesticidas nos alimentos.

Nós, da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, contestamos essas informações e, com base no conhecimento de diversos cientistas, agrônomos, produtores e distribuidores de alimentos orgânicos, aproveitamos essa oportunidade para dialogar com a sociedade e apresentar nossos argumentos a favor dos alimentos sem venenos.

1 - O nome correto é agrotóxico ou pesticida e não “defensivo agrícola”.

Como afirma a engenheira agrônoma Flavia Londres: “A própria legislação sobre a matéria refere-se aos produtos como agrotóxicos.” E o engenheiro agrônomo Eduardo Ribas Amaral complementa: “Mundialmente o termo utilizado é ‘pesticida’. Não conheço outro país que adote o termo ‘defensivo agrícola”. 

Anvisa quer restringir uso de agrotóxicos com alto poder de contaminação

Pio Redondo   

Agrotóxicos com largo uso em canaviais, lavouras de soja e algodão e em cafezais estão prestes a ter proibição de uso comercial no país. Decisão neste sentido vai ser defendida pela ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, na Convenção de Roterdã, Genebra, onde seus 75 países signatários se reunirão em 20 e 24 de junho. Um dos temas centrais da convenção é discutir a proibição da comercialização dos agrotóxicos endossulfan, alacloro e aldicarbe, para colocá-los em uma nova classificação como produtos no anexo III da Convenção de Roterdã, que corresponde à classificação “severamente perigosas”.

Embalagem de agrotóxico poderá ter imagens sobre risco à saúde

Projeto estabelece que imagens devem alertar o usuário em relação aos riscos de intoxicação e caracterizar os possíveis prejuízos e consequências à saúde.


Por Agência de Notícias da Câmara


Tramita na Câmara o Projeto de Lei 1854/11, dos deputados Rosane Ferreira (PV-PR) e Dr. Rosinha (PT-PR), que inclui, nos rótulos de agrotóxicos, imagens sobre prejuízos causados por esses produtos à saúde humana. A proposta altera a Lei 7.802/89, que dispõe sobre a produção e comercialização de agrotóxicos. Medida semelhante já vigora hoje em embalagens de cigarros. O projeto estabelece que imagens realistas, com montagens fotográficas, devem alertar o usuário em relação aos riscos de intoxicação e precisam caracterizar os possíveis prejuízos e consequências à saúde. Os textos, símbolos e imagens impressos nos rótulos serão claramente visíveis e facilmente legíveis.

Campanha Contra os Agrotóxicos realiza 3º encontro de formação no Rio

por Alan Tygel, do boletim do MST RJ | 26/10 a 8/11

 

O comitê RJ da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida aproveitou o dia mundial da alimentação (16/10) para realizar o seu terceiro encontro de formação. Desta vez, o assunto foram as doenças causadas pelos agrotóxicos. Na parte da manhã foram abordados aspectos laterais às doenças, como classificação toxicológica, medidas e sistemas de notificação. Após o almoço, discutiu-se as doenças em si, com a apresentação do estudo da pesquisadora Silvana Rubatto (ENSP/Fiocruz) sobre o assunto.