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Liberação de agrotóxicos e Anvisa: o que pede a bancada ruralista para votar a reforma da …

A gente teme também que os agrotóxicos proibidos voltem ao mercado, como o Paraquat, que é um herbicida altamente tóxico, proibido em vários países. O Paraquat foi indicado para proibição do registro pela Anvisa. No entanto, a Anvisa o liberou por mais três anos e alegou que se a indústria apresentar testes que o inocentem, assim como deve ter ocorrido pelo Benzoato, ele pode retornar a ser utilizado.

Nota de repúdio ao decreto estadual nº 53.888, de 16 de janeiro de 2018

Para exemplificar, a Syngenta, empresa suíça, produtora do Paraquat, que não tem seu uso autorizado naquele país, pelo simples fato de produzir nos Estados Unidos passa a ter autorização para comercializá-lo em nosso Estado. Situações similares devem ser esperadas para o caso do Tiram (proibido nos EUA por ser mutagênico, com impacto sobre o sistema reprodutivo), da parationa metílica (proibida na Comunidade Europeia por ser neurotóxica e suspeita de mutagênica e carcinogênica) e outros produtos.

Ato de repúdio à bancada ruralista cancela reunião de parlamentares com governo suíço

A Syngenta toma medidas nos bastidores para convencer as autoridades brasileiras a rever essa proibição e a flexibilizar a regulamentação em vigor. Um grupo de parlamentares brasileiros estão atualmente na Suíça para descobrir “as receitas de sucesso da Suíça em matéria de inovação”, a convite da Câmara de Comércio Suíça-Brasil. Documentos internos mostram que a Syngenta está manobrando.

Artigo | O Brasil proíbe o paraquat; o lobby prepara-se | Brasil de Fato

O paraquat já foi proibido em mais de 50 países (entre eles a Suíça e a União Europeia) devido à sua extrema toxicidade. Entretanto, o Brasil é atualmente o primeiro consumidor mundial desse herbicida poderoso. As vendas aumentaram estes últimos anos devido ao aparecimento de ervas daninhas resistentes ao glifosato, nomeadamente em culturas de soja.