O estado do Mato Grosso, campeão da soja no Brasil, possui um decreto estadual que reduz de 500m para 90m a distância mínima de povoados e cursos d'água para aplicação agrotóxicos.
Esta lei é inconstitucional, pois estados e municípios não podem ter leis mais frouxas do que a lei federal.
O MPE está de olho!
#chegadeagrotóxicos!
O paraquat – um dos muitos agrotóxicos que não pode ser usado na Europa, mas é vendido nos Estados Unidos e em vários outros lugares –, é associado ao Parkinson em crescente número de pesquisas. do NYTimes. Tradução: Lila Almendra…
Pesquisadores de Uberlândia, em Minas Gerais, produzem em laboratório milhares de ovos de Trichogramma, uma vespinha de meio milímetro que é capaz de combater uma das maiores pragas de plantações de algodão, tomate, feijão e soja.
A aplicação desse tipo de controle biológico é inovadora na região. Os ovos da vespa são espalhados por um drone, o que dá ainda mais agilidade ao processo de proteção das lavouras. Fazendeiros da região já comemoram a redução do uso de agrotóxicos.
Alerta no RS
"Tem que escolher bem o local, nessas regiões não têm grandes plantações, não tem nada que tenha pulverização (de agrotóxicos)”, conta. O maior problema, na opinião dele, está nas plantações de soja, que chegam a receber três ou quatro pulverizações de venenos por safra.
A Radio Brasil Atual produziu uma série de reportagens - Envenenados - que retrata a tragédia dos agrotóxicos no Brasil.
Confirma a primeira reportagem da série, que aborda a cidade de Lucas do Rio Verde.
A soja invade as Terras Indígenas. Essa é a síntese do que acontece no Mato Grosso, um estado do tamanho da Venezuela, conforme os dados apresentados pelos proprietários de terra no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Entre 31 municípios com mais de 35 mil hectares sobrepostos com TIs, quase todos são produtores de soja. O grão disputa espaço com o território de etnias em regiões como o Parque do Xingu.
Engenheiro José Prata, do Comitê SP da Campanha contra Agrotóxicos, explica que 80% do agrotóxico usado no Brasil vai para commodities de exportação, como soja, algodão, milho e nos canaviais. Bancada ruralista quer flexibilizar ainda mais o uso destes venenos, que prejudicam a saúde do trabalhor no campo e do consumidor, provocando várias doenças, inclusive o câncer.
“É completamente desnecessário suprimir novas áreas de vegetação nativa para aumentar a produção de soja”, diz Anahita Yousefi, diretora de campanha da Mighty Earth sediada em Washington, D.C. “Ficamos bastante surpresos em ver que [essas empresas] não têm levado isso mais a sério.”
Ótima e necessária análise sobre o uso de água pelo agronegócio.
"Quando se analisa o aumento no volume das exportações brasileiras de soja, carne e açúcar e, consequentemente, constata-se o aumento do volume de água embutido nessa produção, conclui-se que é necessário pensar sobre os possíveis impactos ambientais que a exportação de produtos primários e semimanufaturados pode estar tendo sobre nossos recursos hídricos. Entre 1997 e 2005, o volume de água empregado na produção e exportação apenas nesses três produtos saltou de 27,1 bilhões de litros para 460,1 bilhões de litros."
Defensivos agrícolas ou veneno? Boa pergunta!
"Outro estudo, promovido na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP, revelou o risco de exposição crônica de agrotóxicos em cultivos como arroz, feijão, soja e frutas, identificando 68 compostos que excediam o valor da ingestão diária aceitável, também de acordo com os limites determinados pela Anvisa.
Apenas para ilustrar, a pesquisadora Jacqueline Mary Gerage identificou que dentre os 283 agrotóxicos estudados, o brometo de metila (BM) – pertencente à classe dos inseticidas, formicidas e fungicidas, e listado como extremamente tóxico – foi a substância com maior estimativa de frequência, segundo informa a Agência USP."
"Fomos expulsos de várias formas. Os primeiros foram expulsos pelos pistoleiros... Eu resisti a tudo isso. Só não resisti ao veneno. Ou eu saio, ou vou morrer aqui, com a família inteira, intoxicada pelos venenos". As lembranças são de Dona Valdiva Oliveira, 60 anos.
"Seu Churrasco tem Soja" - um Filme de Thomas Bauer
O lançamento do documentário será lançado no dia 24 de junho durante a 19º edição do FICA - Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, no Cine Cora Coralina, na Mostra da Universidade Estadual de Goiás (UEG).
A Associação de Produtores de Soja de Goiás divulgou no final de maio um estudo revelando os custos de produção da soja e milho, e os preços médios de venda. A conclusão não chega a ser novidade: somados os custos com terra, sementes, agrotóxicos, fertilizantes e máquinas, o produtor pagou R$ 3.484,16 por hectare de plantação de soja. Neste mesmo hectare, com toda a tecnologia de ponta, ele foi capaz de produzir entre 58 e 60 sacas de soja. Ocorre que a saca de soja foi comercializada a R$ 58, resultando num faturamento de R$ 3.364,00/ha. Ou seja: prejuízo. Conclusão semelhante foi encontrada a partir da análise feita sobre a produção de milho.
#AgronegócioTóxico
Agronegócio, a mentira do Brasil
Como temos mostrado já há tempos, o esplendoroso/magnifico/salvador ou simplesmente pop agronegócio não se sustenta em pé.
O nível extremo de dependência de insumos das multinacionais faz com que os produtos tenham um custo de produção altíssimo. O preço de venda, que também está muito longe do seu controle, na maioria das vezes não paga a produção, ou deixa uma margem bem pequena.
O produtor-agro na maioria das vezes já negociou a venda na hora de plantar, e fica assim ainda mais fortemente preso no sistema.
É preciso compreender que o Agronegócio é formado pelas empresas que produzem insumos, os produtores e as emrpesas que escoam a produção pra fora. Apenas a parte do meio é majoritariamente nacional; e amarga o prejuízo. O resto, são Monsanto, Syngenta, Bayer, John Deere, ADM, Cargill, etc etc, que obviamente nunca deixaram de lucrar 1 centavo.
Quem paga a conta? Hum... será que somos eu, você, nós, os R$200 bi do Plano Safra? Será? Será?
Com a revisão do Código, na prática, deixamos de restaurar 4,5 milhões de hectares de florestas, que é uma área maior que a do estado do Rio de Janeiro, apesar de essas florestas que protegem os recursos hídricos terem uma enorme importância para a produção de água, a qual é usada tanto para a agricultura quanto para a irrigação, para a geração de energia de elétrica, para as indústrias e para as cidades. Ou seja, abrimos mão da preservação de uma área gigantesca, que tem uma relevância ambiental e ecológica muito grande; não haverá nenhum mecanismo para compensar ou repor essa perda.