Agrotóxicos tiveram isenção fiscal de R$ 2,07 bilhões só em 2018
“Produtos que recebem benefícios devem ser essenciais aos cidadãos brasileiros. Aqueles potencialmente causadores de danos devem ser desincentivados pelo poder público com taxações maiores”, sustenta Naiara Bittencourt, assessora jurídica da ONG Terra de Direitos. “Em um momento de austeridade, de crise fiscal e de déficit público, estimular essas isenções é um contrassenso”, diz.
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O feito é inédito no país. Após mais de um ano de tramitação, o projeto teve aprovação unânime entre os vereadores. A expectativa de parlamentares e especialistas ouvidos pela Agência Pública e Repórter Brasil é a de que o projeto inicie o caminho para a criação de outras zonas livres de agrotóxicos.
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Procuradoria vai investigar risco de agrotóxicos encontrados na água de SP
A Procuradoria Regional da República de São Paulo (PR-SP) pediu nesta terça-feira, 15, o acesso a estudos científicos, feitos pelo Instituto Butatan, que comprovam o risco de agrotóxicos encontrados na água consumida pela população. Entre 2014 e 2017, o Ministério da Saúde encontrou 27 pesticidas no abastecimento de um a cada quatro municípios do país – o Estado de São Paulo está no topo da lista dos mais atingidos. Assinado pela pesquisadora Monica Lopes Ferreira, o estudo atestou a nocividade das substâncias abamectina, acefato, alfacipermetrina, bendiocarb, carbofurano, diazinon, etofenprox, glifosato, malathion e piripoxifem.
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“Aí primeiro morreu o filho da minha vizinha. Porque justamente ele tinha contato bastante junto com meu menino no igarapé. Tomavam banho. Eles conviviam la. Porque sabe como é que é, o igarapé é uma coisa divertida. Eles viviam lá. Então rapidamente adoeceu, foi questão de oito dias. Aí o segundo médico disse assim ó: ‘infelizmente o que consta, nos exames aqui, é que seu filho está acabando de paralisar o rim, e o que está faltando só é paralisar o coração. E na realidade, o problema do seu filho, é um problema de intoxicação’”
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Rio de Janeiro cria política de desenvolvimento, rural, agroecologia e produção orgânica.
A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, Alerj, aprovou o projeto de lei 522/15, dos deputados Bruno Dauaire (PSC), Flávio Serafini (PSol) e Waldeck Carneiro (PT). Esse projeto cria a Política Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável, Agroecologia e de Produção Orgânica a ser instituída no estado. É o que determina o que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) O texto seguirá para o governador Wilson Witzel, que tem até 15 dias úteis para decidir pela sanção ou veto.
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