Os autores documentaram um risco 75% maior de apresentar doença de Parkinson em indivíduos que residiam nas proximidades de até 500 metros, de plantações tratadas com os agrotóxicos.
O risco foi ainda maior para aqueles que desenvolveram a doença antes dos 60 anos e foram expostos ao “maneb”, “paraquat” ou uma combinação de ambos, quando eram ainda crianças ou adolescentes.
Será que as sementes geneticamente modificadas vendidas pelas duas multinacionais vão ser uma das soluções, como dizem os seus presidentes executivos?
Um estudo do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (Sindiveg) com as universidades Unesp e UFScar aponta que 70,8% das abelhas usadas na amostragem apresentam resíduos de agrotóxicos, principalmente das substâncias pirazol (64,7% dos casos), neonicotinoides (29,4% das ocorrências) e a combinação de pirazol + triazol (5,9%).
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Nota: esta pesquisa, mesmo mostrando a contaminação das abelhas, coloca a culpa nos agricultores (uso incorreto), chama agrotóxico de defensivo e tenta dizer que a indústria de venenos está tomando alguma atitude. Não nos enganemos: a única atitude que o Sindiveg toma é botar mais dinheiro no bolso das empresas.
“Até 1999, não ouvíamos falar em siameses. De lá para cá, já foram mais de 30 casos aqui. Até porque o hospital virou referência nacional desse tipo de situação. Mas alterações ambientais como uso de agrotóxico e contaminação do solo e da água estão fazendo aumentar o número de bebês siameses”
A agricultura paulista cresceu 90,4% entre 1990 e 2012, numa média de 3,1% por ano. Pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) mostra também que houve concentração da renda e da propriedade da terra, queda do número de trabalhadores – com o aumento do número de tratores. Os ganhos de produtividade foram acompanhados pelo crescimento de renda, apesar do declínio da população rural. E São Paulo se tornou um imenso canavial.
Na última quinta-feira (06), a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) liberou no Brasil mais três tipos de milho transgênico para comercialização. As marcas MON 87427 e MON 87460, da Monsanto, e Evento 3272, fabricada pela Syngenta, agora podem causar danos ao mercado de rações no país, além de ameaçar contaminar as lavouras, caso plantado.
Não é sobre agrotóxicos, mas é sobre o golpe que levamos na nossa saúde.
A Cosan vendeu fatia não revelada de sua participação – antes metade – na empresa Radar, que administra 270 mil hectares em nove estados (SP, GO, PI, MT, MS, MA, MG, TO e BA). As 555 propriedades agrícolas passam a ser controladas pelo TIAA, um fundo de pensão de professores americanos – e uma das 100 maiores corporações financeiras estadunidenses. O fundo já tinha a outra metade da empresa.
Pesquisa nacional do Ibope, encomendada pelo Greenpeace, mostra que a rejeição aos agrotóxicos ganhou a consciência da população de todas as faixas etárias, classes sociais e níveis de escolaridade, tanto nas capitais quanto no interior, em todas as regiões do país. A quantidade de agrotóxicos aplicados nas lavouras é “alta” ou “muito alta”, conforme 81% dos brasileiros – especialmente das brasileiras, que mais se ocupam com a alimentação familiar.
Importante leitura para este domingo! Entrevista com Raquel Rigotto.
Bela Gil fala sobre alimentação saudável como possibilidade de um ato político e questiona o fato do agronegócio ditar o que colocamos em nossa mesa.
#ComidaSemVeneno
O mosquito comum - Culex - também transmite a Zika. Ao contrário do Aedes, ele se reproduz em água com matéria orgânico - esgoto. Diante deste fato, não há mais sentido em nenhuma estratégia baseado em agrotóxico ou mosquito transgênico, porque não há forma de controlar o Culex que não seja criando um ambiente saudável:
"É aquilo que eu estou cansada de dizer: o mosquito está no ambiente por uma única razão: o ambiente propicia condições favoráveis para o mosquito se reproduzir. Então a gente não tem que atacar o mosquito, devemos cuidar do ambiente. É um absurdo pulverizar agrotóxicos. É preciso eliminar os criadouros através do saneamento básico."
Mais transgênico, mais agrotóxico, mais transgênico...
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"A PEC-241, que pretende impor cortes em todos os setores, não se propõe a controlar os gastos orçamentários com juros e com outras despesas financeiras.
O movimento social precisa impedir a aprovação da PEC-241, que se aprovada agravará as restrições aos investimentos e gastos públicos com o SUS."
"Não pude evitar que as crianças vissem. Foi um horror", relembra Simone sobre o suicídio do marido, em Gramado Xavier, a 156 km de Porto Alegre. "Ajuda a salvar meu pai, ajuda!", pedia o filho do casal, na época com 13 anos, para curiosos que se aproximavam.