Devido à alta quantidade de agrotóxico na soja proveniente do Brasil, o Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor) poderia proibir temporariamente a importação, reportou o órgão.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou no último dia 23 a atualização anual dos temas que fazem parte da lista de prioridades da agência para definição de regras até 2020. Para este ano, foi arquivado (ou seja, retirado…
Para instituições de meio ambiente, saúde e trabalho, o Brasil está caminhando para uma situação catastrófica. Campanhas assinadas por órgãos como Organização da Nações Unidas, Ministério Público Federal, Anvisa e Ibama apontam que o uso prolongado desses produtos químicos mata a vida do solo e provoca uma “espiral química”. Isto é: quanto mais agrotóxico se usa, mais é necessário usar. Além disso, apontam que o uso de pesticidas não resolveu o problema da fome no país e afirmam que o atual modelo de produção torna a agricultura brasileira dependente de empresas gigantes transnacionais que dominam a produção e venda de agrotóxicos.
Desde o ínicio de dezembro de 2018, o governo brasileiro tem flexibilizado o uso de agrotóxicos no País. Até agora, três mudanças foram publicadas no Diário Oficial da União, sendo duas delas durante o governo Bolsonaro. O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) ainda afirma que outras modificações devem ocorrer nos próximos dias.
Somente em 2018, foram registrados 450 produtos – apenas 52 deles eram os chamados defensivos biológicos, produtos de baixa toxicidade e passíveis de serem usados também na agricultura orgânica.
O número mostra um crescimento de 10% em relação a 2017, quando foram registrados 405 produtos, sendo apenas 40 deles enquadrados como defensivos biológicos. Para efeito de comparação, em 2016 e 2015, foram registrados 150 novos produtos.
Para Luiz Claudio Meirelles, pesquisador da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) e ex-coordenador de toxicologia da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o Brasil é um grande consumidor de agrotóxicos e precisa começar a caminhar no sentido oposto.
“Por mais que a agricultura ainda dependa de agrotóxicos, [é necessário] que ela venha a depender de agrotóxicos de menor toxicidade e que faça um manejo mais ecológico e sustentável, em vez de optar pelo uso desenfreado de veneno, pautando seu modo de produção em cima disso.”
O Congresso Nacional deve decidir este ano se o nome “agrotóxico” será banido ou não do país. Caso o Projeto de Lei (PL) 6.299/2002, conhecido pelos opositores como “Pacote do Veneno”, seja aprovado, o termo será substituído nos documentos oficiais e nas embalagens dos produtos mandatoriamente por “pesticida”, “defensivo agrícola” ou “defensivo fitossanitário”. Mas a palavra, de uso quase exclusivo por aqui, tem um pai e criador – e ele é totalmente contra a mudança.
Entre os produtos estão químicos que já foram banidos na União Europeia e nos EUA O Globo RIO — O Ministério da Agricultura autorizou o registro de 28 agrotóxicos e princípios ativos. Outros artigos semelhantes também teriam recebido o aval…
Nas amostras, foi encontrado até glifosato, o agrotóxico mais usado no mundo, fabricado pela Monsanto e apontado como causador de câncer no seu uso contínuo na agricultura. O estudo constatou que, em diversos casos, as marcas ultrapassam os limites máximos autorizados de elementos químicos, na fabricação de um produto para um público tão sensível quanto os bebês.
O Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e a Cooperbio – cooperativa camponesa da qual famílias da base do movimento são participantes – estão divulgando a programação da quinta edição da Festa da Semente Crioula. Em 2019 a atividade será realizada no dia 02 de fevereiro (sábado), tendo a sede da Cooperbio (na Tesoura, em Seberi-RS, 2 km da BR 386) como sede.
Quarenta novos produtos comerciais com agrotóxicos receberam permissão para chegar ao mercado nos próximos dias. O Ministério da Agricultura publicou no Diário Oficial da União de 10 de janeiro o registro de 28 agrotóxicos e princípios ativos. Entre eles um aditivo inédito, o Sulfoxaflor, que já causa polêmica nos Estados Unidos. Os outros são velhos conhecidos do agricultor brasileiro, mas que agora passam a ser produzidos por mais empresas e até utilizados em novas culturas, entre elas a de alimentos.
Amanhã, em Duque de Caxias/RJ!!!
Um tribunal francês cancelou nesta terça-feira (15) a licença para um dos herbicidas à base de glifosato da Monsanto, por causa de preocupações com a segurança do produto.
A alemã Bayer, que comprou a Monsanto por US$ 63 bilhões, no ano passado, enfrenta milhares de processos nos EUA por pessoas que dizem que seus produtos Roundup e Ranger Pro causaram câncer. O uso do glifosato chegou a ser proibido pela Justiça no Brasil no ano passado por uma liminar que vigorou por quase um mês, mas depois foi derrubada.
Cerca de 80% dos casos de mortandade de abelhas — em que há morte de todas as colmeias de um apiário — no Rio Grande do Sul analisados pelo engenheiro agrônomo Aroni Sattler, em 2018, decorreram da ingestão ou contato com o inseticida fipronil. O produto é usado no Brasil para proteger sementes de soja contra insetos como o bicudo.
A mudança na legislação no estado do Ceará foi impulsionada pelo movimento civil organizado em torno do tema. Ele tem origem, por sua vez, na mobilização local por restrições ao uso de agrotóxicos na Chapada do Apodi, uma região montanhosa que fica no Baixo Jaguaribe, na divisa entre Ceará e Rio Grande do Norte pontuada por áreas de produção de frutas.
Em 2009, denúncias feitas pelo líder rural José Maria de Tomé, ou Zé Maria de Tomé, levaram a câmara dos vereadores de Limoeiro do Norte a promulgar a lei municipal 1.278, que proíbe a pulverização de agrotóxicos no município.
No dia 21 de abril de 2010, Zé Maria foi assassinado com 25 tiros de revólver no mesmo município, após ter denunciado casos de descumprimento da lei, além de grilagem de terras e expulsão de agricultores. Um mês após o homicídio, a lei foi revogada.