As crianças e os adolescentes brasileiros estão entre as principais vítimas dos agrotóxicos no Brasil. Segundo dados oficiais, entre 2007 e 2014 foram registradas 25 mil intoxicações relacionadas a esses produtos, um dado que pode ser dezenas de vezes maior, dada à subnotificação das ocorrências. Desse total, 20% – 2.181 casos – têm idades entre 0 e 14 anos. Em estados como Minas Gerais e Mato Grosso, 30% das vítimas têm entre 0 e 4 anos.
Votaram favoravelmente ao Pacote do Veneno os deputados Adilton Sachetti (PRB-MT), Alberto Fraga (DEM-DF), Alceu Moreira (MDB-RS), Celso Maldaner (MDB-SC), César Halum (PRB-TO), Covatti Filho (PP-RS), Fábio Garcia (DEM-MT), Geraldo Rezende (PSDB-MS), Junji Abe(MDB-SP), Luís Carlos Heinze (PP-RS), Luiz Nishimori (PR-PR), Marcos Montes (PSD-MG), Nilson Leitão (PSDB-MT), Prof. Victorio Galli (PSL-MT), Sérgio Souza (MDB-PR), Tereza Cristina (DEM-MS), Valdir Colatto (MDB-SC) e Zé Silva (SD-MG).
Mais uma vez, a oposição utilizou de todos os instrumentos regimentais para tentar impedir a votação do projeto, mas acabou vencida pela bancada ruralista, maioria na comissão.
“Hoje é um dia triste para a Câmara, para a população brasileira. Estão colocando a saúde da população atrás do interesse financeiro do setor. Esse projeto é péssimo para a saúde do povo brasileiro”, disse o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), da bancada ambientalista.
Após quatro horas de discussão, a comissão especial da Câmara aprovou nesta segunda-feira (25), por 18 votos a 9, o Pacote do Veneno, do deputado Luiz Nishimori (PR-PR), da bancada ruralista. Agora, o PL 6299/2002 deve ser levado ao plenário…
"O projeto diz sim que vamos aumentar o nível de veneno na alimentação, no meio ambiente e nos trabalhadores da agricultura quando retira o poder de fiscalização dos órgãos que tem que avaliar e regulamentar, como a Anvisa e o Ibama, e dá só para o Ministério da Agricultura o poder de decidir quais agrotóxicos serão utilizados"
Deputada Jandira Feghali (PCdoB)
#chegadeagrotoxicos
Acompanhe a votação do Pacote do Veneno na Câmara dos Deputados:
"Não há contratação de marqueteiro que possa dizer que a liberação de substâncias cancerígenas é pop e tec. Não adianta fazer campanha na TV!"
Deputado Alessandro Molon (PSB)
#chegadeagrotóxicos
URGENTE! Ruralistas insistem em colocar mais agrotóxicos no nosso prato e tentam novamente aprovar o Pacote do Veneno. A nova reunião estava prevista para acontecer hoje às 12h. Precisamos continuar atentos para impedir a aprovação! Pressione os deputados em suas contas no Twitter.
Ruralistas seguem na tentativa de aprovar o pacote do veneno a qualquer custo. Foi reagendada para hoje, às 12h, a nova reunião da Comissão do PL do Veneno. A pressão está funcionando e precisamos continuar! Assine: https://act.gp/2IjrryP
Pressione os deputados a favor do Pacote do Veneno pelo Twitter e acompanhe aqueles que são contra o PL: A FAVOR DO PL Deputada Tereza Cristina @TerezaCrisMS Valdir Colatto @colattodeputado Raimundo Gomes de Matos @raimundo_matos Luiz Nishimori @LuizNishimori Adilton Sachetti…
Os verdadeiros interessados no Pacote do Veneno:
“Se não fizermos uma mudança em breve, o ambiente de investimentos (no setor) no Brasil será prejudicado”, acrescentou o diretor-executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), Mario Von Zuben.
O impacto do programa do agronegócio nos modos de viver das comunidades tradicionais do Sul do Piauí
Englobando áreas de quatro estados brasileiros - Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia -, o Matopiba começou a ser delimitado pelo governo federal para o agronegócio em 2013.
A região compreende o bioma Cerrado, cobre uma área de aproximadamente 2 milhões de km² e é lar de 5% da biodiversidade do planeta Terra, de indígenas, quilombolas, agricultores familiares e populações que mantêm um modo de vida tradicional. São cerca de cerca de 25 milhões de pessoas espalhadas em 1,5 mil municípios.
DENÚNCIA | 1.009 indígenas em todo o Brasil foram assassinados de 2003 a 2016, uma média de 72 por ano. No mesmo período, 444 índios foram mortos apenas no Mato Grosso do Sul. Os dados são do Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Em 5 anos dos 14 analisados, o Mato Grosso do Sul respondeu por mais de 60% dos assassinatos de indígenas brasileiros.
Mato Grosso do Sul é lar de 6,8% da população indígena brasileira, mas registrou 44% do número total de índios mortos no território nacional de 2003 a 2016.
"Eu tive problemas com perseguição, ameaça de morte, enfim, eu passei um momento na minha vida muito difícil. E essa questão desse veneno, do agrotóxico no Brasil, mata e destrói famílias e sonhos. E eu ainda falava: no dia que a imprensa nos abandonar, nós vamos entrar no esquecimento", lembra Hugo Alves dos Santos, diretor da escola de Rio Verde.
O alarme estava inserido em uma pasta e não representava risco algum para a segurança dos presentes. Qualquer outra interpretação é uma tentativa mal intencionada de desviar a atenção da real ameaça em questão: a liberação de mais veneno na comida dos brasileiros.
"Parlamentares da oposição tem requerido que instituições como o Instituto Nacional do Câncer, o Ibama, a Anvisa e a Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) possam ser ouvidas pelos integrantes da Comissão. Algumas dessas instituições já se manifestaram de forma contrária ao PL, apontando a relação entre agrotóxicos e doenças cancerígenas. Além delas, mais de 200 organizações da sociedade civil lançaram manifesto contra as alterações."